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happy ending

Summary:

"Aquele pequeno palito de plástico queimava como fogo na mão de Will. O Graham olhava para aquilo com olhos arregalados - mesmo não sendo um homem religioso - ele rezou para que aquilo fosse mentira, rezou com todas as suas forças."

-Mizumono nunca irá deixar de nos surpreender

Notes:

Sinceramente não gostei de nenhuma das versões anteriores😑
Essa aqui e a melhor que eu escrevi até agora, espero que gostem🤗

Chapter Text

Bebê.

 

Aquele pequeno palito de plástico queimava como fogo na mão de Will. O Graham olhava para aquilo com olhos arregalados - mesmo não sendo um homem religioso - ele rezou para que aquilo fosse mentira, rezou com todas as suas forças.

O pequeno palito de plástico podia parecer algo inofensivos para os outros, mas para Will aquilo era a pior arma que ele já havia posto em suas mãos. Aquele maldito palito dava ainda mais motivos para o seu maldito coração escolher estar do lado de Hannibal, afinal o palito era a prova de que o amor deles poderia dar frutos. O dito palito era um teste de gravides, e para a completa infelicidade - falicidade - de Wil, o teste deu positivo.

Pelo o que pareciam horas Will apenas ficou ali, parado em seu banheiro encarando aquele pedaço de plástico obsoleto - que parecia estar zombando dele a cada segundo que passava.

Por um impulso de seu cérebro, o Graham levanta do sanitário onde estava sentando anteriormente e anda em direção a sua sala, pegando seu telefone de forma automática e discando o número de Hannibal Lecter. A cada barulho que o telefone fazia Will se encolhia ou apertava ainda mais o taste em sua mão.

No momento em que Hannibal atendeu, os sentimentos de Will venceram, é ele tomou uma decisão que não haveria mais volta. Ele disse.

-Eles sabem.

No segundo em que as palavras sairam de sua boca, Will desligou o telefone. E ao mesmo tempo ele pode sentir um peso que o Graham nem sabia que existia deixar seus ombros.

Mas mal sabia Will que aquela noite estava só começando.

 

...

 

Tudo desmoronou naquela noite.

 

Obviamente, Will não achava que Hannibal iria embora sem deixar algum tipo de rastro sangrento, mas uma parte dele desejava que isso acontecesse, que o Lecter fosse simplesmente embora - mas Will deveria saber, que quando se tratava de Hannibal Lecter as coisas nunca poderiam ser simples.

A esperança de que quando chegasse a casa de Hannibal tudo estivesse vazio e ele tivesse partido para nunca mais voltar enchia o peito de Will enquanto ele dirigia até Baltimore - mesmo amando o Lecter, Will sabia que era melhor ele longe dali. Não que o Graham não fosse o procurar no futuro.

Mas essa esperança fora completamente esmagada no momento em que ele viu Alana Bloom caida na entrada da mansão, mesmo resentindo dela, Will sentiu pena de vela ali caida na chuva então ele deixou seu casaco para protege-la um pouco. Logo após fazer isso, o Graham marchou na direção de Hannibal, com a arma em mãos apontando para a sua frente - ele estava pronto para tudo o que pudesse encontrar dentro daquela casa.

 

Tudo menos aquilo.

 

Will não estava preparando para ver sua filha, Abigail ali viva olhando para ele com lágrimas nos olhos, por um momento ele se permitiu suspirar de alívio, apenas por um momento. O Graham perguntou para a menina onde Hannibal estava, mas a única resposta que obteve fora ela olhando além de seus ombros, é ele entendeu.

Virando o rosto junto do corpo ele teve um vislumbre de seu amado, com as roupas ensanguentados, rosto machucado e com a dor de uma traição em seus olhos.

-Você deveria ter ido embora. - disse Will, com sua voz chorosa e quebrada

Dali por diante foi só dor e sofrimento para aquela pequena família em construção.

Assim que Hannibal se aproxima de Will, ele coloca a mão em sua bochecha a dor de seus olhos parecia ter sumido sendo substituída por amor e carinho, Will se deixa ter esperança de que tudo ficará bem - oh pobre Will. Mas logo tudo acaba, o Graham ve a faca se aproximando cada vez mais de sua barriga, mas ele estava dormente demais para fazer alguma coisa.

Por incrível que pareça a dor não veio exatamente no momento em que a barriga de Will fora perfurada, ela veio assim que sua mente gritou com ele dizendo que seu bebê iria morrer com um golpe daqueles. Na hora em que esse pensamento veio, Will urrou, não por causa de sua dor mas sim da dor de seu filho ainda não nascido.

O Graham chorou ainda mais quando ele viu sua filha, ser esfaqueada no mesmo lugar por outra pessoa que ela considerava uma figura paterna. Ele viu a vida deixar os olhos da linda garota, é em meio ao som de sangue escorrendo Will ouviu o coração da menina parar. Assim ele apagou.

 

Will Graham perdeu dois filhos naquela noite...

 

Ou não será que não?

 

...

 

Quando Will recobrou a consciência, ele se sentiu pesado, tudo ao seu redor parecia demais para aguentar e apenas o simples movimento de abrir os olhos parecia tirar toda sua enérgica. Tudo melhorou quando o graham sentiu a água escorrendo por sua garganta

No momento em que a água alcançou seu estômago, as memórias voltaram com tanta força e velocidade que parecia um tsunami. Então Will com uma calma irreconhecível até para ele mesmo, perguntou ao médico ao seu lado onde estava o corpo do feto que ele carregava naquela noite.

-Não ah corpo algum senhor Graham, seu bebê está saudável é vivo em seu ventre. - disse o médico, e Will se sentiu entorpecido

Era como quando ele estava com encefalite, só que mais leve e menos grave. O Graham quase não ouviu o médico, ou melhor não quis ouvir. Sua mente estava em descrença, como seu filho havia sobrevivido? Aquela facada poderia matar qualquer um - que não fosse will

-O senhor deve ser um homem muito ligado a deus, afinal só ele poderia ter feito seu bebê sobreviver a aquele tipo de evisceração. - disse o médico mais uma vez, bem parecia que ele estava falando mais consigo mesmo do que com Will

Mas isso não mudava o fato de que as palavras dele não passavam de um eufemismo. Will não era um homem religiosos, ele nunca fora muito chegado a qualquer tipo de religião, o Graham chegava até zombar internamente da crença de algumas pessoas. Então porque diabos seu bebê estava vivo?

Não o julguem mal, Will estava feliz por seu filho ter sobrevivido, mas algo dentro dele ainda queria saber o porque. Poucos segundos se passaram, é com um suspiro Will decide desistir, mesmo ansiando por saber o real motivo de seu filho ter sobrevivido ele decidiu deixar isso pra lá. Aceitando isso Will leva uma de suas mãos no local onde as bandagens estavam e acaricia o lugar, sem se importar com o médico ao seu lado

Assim que o Graham parece estar recuperado do choque de descobrir que seu filho ainda estava vivo, o médico anuncia que havia uma visita para ele. Will não se choca com o anuncio, era realmete óbvio que alguém do fbi ou até mesmo algum de seus conhecidos viessem velo para tentar arrancar alguma pista do local onde Hannibal poderia estar. Por isso quando Frederick Chilton entrou em seu quarto, ele já estava preparado para qualquer coisa que o psiquiatra tentasse.

É como havia previsto, Chilton tentou fazer "amizade" com ele para assim pegarem o homem que havia os estripado, mas mesmo com todas as suas investidas, Frederick não teve sucesso.

Will esperava ver mais pessoas, como Jack ou Alana - até lembrar que eles estavam na casa de Hannibal naquela noite, é que concerteza nenhum dos dois havia saido ileso. Mas para o seu alivio, ninguém o perturbou mais.

 

...

 

Dessa forma, os meses foram passando e a gravidez de Will fora avançando até chegar no momento em que o graham finalmente iria conhecer o filho dele e de Hannibal.

Houve momentos nesses meses em que Will olhava para o seu reflexo no espelho
quando estava sem camisa por horas a fio, é via sua protuberante barriga e a gigantesca cicatriz - que mais parecia com um sorriso grotesco

Nesses momentos ele costumava contar ao bebê coisas sobre sua irmã falecida e seu pai, obviamente ocultando as coisas inapropriadas, afinal Will não queria que seu menino - e sim Will já sabia o sexo de seu bebê - conhecesse a morte tão cedo.

O dia em que o filho de Will chegou ao mundo, parecia mais um dia normal de chuva e neve em Wolf Trap, mas para Will aquele dia iria carregar um grande significado. Assim que o bebê chegou ao mundo, mostrando para ele a potência de seus pequenos pulmões o Graham chorou, mas dessa vez o choro carregava sua felicidade que transbordou ainda mais quando a enfermeira pôs o bebê em seus braços, e Will pode visualiza-lo melhor

Ao sentir o peso do bebê em seus braços, Will soube ali que tudo era real, naquele momento ele soube que pelo menos um de seus filhos havia sobrevivido a aquele jantar sangrento.

-Bem vindo ao mundo pequeno... Dylan. - sussurrou Will no ouvido do bebê, que ao ouvir a voz do pai parou de chorar instantaneamente

Uma coisa que Will sabia erá que havia chances do bebê puxar alguma característica de Hannibal, já que ele também tinha a genética do lecter. Mas ele não estava preparado para ver o cabelo loiro ralo na cabeça do filho, é parecia que Dylan séria uma lembrança constante de Hannibal.

 

Oque Will não sabia era o quão constante essas lembranças seriam.

 

No decorrer dos dias, parecia que a saudade que ele sentia de Hannibal no começo havia aumentando, e nem era por causa de Dylan. Will supôs que alguns hormônios da gravidez haviam ficado, então concerteza toda essa saudade compulsiva iria embora. Mas para o azar do Graham isso não aconteceu.

Em algum momento das primeiras semanas de vida de Dylan, Will tomou uma decisão enquanto olhava para o bebê que dormia pacificamente em seu berço absorto demais dos conflitos internos de seu pai. Will resolveu deixar todo esse conflito de lado e focar na maior decisão que ele havia tomado em toda sua vida - a segunda maior.

Ele iria encontrar Hannibal lecter.

 

Mas primeiro, ele precisava ter uma das maiores virtudes do ser humano.

A paciência.

Chapter 2: Capitulo dois

Chapter Text

Culpa.

 

Culpa era um sentimento recorrente para os seres humanos, todos já sentiram ou vão sentir culpa em sua vida, isso e algo relativo. Jack sabiá, afinal ele séria péssimo em investigar o comportamento das pessoas se não soubesse

Até o próprio Crawford já sentil culpa. A culpa parecia algo que acompanhava aqueles que preticavam do mesmo ofício que Jack, não tinha um dia que ele não sentia culpa por um caso mal resolvido, alguém que poderia ter sobrevivido se eles fossem mais rápido ou um assassino não capturado - tudo isso fazia a culpa fluir pelo corpo de Jack. Mas a última vez que ele se sentiu tão culpado como agora, foi quando recebeu a notícia de que Miriam Less fora capturada pelo estripador.

Naquele momento ele ficou desolado, pois ele era o único motivo dela estar envolvida naquela investigação, foi culpa dele ela ter sido levada. É infelizmente isso acabou se repetindo com Will Graham.

Jack se sentia estúpido por ter deixado Will aos "cuidados" do doutor Lecter, se o Crawford tivesse sido racional por apenas um momento, ele poderia ter descoberto que o psiquiatra se encaixava no perfil do estripador, mas ele estava muito cego com toda a elegância, manipulação e jantares - esse último ainda deixava Jack de estômago embrulhado

Da mesmo forma que aconteceu com Miriam less, se repetiu com Will. Aos poucos Jack via que Will quebrava, mas como o Graham era talentoso em seu trabalho Jack sempre escolhia ignorar e seguir em frente - esse fora sua ruina.

Jack se sentia esgotado, so o fato de pensar em voltar ao trabalho deixava o crawford cansado, ele não aguentaria passar por isso sem sua esposa, Bella. Mas oque ele não podia fazer era deixar a culpa que corria por seu corpo de lado, havia tanta culpa que deixavá seus ombros pesados. Esse era um doa motivos que levará Jack a vistirar Will, depois de um ano daquele jantar

Para Jack a casa parecia a mesma, mas ele sabiá que o morador dela tinha mudado, é muito. Oque restava para ele saber erá se essa mudança foi para o lado bom ou ruim - silenciosamente Jack orava pela primeira opção

O frio intenso de Wolf Trap penetrava o groço casaco de Jack enquanto ele andava para onde sabia que seu ex-protegido estava, seu galpão. Se não fosse pelo frio intenso daquela região, crawford pensaria que o frio que percorreu sua espinha fora por ter visto o barco de Will no quintal do mesmo. O agente estava se perguntando o por que do barco está ali - ele não queria especular a resposta, porque sabia que não iria ser do seu agrado

Ao chegar mais perto do galpão do graham, pode avista-lo la dentro cuidado de um motor

-"O motor do barco." - forneceu sua mente

Respirando fundo Jack avança ainda mais.

 

Na visão de Jack Will parecia estar alheio a sua presença, mas o Crawford sabia que Will o sentiu ali desde o momento em que estacionou o carro, os ombros tensos do graham o entregavam facilmente - claro, se você pudesse velos

-Esperava que fosse me procurar. - a voz grave de Jack ecoa pelo galpão - Mas entendo porque não foi.

Jack deixou uma falsa onda de compreensão fluir por sua voz, para tentar ao maximo minizar a tensão da conversa que ele pretende ter com Will. É se tudo der certo, ele e Will beberão algum drink depois - ele está torcendo para isso

-Oque posso fazer por você, Jack? - a rispidez na voz de Will era um sinal vermelho para prosseguir, mas Jack não tinha medo do perigo

-Preciso garantir que você não ira contradizer a narrativa oficial. - Jack tenta manter a voz o mais calma e branda possível, ele não queria se irritar, ele só queria fazer Will ver a realidade da sua decisão em relação a Hannibal Lecter - Somos oficiais do fbi, fomos feridos cumprido o dever heroicamente.

-Isso e uma mentira, para nós dois. - fala Will pegando alguma peça para o motor, Jack não presta muita atenção

-Fui impulsivo, deveriamos ter chegado lá juntos. Isso foi minha culpa. - Jack tenta levar a conversa para outro curso, ele tentaria a manipulação mais tarde - Falha minha. Erro meu.

-Auto piedade não combina com você Jack. - fala Will pressionando os lábios em linha reta enquanto encarava o motor com um olhar curioso - De todo modo, nem todas as opções podem ser cem porcento calculadas.

-Lembra quando decidiu ligar para o Hannibal? - Jack vai ate o "x" da questão, cançado de enrolar mais

-Não estava totalmente decidido quando liguei, eu apenas liguei. - a voz de Will carregava algum tipo de melancolia, Jack não pensaria muito nisso agora - Refleti enquanto ouvia o telefone tocar... Me decidi quando ouvi a voz dele.

-Você disse a ele que sabíamos.

-Eu disse e ele para ir embora, porque eu queria que ele fugisse. - mesmo que doesse, Will sabia que naquele momento seria melhor tanto para ele e o Bebê que não havia nascido quanto para Hannibal que o lecter não estivesse em Baltimore

-Porque? - por um segundo Jack não entendo o porque de perguntar, afinal ele sabia a resposta, mas logo entendeu que algo dentro de si esperava que Will discesse que seus pensamentos estavam errados

Um pequeno e curto silêncio se estendeu por eles, mas Will não o deixa durar por muito tempo.

-Porque ele erá meu amigo, porque eu queria fugir com ele, é porque... - eu o amo, Will não ousou pronunciar essas palavras

É mais uma vez um silêncio se instalou entre eles. Jack não sabia que curso correr agora. Cada passo deveria ser calculado, sé não o Crawford perderia Will ali mesmo. Então como em um passe de mágica algo afrente de Will começa a fazer barulhos que chamam a atenção tanto de Jack quanto do graham

Os ombros de Will ficam mais tenso que o normal - se isso fosse possível - enquanto ele pegava o aparelho e olhava o pequeno monitor, um suspirou deixa os lábios do graham quando assim que ele desliga o aparelho

-Adeus, Jack. - diz Will sem abertura para mais argumento

Deixando o trabalho no motor de lado, Will vai em direção a sua casa, Jack o segue - algo na mente do Crawford dizia que ele não iria gostar doque iria encontrar na casa de Will, isso o fez engolir em seco

A cada passo que dava, Will santia seus pés afundarem no chão com mais força, mas não por causa da neve, é sim pelos passos pesados do próprio Graham - mesmo que não demonstrasse, o medo preenchia seu peito a cada momento que sua casa se aproximava, medo de Jack descobrir sobre seu bebê. Ele não queria que ninguém soubesse sobre Dylan

Num dado momento ao chegarem a uma distância minima da casa de Will, um barulho um tanto quanto incomum começa a sair da casa do Graham, o choro de um bebê. Tal constatação fez Jack congelar, mas isso não impediu Will de continuar caminhando até sua casa. Suspirando, o perfilador entedeu que não dava mais para esconder seu bebê

-Will... oque você fez? - com muito esforço algo coerente deixa os lábios de Jack, da mesma forma que sua mão viaja até onde se encontrava sua arma

-Nada que você deva se preocupar, Jack. - parando em frente a porta da sua casa, Will se vira e encara Jack - O bebê e meu.

A notícia dado por seu ex-amigo fora como um soco no estamogo do Crawford, porque ele sabia que só havia uma pessoa a quem Will poderia ter se entregado dessa maneira. Ao que parecia, Hannibal lecter havia feito mais doque apenas uma lavagem cerebral em Will - isso deixou o agente do fbi enojado. Mas algo no âmago de Jack ainda tinha esperança de que sua constatação fosse falsa.

-Will... - Jack não conseguia verbalizar a pergunta, mesmo que tentasse, o medo da resposta parecia muito maior agora

-E sim, é dele. - Will estava cansado demais para negar o óbvio para Jack, por isso resolveu jogar as cartas na mesa de uma vez por todas

-Por isso que ir atrás dele? Para que possam ter uma vida doméstica? Você sabe melhor que eu que isso não tem muita chance de funcionar. - por mais enjoado que se sentisse, Jack não poderia desistir, pelo menos, não agora - Existem coisas nessa vida que precisam ser deixadas de lado e esquecidas, Hannibal lacter e uma delas.

-Ele não e apenas um pretexto para mim. - Will sé sentiu verdadeiramente ofendido com a "acusação" de Jack - É você mais doque ninguém deveria saber que Hannibal nunca ira sair de nossas mentes. Mesmo que tentemos esquece-lo, a única maneria de se livrar dele e a morte.

-E irracional e estúpido ir atrás dele. Lembre-se da última vez que o vimos. - Will estava certo, mas Jack decide ignora-lo

-Aquela fatídica noite ainda esta muito bem gravada em minha mente. - diz Will com certa melancolia, Jack quase se sente vistorioso, quase - Mas também sempre me faz refletir sobre minhas escolhas, é eu sempre me questino sobre oque teria acontecido "se eu tivesse fugido com Hannibal?"

-Você, Abigail e seu bebê estaria possivelmente sendo mantidos em cativeiro. Sé for atrás dele, você é seu bebê seram mortos. - nem Jack acreditava no que acabará de dizer

-Não. - se Jack quisesse levar Will para o seu lado, ofender Hannibal não iria ser uma boa tática - Hannibal nunca machucaria alguém importante sem um bom motivo.

-Você não tem certeza disso. - aponta Jack

Olhando para a extensão de nuvens brancas e acinzentadas no ceu, Will escolhe refletir oque acabará de ouvir. Por mais que negasse, Jack poderia estar certo sobre sua afirmação, como também poderia estar redondamente enganado - Will torcia pela segunda opção.

Sem perceber Will acaba ponderando a fala de Jack por tenpo demais, mas logo o choro de Dylan aumenta e tira o graham de seu transe. Um gosto amargo se instala na boca de Will por ter esquecido que seu filho estava precisando de algo

-Ao mesmo tempo que você pode estar certo Jack, você também pode estar errado. - a afirmação não era apenas sobre Hannibal, Jack percebe - Nunca saberei se não investigar.

-Isso está se tornando uma missão suicida, Will. Você tem um filho ágora, pense nele antes de fazer algo estúpido que se arrependerá depois. - usar o bebê era uma das únicas táticas que Jack ainda possuía, é ele iria aproveita-lá ao máximo

-Ele sempre será minha maior prioridade Jack, não se preocupe. É por falar nisso, preciso cuidar dele agora. - vendo Will se virar para abrir a porta e não parecendo nada convencido a mudar de "lado", Jack estava perdendo a guerra

-Se for preciso Will, terei que tomar medidas radicais com você. Terei que tirar o seu filho. - diz Jack negando com a cabeça, era algo drástico de se fazer mas Jack estava pronto para jogar com tudo que tinha

-Não se meta com meu filho, Jack. - com seu último recado Will entra em sua casa

 

É naquele momento o Crawford havia percebido que Hannibal lecter nunca iria realmete deixar a mente de Will, não de uma maneira fácil, ele precisava ser retirado a força. A morte citada pelo Graham não precisava ser exatamente da vítima de manipulação do lecter, talvez se Jack tivesse essa força necessária, ele conseguiria salvar seu ex-perfilador das garras do estripador.

 

Custe oque custar.

 

Continua.

Chapter 3: Capítulo três

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Dúvidas é preparativos.

 

Olhar o céu noturno pintado de estrelas sempre fora um ato reconfortante para Will, as estrelas haviam se tornado ótimas companhias para o Graham após uma noite cercada de pesadelos. Mas agora, pesadelos não eram mais o único motivo que levava Will a adirmira-las

Quando olhava para as estrelas o perfilador se perguntava se Hannibal via as mesma entrelas que ele, sé o Lecter também as admirava, é sé olhar para elas faziam o ex-psiquiatra se lembrar de Will - eram tantos questionamentos. Em certos momentos em que os pensamentos de Will se tornavam mais profundos ele era brutalmente arracado deles por um choro de Dylan ou um latido de Winston - ao que parecia, ambos entendiam que o Graham precisava ser tirado de sua mente ou era só coincidência.

Hoje após a pequena discussão com Jack, fora mais um dia em que Will não conseguia dormir e ficava admirando as estrelas - mas o questionamento na mente do homem era diferente, a fala anterior de seu ex-chefe ainda estava em sua mente, "Hannibal realmete teria coragem de machucar-los?" doia para Will apenas cogitar isso, o Graham não queria nem imaginar oque aconteceria com seu filho

Isso fez Will questionar ainda mais sua escolha de ir atrás do Lecter. Ele não poderia mais tomar decisões impulsivas, Dylan precisava dele - ainda mais sabendo que a última decisão impulsiva que Will tomou quase matou o garoto. Suspirando, Will encara o bebê que dormia pacificamente no berço ao seu lado, um sorriso aparece nos lábios de Will ao ver seu filho.

-Jack não está certo, você sabe disso.

-Eu não tenho total certeza disso. - suspira, levantando seu rosto e olhando para a bela menina a sua frente, sua filha - Oque aconteceu naquela noite ainda está claro em minha mente, a vinda de Jack só deixou mais visível.

-Você machucou ele, pai. Por causa disso tudo aquilo aconteceu. - aponta Abigail, a Hobbs não estava jogando a culpa em Will, ela só queria faze-lo ver a verdade - Ele queria te machucar da mesma forma que você o machucou.

-É isso custou a sua vida, e quase me tirou o seu irmão. - acrescenta Will com pesar

-Era necessário pai. - diz a Hobbs negando com a cabeça - E ele nem sabiá que o senhor estava esperando o Dylan.

Will não responde, ele não conseguiria, sua mente estava a mil e seu coração pesava. O graham amava o pai de seu filho, mas com a visita de Jack os eventos daquela noite horrível ficaram mais vividos em sua mente - doia lembrar o que Hannibal fizera com ele e sua filha

-Você o machucou pai. - diz Abigail calmamente, não era uma acusação, mas atingiu Will da mesma forma - Papai queria dar a você a mesma dor que você causou a ele.

Respirando fundo Will olha mais uma vez para o bebê adormecido no berço, contando as características que Dylan havia herdado tanto de Hannibal quanto dele - o Graham chega a conclusão de que o bebê era uma completa mistura de ambos, suspirando ele olha para a filha.

-Eu sei... mas isso não anula o fato de que você morreu.

-Pai. - fala a hobbs firmemente - ele arquitetou todo um plano pra fugir com você, por que ele queria você, ou melhor ele quer você. Hannibal té ama, pai.

As palavras de sua filha penetram a mente de Will como se fossem facas. Claro, a possibilidade de que Hannibal o amava estava clara na mente do Graham desde antes do dia em que eles fizeram sexo -
ou melhor, desde antes do dia em que eles fizeram amor. Mas a raiva que o perfilador sentia do Lecter por tê-lo acusado dos crimes como copycat era maior, fazendo com que Will ignorasse tanto os seus sentimentos quanto os de Hannibal.

Will estava tão absorto em seus pensamentos que nem perceberá que Abigail havia se aproximado, a hobbs põe a mãe no rosto do pai, é sorri, um sorriso doce que tirou o Graham de seus pensamentos

-Va atrás dele pai. Você merece ser feliz, e o meu irmão merece conhecer o pai. - diz a garota, antes de sumir

A sensação fantasma da mão de sua filha permanece no rosto do Will pelo resto da noite.

 

...

 

Will não tinha conseguido dormir direito, as palavras de Abigail ainda ecoavam em sua mente, é mais uma vez aquela briga entre seu senso de justiça e seu amor havia começado. O senso de justiça o falava o quanto era errado ir atrás de Hannibal, fazendo-o lembrar de tudo oque o psiquiatra o havia feito, já o seu amor o incentivava a ir atrás do pai de Dylan dando-lhe motivos quase irrefutáveis.

Mesmo nadando em seus pensamentos Will podia ouvir o mundo ao seus redor, e oque chama sua atenção e consequentemente o tira de seus pensametos são os pequenos choros de Dylan, balançando a cabeça para dissipar de vez seus pensamentos o Graham da sua atenção total para o bebê.

Pegando-o no colo, Will verifica a frauda para ver se erá esse o motivo do choro, oque se mostra uma ação sem sucesso.

-Então e fome. - diz Will pensado alto

Com isso, pai e filho começam a caminhar em direção da cozinha. Ao chegar lá Will põe Dylan na cadeirinha, e no momento em que ele faz isso Winston corre para ficar ao pé da cadeira vigiando o bebê, o graham sorri e acaricia a cabeça do Golden

-Bom rapaz. - fala Will carinhosamente

Após isso o ex perfilador caminha em duração a pia, onde rapidamete lava as mãos, virando-se Will pega um pote de tamanho médio onde continha o leite que Dylan tomava - na maioria do tempo o Graham se setia péssimo por não conseguir amamentar o filho com o leite necessário, mas isso erá algo que Will tinha que enfrentar por não ter equipamento necessário para para tal coisa - assim que pega a fórmula e junto uma panela, o de cabelos cacheado coloca um pouco de água dentro da panela acompanhada de algumas colheres de leito, é sem demora ele coloca a panela no fogo.

Segundos depois Will retirá a panela do fogão e dispeja o líquido na mamadeira devidamente limpa que estava em sua mão, quando todo o conteúdo já estava dentro do recipiente Will o fecha. O graham encara seu filho e cachorro com carinho em seus olhos, enquanto esperava que o leite em sua mão chegasse na temperatura perfeita.

Em poucos minutos Will já estava com Dylan novamente em seus braços, enquanto segurava a mamadeira afrente do rosto do bebê que bebia o líquido lá dentro com uma calma que o ex-perfilador nunca virá e um bebê.

Passar esses momentos com seu filho, mesmo os mais simples que fossem deixavam Will nas nuvens, é serviam para lembra-ló o quanto Dylan erá importante para ele é o tanto de coisas que faria para protegê-ló. Por esse motivo a decisão de ir atrás de Hannibal precisava ser pensando e repensada, mesmo que amasse lecter Will não saberia como o mesmo iria reagir ao saber que tinha um filho, e o Graham realmete não queria arriscar uma reação negativa

Mas olhar para Dylan todos os dias era sempre uma constante lembrança de que não importava o quanto ele tentasse, Hannibal nunca iria sair totalmente da sua vida - talvez Will nem quisesse que o lecter o deixasse, como havia dito a Jack da última vez, Will queira ter fugido com Hannibal, ele apenas não podia, não naquele momento

Suspirando, Will olha para Dylan que acabará de beber todo o conteúdo da mamadeira, tirando o item da frente do rosto do garoto e colocando-o na bancada da cozinha. Com mais um suspiro Will olha para Dylan é o analisa

Não importava quantas vezes Will o olhasse, a semelhança que o bebê tinha tanto com ele quanto com Hannibal ainda o assustava, era como se o garoto fosse uma mistura perfeita dos dois ou melhor a personificação viva do amor entre eles, isso deixava Will extasiado. Tais pensamentos estavam fazendo com que o amor de Will por Hannibal ganhasse mais uma vez a batalha contra o senso de justiça do graham, com isso as palavras de Abigail ecoam por sua mente mais uma vez

"-Pai, ele arquitetou todo um plano pra fugir com você, por que ele queria você, ou melhor ele quer você. Hannibal té ama, pai." - Will pensa agora que sua filha estava praticamente suplicando para que ele visse a verdade da maneira como ela é - "Va atrás dele pai. Você merece ser feliz, é o meu irmão merece conhecer o pai."

Abigail estava certa, Will marecia a felicidade depois de tanto sofrimento, é por mais que fosse feliz vivendo apenas com seu filho, o graham sabia que aquela não era a total felicidade que ele merecia, é ele também sabiá que só podia sentir tal sentimento se Hannibal estivesse com ele.

É mais uma vez naquela manhã Will olha para Dylan com carinho, enquanto o balançava de um lado pro outro em uma velocidade mínima

-Vamos atrás do papai.

 

...

 

Se despedir de seus cachorros era a parte mais difícil de sua jornada em busca de Hannibal e de conhecê-lo melhor, por isso Will havia adiado esse momento o máximo que pode mais agora não dava mais, ele infelizmente precisava se livrar de sua não tão pequena família canina.

Nesse meio tempo em que ficará adiando esse momento, Will ponderava sobre onde iria deixar seus cachorros, o graham até cogitou deixa-los aos cuidados de Alana mais ele não queria que a mesma soubesse que ele iria viajar - e concerteza ela saberia o real motivo dessa viagem - por isso essa opção foi prontamente deixada de lado, e em um dado momento o ex-perfilador apenas decidiu deixa-los em um abringo de confiança - mesmo que isso partisse seu coração - É era onde ele estava nesse momento, deixando todos os seus cachorros para sempre.

Mas havia um, apenas um que não saia de seus pés e rosnava para qualquer um que se aproximasse, é esse erá Winston. Will sabia que Winston era diferente de seus outros cachorros, o graham sentia uma conexão maior com o golden do que com os outros cães, era como sé o cachorro realmete entendesse seus sentimentos, nó que ele esteva pensando ou passando

-Ao que me parece esse ai e muito apegado a você. - comenta uma das cuidadoras do abrigo, é Will não pode deixar de concordar

-É, e eu agradeço muito isso. Mas no momento eu tenho uma viagem muito importante para fazer e séria muito complicado levá-lo, ainda mais agora que estou levando meu filho comigo. - suspira Will apontando para Winston e Dylan que estava confortavelmente pendurado no suporte em seu peito

-Sei, isso deve ser bem complicado. - ponderá a mulher - mas se me permitir perguntar, você irá viajar de avião?

-Não, irei de barco.

-O senhor poder levar cães em viagens de barco, só precisar seguir algumas instruções para que a viagem corra bem, ainda mais com um bebê a bordo... - ao perceber que estava falando demais a mulher logo trata de se desculpar - Oh desculpe, eu estou me metendo muito na sua vida, desculpa mesmo!

-Não tá tudo bem. - Will assegura e olha para o cachorro em seus pés - Você poder me dizer essas instruções?

-Oh, Você irá leva-lo?

-Sim, percebi que Winston é especial demais para deixa-lo. - comenta Will olhando o cão com carinho e amor estampado em seus olhos

Como se concordasse com a decisão do pai, Dylan bate as suas mãozinhas e balbucia algumas coisas identificáveis e ao mesmo tempo exibindo para todos ali seu largo sorriso desdentado

-Parece que mais alguém gostou da novidade! - aponta a mulher

-É.

 

...

 

Sentir o ar salgado do oceano em seu rosto mais uma vez deu a Will uma sensação tão forte de nostalgia que o trouxe de volta memórias de sua infância que outrora foram esquecidas, as memórias de tudo oque viveu com seu pai passava pelos olhos de Will como se fossem um filme. Algumas não eram tão boas quanto outras, mas lembrar delas mostrou para Will que era ele que estava no controle de suas decisões naquele momento, é não Jack ou Hannibal

Naquele instante Will jurou a si mesmo que, ninguém nunca mais iria entrar em sua mente e manipulalo como fora antes. Agora era Will que estava no controle.

 

Continua

Chapter 4: Capítulo quatro

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Medo

 

Uma enorme onde desse sentimento agustiante percorreu o corpo de Alana no exato momemto em que o nome "Jack Crawford" brilhou em sua tela, fazendo-a instantaneamente reviver os eventos daquele fatídico jantar sangrento, o que fez um bile se formar em sua garganta - no qual ela prontamente engoliu

Com uma forte hesitação ela desliza o dedo pelo botão verde e atende a ligação, levando o telefone aos ouvidos e em questão de segundos a voz de Jack ecoa em sua mente.

-Will foi atrás dele. - e oque a Bloom mais temia aconteceu

-Infelizmente, Jack. Era questão de tempo ate isso acontecer. - responde a psiquiatra, mesmo que ambos esperassem o contrantrio ambos também sabiam do domínio que Hannibal mantinha sobre Will - Só não entendi o porquê dele ter esperado um ano para isso.

Não fazia sentido para a mulher o fato de que Will esperou praticamente um ano para finalmete ir atrás de Hannibal, Alana sabia que a facada dada pelo Lecter não era o motivo real, já que ela havia ficado sabendo que alguns meses após "o jantar" Will havia recebido alta do hospital.

-Will estava grávido. - responde Jack, deixando a psiquiatra com olhos arregalados - E nos sabemos muito bem quem é o outro pai desse bebê

E mais uma vez aquele maldito bile se forma na garganta de Alana deixando-a tonta e enjoada - ela queria vomitar - o pensamento de que Will tivera a coragem de se deitar com Hannibal mesmo sabendo que ele era fez um arrepio percorrer o seu corpo - certo que ela também havia feito isso, mas era diferente, ela não sabia quem Hannibal era de verdade, mas Will sabia

-Você vai fazer alguma coisa sobre isso? - diz a Bloom tentando se recompor

-Vou. - responde Jack com um suspiro, Alana sabia que o FBI não iria ajuda-lo nessa busca afinal ele não tinha provas concretas sobre Will estar realmente indo atrás de Hannibal

-Então você me ligou por que quer minha ajuda?

-Bem... eu pensei que você deveria saber disso. E também, você sabe que o fbi não me dara apoio algum, então gostaria de saber se você poderia me ajudar. - Alana não pode vê-lo, mas sabe que o Crawford concerteza não estava pedindo e sim ordenando

-Adeus, Jack. - e a ligação é encerrada

Virando-se Alana olha para a garrafa de vinho e a taça que continha o líquido dentro a muito esquecidos, com passos calmos ela se aproxima da mesa pegando a taça e bebendo um pouco do delicioso líquido dentro deixando o álcool percorrer seu caminho até o estômago e clarear sua mente

Uma onda de culpa preenche o corpo da psiquiatra, afinal fora ela quem havia sugerido o Hannibal para Jack e consequentemente o apresentando para Will. Graças e ela Will estava agora em algum lugar do mundo provavelmete sendo mantido como refém junto do tal bebê por Hannibal - um arrepio passa por seu corpo com o pensamento

Afundando em sua poltrona Alana bebe mais uma vez o vinho em sua taça.

Mas no momento em que o álcool atinge o seu estômago algo clarea em sua mente, algum tipo de esperança a preenche, talvez ainda ouvesse esperança, talvez ela ainda pudesse trazer Will para o seu lado - talvez fosse o álcool fazendo efeito mais Alana não estava se importando

Ela pensa nas pessoas que Hannibal havia ferido, ela conta uma lista quase interminável, mas um nome chama sua atenção. Mason Varger, o mais influente dos afetados por Hannibal, talvez ela é Jack não estivessem sozinhos em sua caçada

Talvez eles poderiam trazer Will e seu bebê de volta

 

...

 

Para a surpresa de Will a viagem não fora tão comturbada quanto ele imaginava, não houveram enormes problemas com o bebê ou Winston - o Graham estava aliviado com isso

Mas foi só eles pisarem os pés em terra firme mais uma vez que Dylan pos tudo o que havia comido até então para fora sujando a si mesmo e ao pai, Will suspira, ele já esperava uma reação assim vinda tanto de seu filho quanto de Winston - mas isso não o impediu de se sentir muito mal por estar causando algum tipo de sofrimento para o garoto

Voltando para dentro de sua cabine, Will caminha em direção a um pequeno quarto que havia no barco, pondo Dylan na cama - que mexia os bracinhos com animação - e indo até sua mochila, tirando de lá uma nova roupa tanto para o bebê quanto para si mesmo. Um latido chama sua atenção, fazendo-o olhar para a porta do quarto, e lá estava seu querido cachorro com um olhar de preocupação quase humano demais para um animal

-Não se preocupe garoto, seu amigo aqui vai ficar bem. - diz Will sorrindo para o cachorro que parece entender, já que sua expressão muda para uma de quase felicidade enquanto caminhava para a beirada da cama para estar mais proximo do bebê

Voltando sua atenção para o bebê, Will troca a roupa melada com vômito e a substitui por uma limpa, depois ele repete a mesma ação com si mesmo. Pegando novamente sua mochila e a pondo nas costas, Will coloca Dylan no suporte acoplado ao seu peito deixando-o pendurado, olhando para Winston que os encarava com curiosidade o Graham segura a guia do cachorro e os leva para fora do barco

E mais uma vez no lado de fora, o ex-perfilador deixa que a brisa fria e o ar salgado do mar penetrem sua pele.

-Esta ansioso para ver a casa onde seu pai cresceu, Dylan? - pergunta Will ao garoto que encarava o cás maravilhado, mas que ao reconhecer a voz do pai começa a bater as mãos e gargalhar - Bem, eu acho que sim.

Como já havia alugado um carro online, Will os leva até a loja para retira-lo, oque ele faz sem demora e logo a pequena família - incompleta - cai na estrada em direção a casa onde Hannibal passou parte de sua infância

Will estava ansioso para conhecer mais sobre o amado, ele esperava que essa viagem desse a ele uma luz sobre o paradeiro de Hannibal.

A viagem até a antiga residência de Hannibal não fora tão longa quanto Will esperava - para o alívio do Graham, obviamente - é em questão de minutos a sombra dos enormes muros que cercavam a propriedade Lecter engole o carro onde estavam, Will olha para as paredes analisando cada canto delas, cada raiz de de planta que havia se infiltrado nos tijolos, cada rachadura que o tempo colocará lá e cada ferrugem no metal que o portão ostentava.

Olhando para além dos portões por entre as aberturas da grade Will vê uma pequena mas densa floresta dentro da propeidade, ele se pergunta se havia alguém morando ali. Suspirando, o Graham abre a porta do carro e sai, sendo saudado mais uma vez pela brisa fria da Lituânia - para a sua sorte o frio não estava tão intenso naquela época do ano - caminhando na direção da parte de trás do carro ele abre a porta trazeria deixando Winston sair

-Fique aí! - ordena Will, e o cachorro obedece

Fechando a porta, Will vai para o outro lado do carro e mais uma vez ele abre a porta, e começa a tirar cada sinto de segurança que mantinha Dylan na cadeirinha - o garoto havia dormido em algum momento da viagem, Will estava agradecido por isso - com cuidado o Graham transfere o filho da cadeirinha para o canguru em seu peito, com o movimento Dylan acaba se mexendo um pouco mais não acorda - isso fez Will suspira aliviado

Pegando sua mala que estava ao lado da cadeirinha de Dylan, Will fecha a porta e trava todo o carro, com um assobio o Graham chama seu cachorro que prontamente aparece ao seu lado. Pegando a guia de Winston, ambos começam a caminhar em direção ao portão, ao ficarem cara a cara com o objeto em questão Will pode ler o nome "Lecter Devaras" em algo que parecia um tipo de brasão, o ex-perfilador não presta muita atenção nisso

Will tenta abrir o portão - ele sabia que séria uma ação inútil pois o portão concerteza estava trancado - oque se mostra uma ação sem sucesso, como o Graham já havia imaginado. Respirando fundo o ar gélido do local, Will olha ao redor procurando alguma maneira de entrar na propriedade

Olhando para cima dos muros o Graham cogita a possibilidade de pular, mas logo a joga para o fundo de sua mente já que o impacto no chão concerteza acordaria o seu filho e não daria para Winston ir com eles. Logo o pensamento de que poderia haver alguma abertura no muro passa pela mente de Will, fazendo-o começar a caminhar para a esquerda enquanto olhava atentamente para os muros procurando qualquer abertura que ele pudesse passar junto de Dylan e Winston

Sem demora ele logo encontra uma abertura grande o suficiente para faze-lo passar, com um pouco de dificuldade Will passa pelo buraco e finalmete entra na casa onde seu amado passará a infância.

O pensamento de um pequeno Hannibal correndo por esse gramado enche a mente de Will, deixando extasiado. O Graham gostaria de ter conhecido o pequeno Hannibal - mas logo percebe que seria praticamente impossível já que o Lecter é 10 anos mais velhos que ele - tirando essa ideia da mente, Will olha ao redor mais uma vez, mas começa a caminhar logo em seguida.

Will anda por entre as árvores daquela não tão pequena floresta por longos minutos, até avistar uma "pequena" casa - em relação ao literal castelo um pouco mais acima - aproximando a passos lentos, o Graham põe o rosto em uma das janelas tentando visualizar algo lá dentro, mas sem sucesso já que a poeira é o barro cobriam o vidro da janela deixando-o quase que completamente escuro. Encolhendo os ombros, o ex-perfilador caminha até a porta na intenção de a abrir, mas como previsto ela estava fechada

Suspirando, Will começa a andar para longe da casa e entrando mais para dentro da floresta. Em poucos minutos, o Graham sai no que parecia ser uma clareira, mas oque deixou o ex-perfilador meio chocado foi o fato de que no meio da clareira havia um pequeno cemitério - Bem, Will já deveria ter imaginado que os Lecters não seriam enterrados em um cemitério comun, não é mesmo?

Com curiosidade o Graham começa a caminhar pelas lápides olhando sem realmente olhar os nomes que estavam gravados nela, mas uma em particular chama sua atenção, a lápide com o nome "Mischa Lecter". Will lembra perfeitamente da comversa que ele teve com Hannibal sobre paternidade, ele lembra principalmente do fato do Lecter ter citado sua irmã - essa foi a primeira coisa realmente sincera que Hannibal já havia lhe contando sobre seu passado

Uma melancolia o preenche ao olhar para a lápide, ele não sabia como ela havia morrido, se havia morrido jovem ou velha, se havia sido assassinada ou morta por uma doença injusta - para resumir Will não sabia de nada sobre a garota, a não ser seu nome. Com um impulso que o Graham não sabe de onde tinha saído, ele decide fazer algo que nunca fez em sua vida

Conversar com uma lápide.

-Olá Mischa. - Will realmente não sabia oque falar, ou melhor ele nem sabia o porque de ter começado a falar, suspirando ele decide fazer o óbvio - Sei que você não me conhece, mas me chamo Willl e... esse é Dylan seu sobrinho.

Como se esperasse uma resposta vindo da garota, Will fica lá imóvel por algum tempo, até balançar a cabeça em negação e se vira para continuar sua caminhada. Mas algo o para, uma corrente de vento não tão forte faz as folhas tanto do chão quanto das árvores se moverem e um estranho calor atinge o rosto de Will - talvez Mischa realmente o ouviu e está respondendo, o Graham sorri é volta para sua caminhada

Após um bom tempo andando, um barulho bem semelhante a um tiro chama a atenção de Will que com uma velocidade impressionante põe seus braços ao redor de Dylan para o proteger, e antes que Winston pudesse começar a latir Will lhe dá a ordem de ficar calado, mas isso não impede o cachorro de se pôr em frente aos donos e começar a rosnar para todas as direções possíveis.

Eles ficam assim por alguns segundos, até o barulho não se repetir, e só quando tudo estava completamente em silêncio que Will decide deixar os seus braços voltarem para onde estavam. Will sabia que era uma tremenda estupidez isso que ele estava prestes a fazer - principalmente quando ele estava com um bebê a bordo - mas ele decide fazer mesmo assim, ele vai ir atrás desse barulho

Decidido, Will começa a "correr" na direção de onde vinha o barulho de tiro.

Ao chegar no local, Will vê uma mulher asiática com algum tipo de espingarda na mão caminhando calmamente pela florestas, rapidamente o Graham se esconde atrás de alguns arbustos tentando fazer o mínimo de barulhos possível - graças e deus Dylan ainda dormia como pedra em seu peito - tirando de sua mochila um pequeno binóculo, Will arrisca olhar para ver exatamente oque a mulher estava fazendo - por instintos um de seus braços ainda rodeava o corpo de seu filho

Com cuidado ele se levanta e olha para a mulher por um fresta no arbusto, ele a vê segurar a arma com firmeza e apontar na direção que ele estava, por reflexo Will se esconde atrás do arbusto mais uma vez e ao mesmo tempo passando os braços envolta de Dylan, enquanto o barulho de tiro se faz presente mais uma vez.

Leva um tempo pra Will registrar que o tiro não os tinha atingido, e leva mais tempo ainda pra ele conseguir ouvir o mundo ao seu redor. A primeira coisa que Will ouve é o choro abafado de seu filho, fazendo-o rapidamente retirar os braços de onde estavam e procurar algum ferimento no bebê, que para o alívio do Graham não tinha um arranhão e estava apenas assustado; o segundo barulho era um pouco mais alto que o choro de Dylan, o barulho se tratava do latido de Winston, que estava ao redor deles em posição de ataque

-Quieto Winston, nos estamos bem! - diz Willl entre dentes, o cachorro o olha de cima a baixo como se não acreditasse em nada mas mesmo assim para de latir e vai para perto do dono

Will segura a respiração quando o pensamento de que aquela mulher armada ainda estava ali e concerteza havia ouvido os latidos e o choro de Dylan, e de novo Will se arrisca espiando por cima do arbustos para assim ver que a mulher já havia sumido. Soltando a respiração que antes segurava, Will volta sua atenção para Dylan, que o olhava com seus grandes olhos vermelhos de tanto chorar, suspirando o Graham tira sua mochila indo direto para um dos pequenos bolsos e tirando de lá uma pequena pelúcia de cervo, pondo a mochila de volta em suas costas Will dá o brinquedo para Dylan que em questão de milésimos a expressão antes triste se torna feliz

O Graham pensa por um momento na ironia que isso era, afinal o animal que sempre estava o assombrando em seus pesadelos, agora é sinônimo de conforto para o seu filho. Mudando seu foco, Will se levanta e tenta encontrar o lugar para onde a mulher poderia ter ido - mesmo que fosse perigoso, ele estava curiosos para saber quem era a mulher, já que ele não lembrava de Hannibal ter citado nenhuma mulher asiática e suas conversas

Sem demora Will acha o lugar para onde a mulher havia ido, ele olha para o local com curiosidade. O local era realmente muito sujo, mas de certa forma arrumado, haviam alguns pássaros pendurados - sem dúvida estavam mortos - e outros objeto foram posto cuidadosamente nos cantos. Mudando sua atenção, Will foca seu olhar na mulher, que estava bastante entretida com o pássaro morto a sua frente

A mulher acariciava as penas do pobre animal com algum tipo de carinho macabro para em poucos segundos começar a arrancar as penas com certa violência, Will vê as penas caindo no chão como neve no inverno, ele também vê o momemto exato em que ela agarra as penas do pássaro com firmeza é segura o cutelo da mesma forma e rapidamente atinge as pernas do pássaro com sua arma arrancando-as

 

...

 

A noite estava chegando mais rápido que Will esperava, e ele sabia que não dava tempo de voltar para o carro já que o frio até lá estaria intenso demais para Dylan aguentar - mesmo que ele estivesse bastante agasalhado - sentindo-se como um péssimo pai, Will começa a procurar um lugar aonde ele pudesse passar a noite com Dylan.

Andando por entre as árvores da floresta enquanto tudo escurecia e o frio ficava mais intenso Will ouvia os únicos barulho ali presente eram os seus próprios passos e barulho dos animais noturnos que tinham por ali, mas outro barulho chama a atenção de Will, passos mais pesados são captados por seus ouvidos logo atrás de si, virando-se bruscamente para tentar ver quem estava seguindo-o para apenas se deparar com o vazio

Rapidamente Will tira uma lanterna de seu bolso apontando para a direção de onde vinham os passos, tomando mais uma decisão estúpido naquele dia Will, começa a caminhar na direção dos passos, e como um fiel escudeiro Winston se põe afrente de Will para atacar quem quer que ousasse aparecer em seu caminho - o Graham agradece internamente por ter trazido o cachorro consigo

Os barulhos de passos continuaram por algum tempo, até sumirem completamente, Will pensa por um momento que suas alucinações haviam voltando, mas logo o pensamento é empurrado para o fundo de sua mente quando vários vaga-lumes aparecem iluminando a noite quase completamente escura

Mas concerteza havia algo de errado já que os vaga-lumes estavam indo todos para a mesma direção, andando um pouco mais na mesma direção dos insetos Will se deparar com um fonte sem água, olhando pata dentro dela o Graham se depara com vários caracóis. Olhando para cima, no meio da fonte, Will vê uma estátua do que parecia um anjo olhando para ele

Uma luz alaranjada forte demais para ser dos vaga-lumes aparece na floresta, contornando o lugar onde Will estava, o Graham sabia que essa luz pertencia aquela mulher de antes, ele só não sabia oque levava uma mulher caminha no meio de uma floresta a noite com um frio de matar

Pondo os dois braços ao redor de Dylan para aquecelo, enquanto seguia aquela luz.

Chegando perto o suficiente para ter uma boa visão da mulher - sem que ela o veja obviamente - Will a vê entrar em algum tipo de sala com o pássaro morto agora assado em um prato e segundos depois saindo só que sem o prato

-"Deve haver alguém ali." - pensa Will, enquanto espera a mulher sumir do local

Assim que Will não conseguem visualizar mais a luz, ele se aproxima da estranha casa, levando sua mão até a maçaneta para abrir a porta - e pela primeira vez naquele dia tendo sucesso com isso - ao se deparar com a completa escuridão do local, Will ascende sua lanterna vendo uma longa escadaria

-Winston fique aqui na porta, e não deixe ninguém entrar! - ordena Will enquanto abria mais a porta para que ele pudesse passar

Descendo as escadas calmamente, Will vê mais e mais caracóis no local, eles subiam pelo corrimão, pelas paredes e pelos degraus da escada, além dos caracóis o barulho de água correndo estava por todo lado. No final da escada a situação não melhorava, parecia que haviam ainda mais caracóis do que na fonte, andando vagarosamente para não pisar em nenhum deles Will analisava o local com cuidado, mas um barulho estranho vindo de seus pés chama sua atenção, tirando um seu pé do chão, Will vê um osso, ele semiserra os olhos para ver se era de um humano, abaixando-se o Graham pega o osso para poder olha-lo melhor

Mas a voz de alguém chama sua atenção, levantando a cabeça Will vez um homem moribundo, maltrapilho e que concerteza não comia a dias se aproximando da grade falando em uma língua que Will não entendia, em um movimento automático o Graham põe sua mão os olhos de seu filho para que não pudesse ver o estado lastimável que o homem estava - mesmo que Dylan fosse um bebê e que concerteza não se lembraria disso no futuro

Will não se aproxima do homem, ele apenas fica lá parado olhando-o sem nenhuma expressão no rosto, enquanto o homem continuava a balbuciar palavras sem sentido para Will e estendia a mão na esperança de chegar até o Graham, mas algo o faz desistir e voltar para trás

E mais uma vez o barulho de passos preenche os ouvidos de Will, fazendo-o virar vagarosamente, deparando-se com a mesma mulher que havia matado o pássaro e que agora apontava a espingarda em sua direção - Will não se permitem estremecer, não ele não vai mostrar para ela que ele está com medo

O homem continua choramingando atrás de Will, mas o Graham não o ouve, o único barulho em seus ouvidos era do segue escorrendo em suas veias - Will precisava bolar um plano para sai dessa situação ou tirar Dylan dela

 

-Está irritando ele.

 

Continua.

Chapter 5: Capítulo cinco

Chapter Text

-Está irritando ele.

Will olha para a mulher, a encara com toda a intensidade que tem para poder mascarar seu medo de que ela atirasse e o atingisse ou pior atingisse ao Dylan. O Graham tenta parar os seus instintos de usar os braços como barreira entre seu filho e a arma da mulher, mas ele não faz isso, Will não tinha certeza se podia tirar os braços da posição de rendição - algo o dizia que qualquer movimento séria fatal

-Você invadiu. - se Will não estivesse com um arma apontada para seu filho ele teria zombando da constatação da mulher

-Eu sou um amigo do Hannibal. - Will podia não saber quem era essa mulher, mas ele tinha a total certeza de que ela sabia quem o Hannibal é

-Ele te mandou? - algo mudou naquela mulher, Will não sabia muito bem o que era, mas a mudança o deixou seguro o suficiente para se aproximar aos poucos

-Meu nome é Will Graham, esse é... Dylan e eu estou desarmado. Posso, posso abaixar meus braços? - diz Will já abaixando-os, mas deixando um deles ao redor de Dylan

-Esse gatilho tem três mecanismos de disparo, e eu estou no dois. - fala a mulher apontando a arma para o rosto de Will

O Graham se permite encolher os ombros de alívio, certo que a arma ainda estava apontada para ele mas pelo menos Dylan não estava mais na mira

O homem atrás de Will volta a falar palavras em uma língua que o Graham não conseguia identificar - provavelmente era lituano - com o canto do olho Will o vê mexer as mãos com algum tipo de nervosismo

-Oque ele está dizendo? - mesmo que ainda estivesse pensando e maneiras de escapar sem levar um tiro ou pôr a vida de Dylan ainda mais em perigo, Will ainda estava curiosos sobre oque aquele pobre homem falava

-Ele quer que você olhe para ele, fale com ele... - Will vira a cabeça para encarar o homem vagarosamente - Mas você não fará isso.

-Você descartou a benevolência geralmente concedida aos seres humanos. - diz Will em um suspiro, apertando seu braço ao redor do filho

-Ele a descartou. Tudo permitido a ele e o som da água. - fala a mulher com rispidez -E o que os inexistentes ouvem... e a sua última lembrança de paz

-Você trata ele como um animal. - diz Will, lembrando-se instantaneamente de Winston que deveria estar na porta, a preocupação o preenche ao perceber que antes da mulher entrar ele não ouvirá nenhum latido

-Eu não faria isso com um animal.

A mulher aponta a arma para a saída, Will acena positivamente e anda calmamente para fora. Já do lado de fora o Graham e saudado por latidos de Winston, suspirando aliviado Will olha para o estado do cão, vendo-o amarrado a uma árvore ao lado, o ex-perfilador sorri para o animal fazendo o cão parar de latir

-O que ele fez? - pergunta Will genuinamente curioso mesmo que ele já tivesse um bom palpite. Dylan balbucia palavras em seu sono acordando repentinamente e encarando o pai com seus grandes olhos azuis, antes que o bebê possa começar a chorar Will sussurro - Se acalme Dyla, papai está aqui.

-Ele a comeu. - bingo!

-Mischa? - Dylan se contorce mostrando claramente seu desconforto por passar horas pendurado - A quanto tempo ele é seu prisioneiro?

-Nós temos sido prisioneiros um do outro... a muito tempo. - responde a mulher sem vacilar

-Como você se envolveu nessa situação? - com o braço ainda ao redor de Dylan, Will começa a acariciar o rosto do garoto com a mão para tentar acalma-lo

-Essa pergunta se aplica a nós dois. - finalmete no final da escada, eles se encaram mais uma vez

-E a resposta é provavelmete a mesma. - diz Will bufando uma risada - Qual é o seu nome?

-Chiyo. - fala abaixando um pouco a arma, mas sem trava-la - Como conhece o Hannibal?

-Posso dizer que intimamente. - Will não pensa muito no duplo sentido dessa frase

-"Nakama"? - Will teria rido do que a pronucia da palavra significava para ele se não fosse sua situação atual - É a palavra em japonês para amigos muito íntimos.

-Sim, nós éramos nakama. Dá última vez que o vi, ele me deixou com um sorriso... - um gosto amargo cobre a boca de Will quando ele lembra daquele fatídico dia, mas ele ignora levando sua mão livre para a barra de seu agasalho na intenção de tira-lo mas parando assim que a mulher volta a apontar a arma em sua cabeça

A paralisação de Will não dura mais que alguns segundos, já que logo após ele continua seu caminha levantando seu agasalho e mostrando a cicatriz de sua evisceração - sua mente o lembra que a cicatriz de sua cesariana esta um pouco mais abaixo, ele estremece com o pensamento

-Esse bebê é dele. - não era uma pergunta Will sabia mas mesmo assim ele decide responder, mas o que deixa Will impressionado é o fato de que parecia que ela só havia detectado a presença do bebê agora

-Sim. - enquanto Will abaixava sua roupa para onde estavam inicialmente, Chiyo abaixava a arma

-Todas as tristezas podem nascer, se você as puser numa história.

-Dylan não é uma tristeza. - diz Will apertando seu braço ao redor do bebê que continuava a se mexer

-Nunca imaginei o Hannibal como pai. - fala Chiyo ignorando o comentário de Will - Me conte sua história.

...

 

Chiyo os leva para dentro da casa, onde ela prepara chá para eles e pede que Will sente-se a mesa junto de Dylan, não haviam cadeiras para bebê ali então Will apenas tira o filho do canguru e o deixa em seu colo para ver se o desconforto do bebê passa. Chiyo não demora a servir o chá

Ela assim como Will não estava realmente prestando atenção no mundo ao redor ou em quem os estava fazendo companhia, o Graham não tirava os olhos do filho e de seu esforço para acalma-lo, já Chiyo não parava de encarar seu chá na xícara e na maneira como o líquido se mexia ali dentro

-Nos criamos contos de fadas e os aceitamos. - Will não sabia o porquê de estar falando tudo isso, afinal seu foco naquele momento deveria ser Dylan, mas ao que parecia seu cerebor tinha outra ideia - Nossas mentes sugerem todo tipo de fantasia, quando não queremos acreditar em algo.

Sua própria frase leva Will até os seus últimos meses de gravidez quando em seus momentos de dores graças as contrações falsas ele imaginava Hannibal ao seu lado, segurando sua mão e lhe dando forças para continuar tudo isso para não cair na não tão estranha sensação de estar sozinho

-Eu aceito o que o Hannibal fez. Eu entendo por que ele fez. - diz Chiyo, como se ela precisa se justificar por algo

-Mischa não explica o Hannibal. Ela não quantifica o que e ele é. - é verdade a pura verdade, Hannibal e inexplicável, até para o próprio Will

-Ele fez oque fez por ela.

Will se lembra do que Hannibal fizera por Abigail, ele pensa em como suas atitudes por ambas as garotas eram semelhantes - pensar em sua falecida filha faz com que Will segure Dylan um pouco mais perto

-Como sabe que foi seu prisioneiro que matou a Mischa? - Will pergunta mesmo que já soubesse a resposta

-O Hannibal me disse que foi. - responde Chiyo após alguns segundos - Hannibal tirou alguém de você. Você veio aqui para tirar alguém dele?

Will se permite um tempo para ponderar sua resposta, enquanto acariciava o rosto de Dylan com o polegar - sim, Hannibal havia tirado alguém dele, mas ao matar Abigail o Lecter não so estava matando a filha de Will mas também a dele próprio, mas ao mesmo tempo em que Hannibal lhe tirava um filho ele lhe dava outro, mesmo que isso não o justificassem - Depois de alguns minutos ele pega o bule de chá e põe mas chá na xícara da mulher

-Se eu fosse como Hannibal... eu já teria te matado. - responde simplesmente - Cozinhado, comido, e o alimentado com o resto. - Will toma o próprio chá, apreciando como o líquido aquece sua garganta - É isso que ele teria feito.

-Vocé deve ter pensado nisso. - verdade Will havia pensado em muitas maneiras de mata-la quando a viu pela primeira vez, mas logo desistirá, afinal ele estava com Dylan e mante-lo segura era muito mais importante do que uma morte teatral

-Porque você o procura, depois que ele te deixou com um sorriso? - diz ela olhando diretamente para Dylan, dando a Will a ideia de que ele não falava só sobre a cicatriz

-É que eu nunca me conheci... tão bem quanto eu me conheço... quando eu estou com ele. - era uma meia verdade, Will não estava mais preso nas amarras mentais feitas por Hannibal mas isso não mudava o fato de que ele precisava do Lecter ou melhor o amava

-Você não achará o Hannibal por aqui. Há locais nessa região em que ele não se sente seguro... lembranças ruins. - termina seu monólogo com um suspiro, Will poderia imaginar que lembranças eram essas

-Que lembranças são essas?

-Hannibal queria matar aquele homem, pelo o que ele fez a Mischa, eu não deixei que ele o matasse. Então Hannibal o deixou comigo. - diz Chiyo encarando Dylan, talvez ela estivesse comparando-o com Hannibal assim como Will sempre fazia

-Ele... ficou curioso para saber se o mataria, imagino que ainda esteja. - a curiosidade de Hannibal era concerteza inegável, Will bebe mais um pouco do seu chá, e logo a constatação de que Dylan não havia jantando ainda vem a sua mente - Posso usar o seu fogão? Preciso preparar o leite dele.

-Sim.

Will levanta-se de sua cadeira com Dylan nos braços, pondo-o mais uma vez no canguru em seu peito, o que acabou fazendo o bebê começar a se mexer mais e mais para mostrar ao seu pai que ele não queria ficar pendurado denovo e que aquilo o deixava desconfortável

-Quieto Dylan, preciso que você fique parado para que eu posso preparar o seu jantar. - diz Will tentando acalmar o menino

Mas para a infelicidade do Graham o garoto acaba ficando ainda mais agitado, começando a chorar ainda mais e jogar seus pequenos membros para todos os lados enquanto colocava todas as suas frustrações para fora com seus gritos. Os gritos estridentes de Dylan fazem Will se encolher um pouco - ele não gostava nenhum pouco de saber que seu filho estava desconfortável, e ele odiava ainda mais ser o motivo desse desconforto

-Você poder deixar ele comigo enquanto você faz o leito. - diz Chiyo bebendo um gole de seu chá e virando-se para encarar o Graham

Will pondera por alguns segundos, hesitante em entregar seu filho na mão de um estranho, um estranho desconforto toma conta de Will só de imaginar dar seu filho para Chiyo segurar - como qualquer pai ou mãe o Graham e altamente protetor com Dylan, e não deixa ninguém além dele o segurar - mas não havia lugar nenhum para ele por o garoto, então dar ele para Chiyo era a única opção que o Graham tinha

-Tudo bem só... tome cuidado. - diz Will pondo Dylan no colo da mulher vagarosamente

Ver seu bebê nos braços de outra pessoa era estranho para Will, o simples fato de ele o entregar para alguém parecia que estavam arrancando uma parte do seu corpo. Respirando fundo, o ex-perfilador volta ao seu objetivo original, preparar a comida de Dylan

 

...

 

Chiyo os havia levado para um dos quartos da casa, dizendo a Will que eles poderia dormir lá - o melhor era que Winston também poderia fica, isso deixou o Graham um pouco mais aliviado - o quarto era menos empoeirado do que Will imaginava, mas ainda tinha poeira demais para um bebê como Dylan, então Will fez o que pode para deixar o local com uma possibilidade mais baixa de deixar seu filho doente

Por Dylan para dormir também havia se mostrado um desafio, o garoto queria por que queria ficar acordado com o pai, mas depois de muita luta Will finalmente consegui o por para dormir. Assim que o Graham põe o garoto na cama, ele olha ao redor do quarto

Seus olhos não focavam em nada eles apenas passavam por cada canto do cômodo, mas sua mente estava prestando atenção nos mínimos detalhes afinal ele buscava algo que o levasse na direção de Hannibal. Sem encontrar nada nos lados Will olha para o teto, e para a sua surpresa papéis caiam de lá, mudando seu olhar novamente para os lados o Graham percebe que não estava mais no quarto junto a Winston e seu filho, ele estava no antigo escritório de Hannibal

Se Will não soubesse exatamente onde estava - dentro da sua mente - ele concerteza estaria desesperado por ter sido separado de Dylan

O ex-perfilador caminha pelo lugar enquanto os papéis caiam e caiam infinitamente, olhando mais um vez para o teto Will decide pegar um dos papéis e por pura ironia o papel que ele pega era o mesmo em que ele havia desenhado um "relógio" anos atrás

Will olha para o desenho com recentimento, mesmo que ele já tivesse perdoado Hannibal sobre isso a tempos o fato dele não tê-lo contado que seu cérebro estava praticamente explodindo ainda o deixava magoado - mesmo Hannibal dizendo que era necessário para que Will pudesse se enchegar como ele realmente é, o Graham concordava em parte mas não mudava o fato de que isso poderia tê-lo matado

A linha de mágoa de Will é substituída por confusão quando o papel em sua mão começa a pegar fogo, e com isso o barulho de fogo creptando na lareira começa a ficar mais alto, levantando seu rosto do desenho o Graham olha para além da mesa de Hannibal, encontrando não só o dito Lecter como também a si mesmo - Ele lembra perfeitamente desse dia

-Quando deixarmos essa vida, eu sempre terei esse lugar. - a voz de Hannibal cobre o ambiente, ah como Will sentia falta dessa voz

-No seu "palácio da memória?" - diz o outro Will, fazendo o Will pensar se isso era alucinações ou ele estava visitando seu próprio palácio

-Meu palácio e vasto, mesmo para os padrões medievais. - Will saboreia o timbre da voz do seu amado enquanto pode - O saguão é a capela dos Normandos em Palermo. É sério, belo e atemporal, com uma única lembrança lembrança de mortalidade: uma caveira esculpida no chão

O outro Will apenas fica em silêncio enquanto se virava e encarava sua cópia por alguns segundos, mas ao que parecia ele não o enxergava já que seu olhar parecia atravessá-lo. Will o encara também mas logo muda seu foco para o chão

Talvez o que o Hannibal de sua alucinação dessera fosse uma pista.

Will se ajoelha e tira os muitos papéis do meio exibindo o chão limpo para si, ele tira e tira todos os papéis da sua frente em busca de deixar o chão e a figura ali esculpida mais a mostra, quando o chão já está limpo o suficiente a imagem de uma caveira preenche os olhos de Will

Mas logo sua atenção é tirada da bela arte por uma estranha luz aparecendo a cima de si, olhando para cima ele percebe que o local onde estava havia mudado - denovo - e agora ele estavam em uma capela; "A capela normanda", fornece sua mente.

Então Will percebe que não estava no seu palácio da memória mas sim no saguão do palácio de Hannibal.

-Quem sabe você não está no saguão também. - diz Will, e de forma abrupta ele volta para onde estava inicialmente

Suspirando, o Graham gira os calcanhares e olha para a sua pequena família dormindo. Abaixando-se no nível de Dylan deitado na cama, Will sussurra no ouvido do garoto

-Eu já sei onde papai está.

 

Continua.

Chapter 6: Capítulo seis

Chapter Text

A noite passava de uma maneira lenta, enquanto Will tentava - e falhava - dormir. Em toda a sua vida ele sempre teve problemas para dormir, sejam eles por causa dos pesadelos ou por causa da insônia. E isso não mudaria só porque ele tinha Dylan, muito pelo contrário o nascimento do garoto parecia ter piorado a situação da sua insônia - já que toda vez que fechava os olhos ele via o bebê sendo morto ou sendo levado por Jack

Mas essa noite o motivo de sua insônia era diferente, Hannibal não saia de sua mente - como sempre - só o fato de "saber" onde ele estava o deixava ansioso para ir atrás dele, mas ele não podia, era tarde da noite e sair com Dylan no meio do frio da Lituânia era totalmente inviável. Will pensa em como será seu reencontro com o Lacter é ele não deixa de pensar no que Jack o disse a alguns dias atrás "se for atrás dele, você é seu bebê seram mortos"

Will sabia que o Crawford não podia estar mais do que equivocado com sua fala - a conversa que ele tivera com Abigail tinha aberto os seus olhos - mas uma parte sua, a parte insegura, ainda temia que Hannibal fizesse algum mal ao seu bebê, ao bebê deles.

Respirando fundo e soltando todo o ar Will decide limpar a cabeça e tirar os pensamentos negativos enquanto encarava o teto.

Alguns minutos depois, uma questão aparece de forma repentina em sua mente, ele deveria libertar Chiyo?

Will pensa e repensa sobre o assunto. Para libertar Chiyo ele teria que matar ou faze-la matar aquele homem, mas mata-lo ele mesmo não era algo que ele queria no momento, do mesmo modo para fazer a mulher o matar ele teria que liberta-lo, mas fazer isso com Dylan aqui o deixava tenso. Ele pondera por um tempo, bem Winston poderia ser um ótimo cão de ataque e poderia proteger Dylan por um tempo, além do mais o homem estava bem longe da casa

Suspirando Will se apoia nos cotovelos e encara seu filho dormindo passificamete, sorrindo o Graham da um beijinho no cabelo de Dylan e sussura

-Papai vai ter que sair por um momento querido, mas eu já volto. - com isso ele sai da cama.

Sendo acordado pelos movimentos de seu dono Winston late baixinho para chamar a atenção de Will

-Eu vou sair por um minuto, olhe Dylan para mim, ok?

Com um latido de concordância vindo do cachorro, Will vai até sua mochila e pega sua arma e a põe na cintura - ele não achava que iria utiliza-la mas uma garantia era sempre bem vinda.

Olhando uma última vez para o bebê, Will sai do quarto.

 

...

 

O silêncio preenchia quase que todo o carro, sendo quebrado apenas pelo barulho do motor. Alana poderia cortar a tensão com os dedos se quisesse, ao que parecia a amizade que ela é Jack haviam mantido por anos tinha se reduzido a nada após o caso Hannibal

A mulher suspira é aperta o volante com mais força, a única coisa que mantinha sua mente clara no momento era a felicidade por ver Margot e a determinação para trazer Will de volta - e quem sabe o bebê dele junto

-Você tem certeza que esse Verger é confiável? - pergunta Jack indo direto ao elefante na sala ou melhor no carro

-Não, mas ele quer achar o Hannibal tanto quanto nós dois e ele tem os recursos. - responde a Bloom com um encolher de ombros

-Uhm.

 

Eles não falam mais nada todo o caminho até a propriedade Verger, e como sempre Alana para no estacionamento em frente aos estábulos - já que era muito mais provável de encontrar sua noiva lá do que em qualquer outra lugar da propriedade - e dito é feito, assim que ambos descem do carro eles dão de cara com Margot em seu uniforme de equitação

-Você tem certeza disso? - pergunta a Verger encarando Alana diretamente nos olhos

-Sim. - diz Alana aproximando-se da mulher e lhe dando um beijo sutil em seus lábios, obviamente ela olhou ao redor para ver se nenhum funcionário de Mason estava as espreitas já que o irmão não sabia de seu recente relacionamento com Margot

Jack pigarreia atrás delas para mostrar as mulheres que ele ainda estava ali.

-Bem... querida esse é Jack Crawford, Jack essa é minha noiva Margot Verger. - Alana os apresenta

O Crawford estende a mão para cumprimentar a mulher que a aperta firmemente.

-É um prazer conhece-lo agente Crawford. - fala Margot sorrindo minimamente

-Me chame de Jack, senhorita Verger. - Jack devolve o sorriso mínimo

-O mesmo vale para você Jack, apenas Margot. - a Verger recolhe a mão e a põe no bolso do casaco - Vamos indo, Mason está ansioso para conhecê-lo Jack.

-Antes de encontramos com Mason, Jack há algo que eu gostaria de pedir; Não mencione ao Mason meu relacionamento com Margot, Ok? - pede Alana educadamente enquanto caminhavam para dentro da mansão

-Certo. - diz Jack sem entender o porquê mas se Alana pediu deveria significar algo

Margot os guia por entre os corredores da mansão até um dos quartos que a porta estava aberta, ela para na porta e acena com a cabeça indicando para eles estrarem na sua frente, assim que todos entram no quarto eles se deparam com Mason em sua cadeira de rodas olhando a vista de sua varanda.

Jack tinha ouvido falar que Hannibal havia feito o Verger dar a pele do próprio rosto para cachorros comerem e comer o próprio nariz, então apenas olhar para as costas de Mason sem ver seu rosto deixava o Crawford ansioso para saber o estado da face do homem

-E um enorme prazer finalemte o conhecer agente Crawford. - fala o verger arrastando sua voz enquanto ainda encarava o horizonte

-Posso dizer o mesmo sobre você, senhor Varger. - diz Jack se aproximando um pouco mais de Mason

-Me perdoe por ser tão direto agente crowford, mas o que um agente do fbi deseja de mim? - fala Mason finalmete virando-se é mostrando seu rosto para Jack

O Crawford apenas encara o rosto do homem por alguns segundos, e chega a conclusão de que ele não estava tão ruim quanto ele esperava - mas ainda assim era horrível encara-lo diretamente

-Ouvi dizer que você também está atrás de Hannibal Lecter, e eu gostaria de me juntar a você em sua busca. - diz o agente firmemente, enquanto continuava a encarar o Verger sem desviar os olhos

-Que eu saiba o fbi também está atrás dele, então por que você quer se aliar a mim? - pergunta Mason com o que poderia ser dito como um sorriso divertido no rosto, era difícil ler as expressões de quem não possuía lábios

-Fui afastado do meu cargo, além do mas você concerteza tem mais recursos para pega-lo do que o fbi. - responde Jack simplesmente, ele optou por dizer a verdade já que não fazia realmente nenhum sentido mentir para Mason naquele momento

-Não posso discordar de você. - gargalha Mason, quase como uma risada maligna de vilão de desenho animado - Mas o que eu ganharia ao trazer você para o meu lado?

-Eu possuo alguns informações sobre o possível paradeiro de Hannibal. - a fala de Jack chama atenção de Mason

-Diga-me mais. - o verger juntas as mãos sobre os joelhos e encara Jack com um quase sorriso maliciosos, era realmente difícil ler alguém que não possuía lábios

-Acredito que você conheça Will Graham? - pergunta Jack mesmo já sabendo a resposta, Mason acena positivamente com a cabeça e balança as mãos para que o agente continue - Bem, chegou ao meu conhecimento que Will e Hannibal eram amantes, e em minha mais recente visita a Will eu descobri que ele estava indo atrás de Hannibal, e além disso eles possuem um filho juntos.

-Então ele não só doa esperma como também recebe. - diz Mason rindo enquanto encarava sua querida irmã, Margot - Como tem tanta certeza de que o doador de esperma estava indo atrás do doutro lacter?

-Porque ele mesmo me disso, ao que parece Will gostaria de viver uma vida de "casa de bonecas" com Hannibal. - fala Jack, ignorando o gosto amargo que havia se instalado em sua boca após falar tudo aquilo para Mason

-Pobre doador mal sabe no que está se metendo. - diz Mason com uma falsa preocupação - Bem, ao que parece será muito simples encontrar Hannibal agora, nos só precisamos rastrear os movimentos do nosso querido Will.

-Isso significa que estamos trabalhando juntos?

-Sem sombra de dúvida agente Crawford, afinal os que foram feridos por Hannibal Lecter devem se unir. - diz o Verger com diversão

-Com essa nova adição a equipe eu tenho total certeza de que encontraremos Hannibal em apenas algumas semanas. - diz Alana sorrindo, tudo estava dando certo

-"Espero que você esteja certa querida." - pensa Margot, mesmo que não demonstrasse ela temia a volta de Hannibal e temia que ele a matasse ou tirasse a vida de Alana

Alana por sua vez também não deixava de temer a volta de Hannibal - principalmente se ela fosse repentina - já que ela concerteza estava na lista de quem o ex-psiquiatra gostaria de matar, mas o que a Bloom mais temia era chegar tarde demais para salvar Will e seu bebê. A mulher respira fundo para tirar esse pensamentos negativos de sua mente, tudo iria dar certo, eles iriam trazer Will de volta em segurança e finalmete teriam sua vingança contra Hannibal

-Magnifico não? Nós somos como um grupo de amigos do ensino médio, mas a única diferença é que nosso objetivo em comum é odiar o mesmo homem e não nos formar. - brinca Mason, o Verger estava adorando todo esse circo

Ninguém realmente havia prestado atenção na fala de Mason, todos estavam presos em lugares muito profundos da mente - lugares esses que eram completamente desconhecidos antes de terem conhecido Hannibal, mas que hoje são como uma nova parte deles - ambos tinham o mesmo pensamento

Se vingar de Hannibal Lecter.

 

...

 

Por algum motivo Chiyo havia decidido acompanhar-los até a Itália após ter sido libertada, Will tinha uma ideia do que poderia ser esse motivo, talvez Chiyo achasse que o Graham estava atrás de Hannibal para mata-lo - o que não passava de um pensamento equivocado, obviamente

A viagem de trem da Lituânia até Palermo fora mais rápida do que Will esperava, então a apenas alguns dias eles haviam chegado ao seu destino e desde então o ex-perfilador visitava a capela junto ao seu filho todos os dias - em alguns Chiyo o acompanhava.

Mas algo havia acontecido nesse meio tempo em que eles estavam em Palermo, um assassinato no "estilo Hannibal" havia sido cometido e exposto no meio da capela, Will realmente não presiava estar perto do cadáver para saber que Hannibal o havia matado. Então no mesmo dia que o Graham recebeu tal notícia ele decidiu voltar para a capela - porque se o Lecter estava matando isso significava que ele sabe que Will está atrás dele, e concerteza ele espera ver Will nessa cena de crime

Assim que o Graham chegar ao seu destino, sua mente o mostra mais uma vez a alucinação de sua filho - ao que parecia assim como Dylan, Abigail sentia quando seu pai precisava dela

-Mesmo num mundo iluminando, viemos aqui para nós sentirmos mais perto de deus. - diz Will admirando a beleza do lugar, Hannibal realmente havia escolhido um lugar belo para ser o saguão de seu "palácio"

-Se sente mais perto de Deus? - fala Abigail quase zombando do pai

-Não vim aqui para encontrar deus. - Will responder simplesmente enquanto encolhe os ombros

O silêncio cai sobre ambos por alguns segundos enquanto se aproximavam cada vez mais do altar da capela, antes que Abigail possa falar alguma coisa um homem que parecia uma espécie de padre os encara com toda intensidade - como se ele realmente visse a menina ali

-Você acredita em Deus? - Abigail ignora a existência do padre e volta sua atenção para o pai

-O que eu acredito, tá mais pra ficção científica do que pra bíblia. - Will não parava seus olhos em apenas um lugar, mesmo já tendo vindo aqui algumas vezes a beleza da capela ainda o intrigava e não só isso, ele procurava qualquer vestígio de Hannibal com seus olhos

-Todos sabemos disso, mas ninguém nunca diz que Deus não vai fazer nada pra atender as preces de ninguém. - talvez Abigail estivesse falando isso por experiência própria ou não, Will realmente não estava entendendo o motivo de toda aquela conversa sobre deus

-Deus não pode salvar nenhum de nós, porque é deselegante. É elegância e mais importante que sofrimento, esse é o método dele. - mesmo sem entender do que se tratava toda essa falação sobre deus, Will decide deixar sua análise sobre o ser onipotente aparente

-Você está falando de Deus ou do Hannibal?

-Hannibal não é deus. - não mas eles tinham algo em comum, o controle - Não seria divertido ser deus, desafiar deus seria divertido pra ele.

É como nas muitas vezes que estivera naquele local Will deixa seus olhos pararem na caveira perfeitamente centralizada no chão da capela, é realmente divino - ele pensa em uma de suas muitas consultas com Hannibal no passado, uma em específica onde o Lecter havia mencionado um teto de uma igreja que havia desabado matando um monte de fiéis

-Nada mais empolgaria o Hannibal do que ver esse teto desabar, durante a missa, com os bancos lotados de fiéis, coral cantando. Ele iria adorar. É ele acha que deus também iria adorar. - Will olha para cima e ver as rachaduras cobrindo todo o teto enquanto o pó caia em suas roupas, mas como um soco no estômago a realidade volta a si

Com seus olhos direcionados ao altar Will pode ver claramente uma cortina tapando o corpo de algum indivíduo sem sorte, o Graham não presta atenção no nome em italiano na cortina, ele gostaria de olhar além dela para poder ver direito o novo quadro de Hannibal

-É ele? - Abigail pergunta tirando-o de seus pensamentos, Will se pergunta o motivo dela não ter desaparecido já que a realidade havia voltado ao normal pelo visto, todavia era melhor não contrariar

Dois homens ali presente o encaram e apontam para eles, mas antes que qualquer um deles possa se aproximar um policial chega primeiro, dizendo-os que era proibido ficar ali por que a capela estava fechada mas antes que o policial possa escolta-lo para fora um dos homens que os encarava o para, dizendo para deixar Will ficar

Will fora levado para um lugar distante da cena do crime, ninguém tinha falado mais nada sobre o que queriam com ele - o Graham suspeitava que tivesse algo a ver com seu antigo cargo no fbi. O pediram para esperar sentado que alguém iria falar com ele, e fora isso que o Graham fizera, mesmo já estando um pouco impaciente

-Senhor Graham. - Will olha para o lado e ve um homem sentando-se ao seu lado - Sou o investigador-chefe Rinaldo Pazzi, da polícia de Florença.

-Você está bem longe de Florença. - Will volta a olhar para frente, sem nenhuma vontade de olhar nos olhos dessa tal de Pazzi

-É você bem longe de Baltimore. - isso chama a atenção de Will, esse homem parecia realmente conhece-lo - Leio tudo o que encontro sobre os métodos de tratar perfis do fbi. Eu li tudo, tudo sobre sua prisão.

-Ah! Continue lendo, fui absolvido. - Will não achava que esse conversa estava indo para algum lugar

-Você vem a Palermo, e em pouquíssimo tempo descobrimos um cadáver. - fala Rinaldo aproximando-se do espaço pessoal de Will, isso o deixa incomodado - O padre da capela dos Normandos diz que você tem ido muito lá, ele diz que as vezes você está junto de uma mulher mas o que me deixou curioso foi o fato dele ter dito que você sempre ia com um bebê, mas olha você veio e sem o tal bebê

-Vou pra rezar. - zomba Will, ele não diria nada sobre Dylan para esse homem que nem mesmo o conhecia

-Rezar nos trás muito conforto, da um alívio da sensação de que não estamos sozinhos. - antes que Will possa dizer algo, o mesmo homem de antes o chama - Tchau.

O Graham suspira de alívio ao ver que não ficaria mais perto do homem e que não haveriam mais questionamentos sobre seu filho.

 

...

 

Ele havia comemorado cedo demais.

 

De seu lugar em cima da escada Will avista sua filha o esperado, sorrindo ele desce as escadas vagarosamente, para em poucos segundos ser rudemente interrompido por Rinaldo Pazzi que entra em seu caminho. O Graham quase o empurra para tira-lo da sua frente, mas ele se contém

-Will Graham está aqui por causa do cadáver na capela, ou o cadáver na capela está aqui por causa de Will Graham? - respirando fundo, Will reprime ainda mais a vontade de joga-lo escada abaixo

-Por que está aqui? - Will realmente estava cansado desse cara na sua cola

-Sou como você, faço o que você faz. Nos temos o dom da imaginação. - essa cara realmente o estava testando

-Tenho as cicatrizes de um homem que obteve seu dom pela lâmina. - diz virando-se e começando a caminhar para perto Abigail, até ser interrompido mais uma vez por Pazzi

-Segurou a ponta errada. - Will ri da constatação do homem - Os momentos em que eu faço a conexão, são os que mais dão prazer.

-Saber.

-Saber. Não sentir, não pensar. - diz Rinaldo aproximando-se um pouco mais de Will - Você sabe quem matou aquele homem e o deixou na capela palatina?

-Você não sabe? - pergunta o Graham encostando-se em uma pilastra com as mãos no bolso do casaco, sorrindo com a pequena cilada do homem

-Eu o conheci... 20 anos atrás "il monstro", o monstro de Florença. Ele tinha o costume de arrumar suas vítimas como uma bela pintura. - Will não precisava pensar muito para saber de quem Pazzi falava - O monstro criou imagens que... ficaram gravadas na minha memória. 20 anos atrás, eu ficava remoendo sobre um casal que foi encontrado morto na caçamba de uma caminhonete... - Rinaldo tira uma foto de um envelope bege e a mostra para Will - Os corpos foram decorados com girlandas de flores

Will olha para a foto, mas não vê o casal, o que e preenche sua mente e a imagem de um jovem Hannibal criando essa pintura.

-Como um Botticelli. - diz Will com a foto ainda em mãos enquanto a olhava com mais intensidade

-Exatamente como um Botticelli. - corrige Pazzi, segurando um lado da foto ele continua - O quadro dele, "primavera", continua exposto na Galeria Uffizi em Florença, assim como estava 20 anos atrás

Rinaldo entrega para Will a foto do quadro real que servirá como inspiração para o do casal, agora as peças estavam se encaixando perfeitamente, esse homem, Rinaldo, estava querendo entender Hannibal através de Will para que pudesse capturá-lo - ou ele achava que Will estava do seu lado

-Tudo foi recriando de forma idêntica pelo monstro. - diz Pazzi, é Will quase revira os olhos, o homem não precisava ter dito nada Will já havia percebido tal fato

-Na Galeria Uffizi, foi onde você conheceu o monstro? - Will da ênfase na palavra monstro, era realmente engraçado a forma como eles apelidaram o Lecter

-Foi onde eu conheci... este homem. - fala tirando uma foto de dentro do seu paletó, e lá estava ele, um Hannibal de 20 anos atrás

Will pega a foto das mãos de Pazzi e admira seu amado, enquanto o homem continuava a falar. Seus olhos encravam a foto de Hannibal com admiração, mas ao mesmo tempo o Graham absorvia tudo o que Rinaldo o contava, e como é um passe de mágica sua mente o transporta para a Galeria Uffizi 20 anos atrás, é um "jovem lituano" - como Pazzi o chama - aparece a sua frente, recriado a lápis o quadro a sua frente. É Will continua a admirá-lo

Pazzi continuava a tagarelar de como vê-lo fora o melhor momento de sua vida, seu momento de "epifania" - mas Will não o ouvia, ou melhor não queria ouvi-lo, havia algo muito mais importante a sua frente nesse momento

-... isso me tornou famoso, e depois acabou comigo. - as coisas voltam ao normal mais uma vez, só que eles não estavam mas na escadaria e sim de volta a cena do crime, talvez eles estivessem andado enquanto Will nadava em seus pensamentos - No auge da preça e da ambição, a polícia quase destruiu a casa do jovem em busca de provas.

-Ele não deixa provas. - Will passa por Rinaldo e caminha até as faixas levantando-as e passando por elas - Ele as come.

-Outro homem... que não era inocente, mas era inocente daqueles crimes, o suspeito ideial. - assim como Will pazzi se aproxima da faixas mas no momento ele não as atravessa, ele apenas vê Will sentando-se nos degraus do altar - Ele foi condenado sem nenhuma evidência, apenas pelo seu caráter.

-A culpa tem o abito de não recair sobre Hannibal Lecter. - diz Will com um suspiro

-Tem o hábito de recair sobre você. - Rinaldo atravessa as faixas e se aproxima de Will, pondo o envelope bege a sua frente

Assim que o envelope chega às mãos de Will, Rinaldo sai do local. O ex-perfilador abre o envelope, e tira de dentro algumas fotos do corpo encontrando no local, Will visualiza cada canto do corpo antes de fechar os olhos e deixar sua mente trabalhar

Depois de alguns segundos com os olhos completamente fechados Will os abre e sem qualquer surpresa ele visualiza o corpo - ou melhor a obra de arte - que antes estavam nas fotos mas agora estão na sua frente

-Eu multilei cada osso, os quebrei... dinamicamente. - fala Will enquanto caminhava ao redor do corpo, enquanto observava cada traço de perto - Eu o deixei maleável, eu esfolei você, dobrei você, torci você... e o cortei. - Will escolhia cada palavra com precisão enquanto o som de cada ato inundava seus ouvidos - Cabeça, mãos, braços e pernas

Enquanto falava, o Graham plhava para cada parte do corpo que estava faltando, e ao terminar de falar uma curta risada escapa de seus lábios assim que para em frente ao corpo e diz

-Um arbusto esculpido.

Will se aproxima vagarosamente do corpo enquanto ele ouvia perfeitamente o seu coração batendo em seus ouvidos, seus passos por mais lentos que fossem pareciam estar na velocidade da luz já que em poucos segundos o Graham estava há um braço de distância do quadro, com a mesma hesitação do caminhar Will levata o braço e abre a mão tocando o corpo com toda a palma - a sensação é real demais para ser apenas uma associação, Will quase tem certeza de que está realmente cara a cara com o corpo, quase

-Um namorado de coração partido. - diz Will quebrando seu próprio coração com a constatação

No momento em que a frase deixa seus lábios o Graham sente o corpo pulsar em seus dedos, e assim ele se afasta enquanto consegue ver o corpo sem vida pulsar da mesma forma que um coração faz enquanto bobeia o sangue, mas assim como suas últimas associações as coisas não podiam ficar 100% normais - se é que isso é 100% normal - e em pouco tempo o corpo deixa de pulsar para começar a se contorcer e sair de sua forma forçada

Caindo no chão com um baque surdo, o que não fora o suficiente para impedi-lo já que com muito esforço o corpo conseguia se equilibrar de quatro, enquanto cascos de alce saiam dos buracos - onde antes estavam os pés em as mãos - e chifres pertencentes ao mesmo animal saindo do lugar onde a cabeça deveria estar, e dessa forma o ser humanoide começa a cabalear na direção de Will

Will caminhava o mais rápido que conseguia sem olhar para trás já que seus olhos estavam completamente vidrados no ser que o perseguia. Sem perceber o Graham acaba tropeçando em alguns degraus o que o faz parar no chão mas a coisa que o persegui não parou, muito pelo contrário continuou a persegui-lo ainda mais, em algum momento ele estava cara a cara com a coisa até ser tirado de sua mente por uma voz muito conhecida

-Pai?!

Com um sobressalto Will volta a realidade e encara sua filha que o olhava com um preocupação palpável em seu rosto. Will respira com dificuldade enquanto escondia seu rosto em suas mãos, ele estava entre rir historicamente ou ter um ataque de pânico - ele realmente esperava fielmente pela primeira opção

-Eu me sinto mais perto do Hannibal aqui. - risada que escapa dos seus lábios e uma mistura entre pânico e alegria, com a respiração ainda descompassado Will continua a falar - Só Deus sabe onde eu estaria sem ele.

Mais ar entre e sai de dentro de Will enquanto ele tenta se acalmar, com as mãos tremendo ele arranca seus óculos - ele realmente não sabia o porquê de ter feito isso, mas ele estava lidando com sentimentos demais no momento para pensar nisso agora

-Ele nos deixou... o coração partido dele. - e como sempre Hannibal deixa Will com nada além de um "presente"

-Como ele sabia que estávamos aqui? - pergunta Abigail confusa

-Ele não sabia, mas sabia que viriamos. - responde Will finalmete normalizando sua respiração

-Ele sente a nossa falta. - fala a garota com uma sorriso nos lábios

-O Hannibal segue várias linha de raciocínio por vez, sem se distrair de nenhuma. É uma das linhas... e sempre uma diversão pra ele. - termina Will com um sorriso no rosto, ele estava realmente animado com a ideia de finalmete reencontrar o Lecter

-Ele brinca conosco.

-Sempre. Você ainda quer ir com ele? - a pergunta não era totalemte direcionada para a garota, e sim para uma parte de Will que ainda estava insegura em encontrar com Hannibal

-Quero. - responde a hobbs simplesmente enquanto sentava ao lado do pai

-Ele devolveu você pra mim, e depois te levou embora. - um gosto amargo se faz presente na língua de Will assim que a frase deixa sua boca, mas ele continua do mesmo jeito - Ele dá e tira o doce, fica tirando você de mim.

-Ele não vai tirar Dylan de você. - acrescenta Abigail com firmeza

-É se ninguém morresse? É se... - Will encara suas mãos cruzando uma na outra - É se todos ficássemos juntos? Eu, você, Dylan o Hannibal; como era pra ficarmos, pra onde teríamos ido?

-Pra outro mundo? - diz Abigail com a voz meio embargada

-Pra outro mundo. - confirma o Graham

-Ele disse que queria um lugar pra nós. - fala a garota com uma vez chorosa mas sem ousar tirar o sorriso do rosto

-Foi criado um lugar não você, neste mundo... era o único lugar que eu poderia criar para você. - os olhos de Will brilham com as lágrimas que não tinham coragem de cair

O corte volta ao seu antigo lugar - seu lugar de direto - de forma lente, mas o sangue não, o grosso líquido carmesim não se importava com nada tudo o que ele queria era escorrer de seu lugar no pescoço até o chão e deixar sua marca em todo o caminho que passava. Will apenas assiste esse cena mais uma vez com o rosto em branco enquanto a vida saia aos poucos do rosto de sua filha, o Graham estava tão absorto em seus pensamentos e na cena a sua frente que nem havia percebido que estava cendo observado

Em um andar acima de Will entre algumas grades, estava a pessoa a quem o Graham tanto procurava seu amado Hannibal o encarava a horas. Desde o momento em que Will entrará naquela capela o lecter o acompanhava de longe, mas sem se aproximar - mesmo que quisesse chegar mais perto de Will para poder abraçá-lo - mas ele não podia, afinal...

O próximo passo dependia apenas de Will.

 

...

 

Com a respiração uniforme mais uma vez, Will se deita nos degraus do altar com as mãos cruzadas sobre o peito - ele não pensa sobre o quão desconfortável isso é - Ele apenas fica lá encarando o teto enquanto a memória do sangue escorrendo do pescoço de sua filha era rebobinada por sua mente, ate ser rudemente interrompido - denovo

-Está rezando? - Will bufa vendo que Pazzi estava de volta

-Hannibal não reza. Mas ele acredita em deus, no íntimo. - diz Will sem olhar para o homem a sua frente

-Eu não perguntei sobre... Hannibal Lecter.

-Acho que as minha orações se sentiriam acuadas pelos santos, apóstolos e... Cristo todo poderoso. - Will olha para cima, onde uma enorme pintura com o "rosto" de Jesus estava, com um suspiro ele se levanta - Como suas orações se sentem?

-Eu espero que minhas preces tenham escapado, voado daqui para o céu e para Deus. - diz Pazzi escolhendo os ombros e com um mini sorriso surgindo em seu rosto

-Você reza para conseguir pega-lo? - Will nem precisa pensar muito já que a resposta provavelmente era sim, oh como você é tão ingênuo Rinaldo - Deveria rezar para que ele não pegue você.

-Eu não foi chefe de polícia atoa. - Pazzi tem a coragem de zombar de Will, Will quase semte pena desse pobre homem pelo destino terrível que concerteza o aguarda

-Você não conseguiu pega-lo quando ele era mais jovem, o que te faz pensar que irá pega-lo agora? - se tinha uma coisa que Will sabia perfeitamente era que a estupidez humana era uma das maiores coisas do mundo, mas Pazzi estava levando isso a outro patamar, era quase hilário

-Você. - Will realmente estava a um triz de cair na gargalhada

Esse homem realmente achava que ele estava aqui para prender Hannibal? O quão inocente alguém tem que ser para pensar desse jeito, é pensando bem Will acha que Rinaldo não tinha realmente lindo sobre ele - e se leu foi provavelmente com os olhos fechados

-Por que acha que eu quero pega-lo? - responde Will tentando mascarar o seu divertimento, enquanto caminhava um pouco mais para o lado do altar dando de cara com uma passagem para o subsolo da capela

Achei você.

-Senhor Graham... - e a única coisa que Will ouve antes do som de sangue escorrendo entrar em seu ouvidos

O sangue quase negro saia por debaixo da enorme porta que separava Will de Hannibal, talvez o sangue fosse uma confirmação de que o Lecter realmente estava ali. Will prende a respiração

-Se você pudesse se conformar, eu lhe aconselharia a deixar o monstro em paz. - Will realmente não queria que esse homem estranho atrapalhasse o seu reencontro com Hannibal

-Nem eu nem você conseguimos fazer isso. - Diz Pazzi. Sim, mas temos diferente motivos, Will não diz isso, ele apenas fala o óbvio

-Ele vai mata-lo na primeira chance que tiver. - a maioria das pessoas que chegaram perto demais de capturar Hannibal tiveram um destino trágico, e Ronaldo obviamente não seria uma exceção - Eu geralmente acerto nessas coisas.

-Ele permitiu que o conhecesse. - Will estava começando a se sentir extremamente ofendido, esse completo desconhecido queira entender a intensidade do amor deles sem nem mesmo os conhecer? Enquanto existam pessoas que os conheciam a anos mas que mesmo assim não os entendia - Madou o coração dele. Pra onde ele foi agora?

-Ele não foi pra lugar nenhum, ele está aqui. - responde Will simplesmente enquanto descia os poucos degraus que o levariam direto para o subsolo

Ao ficar cara a cara com as portas duplas, Will solta uma grande quantidade de ar e suga da mesma forma enquanto relaxava seus ombros - o reencontro que ele esperou por quase um ano estava prestes a acontecer É ainda pode dar terrivelmente errado, diz uma vozinha no canto de sua mente mas Will a ignora firmemente. Levando suas mãos para a maçaneta da porta, o Graham as abre e com o mesmo impulso ele entra no local

Will ignora completamente o fato do lugar esta quase que completamente escuro - sendo ilumado por algumas tochas aqui e ali - é continua andando por entre o subsolo, que concerteza se tratava de um labirinto. Mesmo já tendo se livrado da encefálica a anos, o ex-perfilador ainda não confiava perfeitamente em seus sentidos, por isso ele olhava de um lado para o outro freneticamente tentando captar cada movimento, cada sobra é cada barulho

Mas o que Will não sabia é que no momento em que ele pos os pés dentro daquele lugar, Hannibal tinha começado a segui-lo longe o suficiente para Will não vê-lo mas perto o suficiente para ouvi-lo. O Graham andava sem nem mesmo enchegar para onde ia, ele apenas sentia que um caminho era certo e então entrava nele - o que acabou fazendo com que ele fosse ainda mais para o fundo desse labirinto

Parando abruptamente Will olha para cima e respira fundo, tentando distinguir os barulhos ao seu redor - esses passos pertenciam a Hannibal, Pazzi ou eram coisa da sua cabeça? Ele não sabia dizer e isso o frustrava

-Hannibal! - mesmo que os passos não fossem do Lecter, Will ainda tinha a completa certeza de que ele estava ali junto dele

Mas Hannibal não o responde. Will pensa ser pelo fato de Rinaldo também estar ali e não porque ele ainda estava chateado com Will por causa da última vez que se encontraram. E mais uma vez ele volta a correr por entre os corredores do labirinto, sem destino algum, apenas com o desejo de encontrar Hannibal dentro dele. Depois de alguns segundos "correndo" por entre os muitos corredores daquele labirinto, Will para em algum lugar, talvez o centro das catacumbas, lá ele vê algumas caveiras empoeiradas e com trapos cobrindo-as

Prendendo a respiração mais uma vez, Will começa a rodear o local vendo algumas entradas e saídas além da que ele havia pegado, entrando em uma delas para apenas ficar parado no escuro, em poucos segundos Rinaldo chega ao meio das catacumbas. De seu lugar no escuro o Graham pode ver o chefe de polícia com a arma em mãos apontando para todos os lugares - ao que parecia nem ele confiava em seus sentidos

-Senhor Graham! - o grito do homem ecoa por todo o lugar, e pelos ouvidos de Will que quase rosna

Will não sei de seu "esconderijo" de imediato, ele espera Pazzi dar mais uma volta de 360 graus para se pôr atrás dele, e assim que ele se vira mais uma vez Rinaldo da de cara com o ex-perfilador. O homem se assusta com a aparição repentina de Will, mas logo o susto passa e ele abaixa a arma

-Não deveria estar aqui sozinho. - diz Will mechendo os dedos de maneira impaciente, Hannibal estava perto, mas ele não podia ir até ele, não se esse homem continuasse o perturbando

-Eu não estou sozinho. - fala Pazzi aproximando-se de Will e olhando-o de cima, tentando se fazer parecer maior - Estou com você.

-Você não sabe de que lado eu estou. - retruca Will com uma risada

O sorriso que antes Rinaldo exibia desaparece rapidamente assim que as palavras escapam dos lábios de Will

-O que vai fazer quando encontra-lo? Quando encontrar o seu monstro? - pergunta pazzi sem deixar o espaço pessoal do Graham, vou beija-lo, Will não diz isso

-Eu... também estou curioso sobre isso. - diz Will desviando os olhos

-Você é eu carregamos os mortos conosco, senhor Graham. Nós dois precisamos de alívio. - a fúria volta aos olhos de Will, esse ser insignificante estava tentando entendê-los mais uma vez

Puxando uma grande quantidade de ar, Will deixa que a sua raiva flutue junto do ar assim que ele o sopra para fora. Com um sorriso no rosto e os olhos perfeitamente fixos aos de Rinaldo, ele diz

-Por que não carrega seus mortos de volta pra capela, se não quiser ficar entre eles. - a ameaça deixa um gosto doce na língua de Will, o mesmo gosto de quando ele havia "ameaçado" Freddie no dia em que ele é Hannibal haviam ido a minessota

Levantando a cabeça enquanto respirava deixando seus ombros caírem, Pazzi responde

-Você já está morto... não está? - diz Rinaldo quase hesitante

-Buonanotte, commendatore. (Boa noite, comandante) - fala Will com um sorriso ainda maior no rosto enquanto deixava a escuridão tomar seu corpo a cada passo que dava

Pazzi o vê sendo engolido pela escuridão das catacumbas enquanto a pena se instalava dentro dele, pobre homem que caminhava direto para morte. Com um aceno de cabeça final, Rinaldo sai do local indo na direção oposta à Will.

Ambos os homens estavam tão envolvidos em sua conversa que nem perceberam uma terceira pessoa ali presente - talvez Will tenha percebido - Hannibal ouvia toda a conversa com um sorriso no rosto, finalmente seu querido Will havia alcançado a sua grandeza, isso deixava o Lecter infinitamente satisfeito e feliz

Will continuava andando em busca de seu amante - dessa vez com a certeza de que o encontraria, afinal Pazzi não estava mais na sua cola - entrando em cada corredor que o levasse direto para o Lecter, mas mal sabia o homem que seu objetivo estava a alguns metros atrás dele seguindo o Graham a cada passo que ele dava

O Graham se vê ofegante mas não por cansaço e sim por antecipação, seu coração estava a mil com a oportunidade de reencontrar seu amado e o pai de seu filho, a ansiedade o engolia tanto que a única coisa em seus ouvidos era o barulho de seu coração pulsando ou melhor tentando sair de sua caixa torácica

-Hannibal! - grita Will, Hannibal para

Assim como o Lecter, Will deixa de andar também parando em um lugar novo - ou no mesmo de antes já que era bem semelhante a onde ele estava a segundos atrás - respirando fundo, o ex-perfilador faz questão de tentar normalizar os batimentos de seu coração, mas quando ele percebe que isso não será possível no momento ele suspira derrotado. Levantando seu rosto é puxando mais uma vez uma grande quantidade de ar, Will diz

-Eu perdoo você.

Assim como Lecter tinha o perdoado, Will também tinha perdoado o Lecter.

Hannibal deixa o ar sair de seus pulmões enquanto as palavras de Will eram absolvidas pelo seu cérebro, tudo o que ele mais desejou que acontecesse estava realmente acontecendo e era demais para o Lecter suportar. No momento em que o ar volta aos pulmões do ex-psiquiatra, ele deixa um enorme sorriso brincar em seus lábios enquanto comecava a caminhar em direção ao amor da sua vida

Mas um barulho atrás de si chama sua atenção, passos quase imperceptíveis se aproximavam, e isso parou o Lecter. Ao que parecia, Rinaldo Pazzi não tinha raramente indo embora, suspirando irritando Hannibal olha mais uma vez para Will antes de se virar e ir embora

-"Iremos nos encontrar mais tarde, me aguarde querido Will." - pensa Hannibal enquanto saia do subsolo da capela

Vendo que não havia recebido resposta nenhuma, Will deixa seus ombros caírem, assim como uma única lágrima solitária descer por sua boxexa, talvez ele estivesse errado, talvez Hannibal não estivesse aqui - ou talvez ele não quisesse ver você. Suspirando, Will caminha para fora do local

 

...

 

Com um mínimo esforço ele havia conseguido arrombar a porta do apartamento de Will sem fazer muito barulho, abrindo a porta com firmeza Hannobal entra no local, sendo saudado por um enorme cheiro de fraudas e perfume de bebê e com a visão de Chiyo no sofá lendo algum livro

-Pensei que fosse o Will. - diz a mulher tirando o livro do rosto e olhando para o Lecter sem mostrar expressão alguma

-Que surpresa adorável, e muito bom reve-la Chiyo. - fala Hannibal ignorado o comentário da mulher enquanto fechava a porta atrás de si, vendo que o cheiro de coisas de bebê ainda estava no local Hannibal permite que a dúvida se instale nele

-Já que você está aqui, eu não preciso mais ficar de olho nele. - suspirando Chiyo pegando um marca página do bolso e marcando onde estava seu progresso no livro enquanto o fechava, e ao mesmo tempo se levantava do sofá

-Ele? - talvez essa fosse a resposta para o cheiro estranho

Chiyo apenas acena com a cabeça para a porta a frente do sofá enquanto se dirigia para fora do apartamento de Will. Decidido a sanar suas dúvidas, Hannibal anda a passos firmes até a porta que Chiyo havia mostrando e a abre, sendo saudado pelos olhos quase humanos de Winston

Sorrindo ao ver o cachorro, Hannibal assobia para que o cão se aproximar, o que não funciona, ao que parecia Winston estava muito focado em algo para sair do seu lugar. Um gemido baixo chama a atenção de lecter que olha diretamente para a cama no meio do quarto, e lá ele vê um bebê

Uma coisa que todos devem saber é que Hannibal não se choca facilmente, ele pode ficar surpreso mas nunca em choque - estar nesse estado significa não estar no controle do próprio corpo, e o Lecter adorava estar no controle - mas nesse momento, vendo esse bebê em cima da cama de Will e sendo guardado por Winston e o suficiente para faze-lo ficar congelado no lugar onde estava. E pela primeira vez em anos, Hannibal lecter havia ficado em choque

Que para o crédito do bom (ex)psiquiatra o choque não dura tanto, já que o bebê geme denovo só que dessa vez um pouco mais alto enquanto levantava os bracinhos mas que logo caíram no colchão. Caminhando para mais perto do bebê, Hannibal se inclina e encara o pequeno serzinho, o Lecter não precisava de teste de dna ou de alguém o dizer, ele sabia que esse bebê era de Will - afinal porque o Graham iria sequestrar um bebê?

A mente do Lecter trabalha para digerir a nova informação, já que se o bebê era de Will - o que obviamente era verdade - isso significava que...

 

-Parece que eu tenho um filho.

 

Continua.

Chapter 7: Capítulo sete

Notes:

Eu gostaria de me desculpar pela demora para postar o capítulo, eu passei esses últimos meses focada na escola já que estávamos próximos do final do ano das últimas provas e das provas finais. Então eu me foquei mais nos estudos.

Mas pelo menos trouxe um capítulo terrivelmente grade, espero que gostem

Chapter Text

Desde o exato momento em que seus olhos haviam pousado no bebê a sua frente eles não tinham desviados nem por um segundo. As engrenagens de seu cérebro continuavam girando e girando, mesmo já tendo chegado a conclusão mais óbvia de que esse bebê com concerteza era filho de Will e que provavelmente também era seu filho, Hannibal pela primeira vez em toda sua vida estava duvidando da sua mente, por isso que ele continuava a encarar o bebê - talvez a resposta certa chegasse a ele dessa maneira

Um dos muitos motivos de Hannibal duvidar é ter certeza ao mesmo tempo de que esse bebê era dele, era o fato de que se Will estivesse grávido ele teria contado a ele, ou o próprio Hannibal poderia ter descoberto, mas Will também poderia ter escondido sua gravidez de propósito já que o Graham planejava traí-lo - a palavra deixa um gosto amargo em sua garganta

Ao colocar a palavra "parece" em seu próprio pensamento fora uma clara afirmação de sua confusão - o que o Lecter não fazia com frequência

Hannibal pensa se valeria a pena ter posto tanto a segurança dele quanto a de Will - e a desse bebê provavelmente - em risco ao se aproximar do Graham na capela com Rinaldo ainda lá, afinal se ele tivesse feito isso, Will estaria lhe explicando tudo nesse momento. Suspirando, Hannibal semiserra seus olhos enquanto ainda encarava o bebê

-Seria tão mais fácil se Will estivesse aqui, dessa forma eu saberia se você é meu ou não. - Hannibal tinha 99.9% de certeza que esse bebê também era dele, mas algo dentro dele ainda precisava de uma confirmação

O timbre da voz do Lecter não havia sido tão alto, mas ao que parecia não tinha sido baixo o suficiente para não acordar o bebê, já que apenas alguns segundos depois da frase deixar os lábios de Hannibal o garoto começará a se mexer com uma careta no rosto, e praticamente de um segundo pro outro o bebê abre seus grades olhos exibindo-os ao mundo

Hannibal não precisava de confirmação alguma para saber que esse bebê era filho de Will - afinal não haveriam motivos para o Graham andar com um bebê que não fosse dele - mas se por algum acaso ele precisasse de confirmação, elas seriam os olhos, esses lindos olhos verdes-azulados eram inconfundíveis para o Lecter. Enquanto Hannibal se maravilhava com o fato do garoto ter os mesmo olhos de Will, o dito menino continuava a se remexer na cama e a fazer uma careta de desgosto, e como já era previsto o bebê começa a chorar copiosamente

O Lecter não se desespera com a ação do garoto - mesmo ele tendo tomado um mine susto, já que seus pensamentos estavam nos olhos de Will e do bebê, mas ele nunca iria admitir isso - ele apenas fica estático sem saber o que fazer. Quando mais novo ele vira sua mãe cuidar de uma Mischa bebê, então ele sabia o básico sobre isso afinal sempre ajudava a mãe como o bom menino que era, por isso que após algum tempo parado pensando no que fazer, Hannibal acaba pegando o garoto no colo.

O menino ainda continuava a chorar ou melhor berrar, Hannibal suspeitava que ele estava com fome ou algo assim já que ele não tinha sentido cheiro de urina ou cocô vindo do bebê. Vendo que apenas segura-lo não estava adiantando em nada para acalmar seu choro, o Lacter começa a movimentar tanto ele quanto o bebê de um lado pro outro

Agora ele desejava mais do que nunca que
Will voltasse logo.

 

...

 

Decepção era o sentimento que dominava o Graham enquanto ele caminhava de volta para o apartamento que havia alugado, após finalmente conseguir sair da capela - o que tinha demorado um pouco, já que Rinaldo não saia da sua cola - Will estava decepcionado consigo mesmo e com raiva de Pazzi, se ele não tivesse se precipitado tanto e estivese realmente focado nas palavras que saiam de sua boca, ele nunca teria que lidar com muito mais da insistência de Rinaldo, Will duvidava que o que ele disse fora o que levará Rinaldo a investiga-lo, talvez o chefe da polícia de Florença o vigiasse muito antes dele chegar a Palermo.

Porque ao que parecia, Rinaldo Pazzi tinha algum tipo de obsessão pelo monstro de Florença ou melhor Hannibal Lecter.

Com uma caminhada rapida Will chega ao seu apartamento, agradecendo internamemto por ter alugado um perto da capela - ele estava realmente morrendo de saudade do seu filho e cachorro, o que ele mais precisava naquele momento era de Dylan em seu colo e Winston ao seu redor

Mas infelizmente, não é isso que Will recebe.

A primeira coisa que o Graham percebe ao se pôr em frente a porta do apartamento e que ela estava aberto, um arrepio corre por sua espinha, enquanto sua mente tenta traquiliza-lo lhe informado o "óbvio"

-"Chiyo ainda deve estar lá dentro, Dylan está bem." - respirando fundo Will entra no apartamento, esperando ver Chiyo lá dentro, mas o que ele encontra é o tremendo vazio da sala de estar

Engolindo em seco a mão de Will viaja até a sua cintura enquanto tirava a arma do coldre e a segurava firmemente - a parte racional da sua mente o dizia que a mulher provavelmente estava na cozinha, no quarto com Dylan ou no banheiro - com uma rápida olhada na cozinha o ex-perfilador descarta a primeira opção. A segunda coisa que chega a o Graham é o barulho de choro, o choro de um bebê vindo de seu quarto

-"Dylan!" - a mente e o corpo de Will entram em aletar assim que o barulho chega aos seus ouvidos

Will ignora totalmente a parte racional do seu cérebro, a única coisa em sua mente eram as palavras "Dylan" e "perigo".

O som do próprio sangue do Graham abafam quase todos os pensamentos que estavam e poderia estar correndo pela mente de Will, enquanto seus pés se moviam a cada batida de seu coração acelerado, com o medo é a raiva correndo por suas veias, ao chegar até a porta de seu quarto Will respira fundo é chuta a porta de madeira, arrobando-a.

Will esperava encontrar qualquer um naquele quarto com o seu filho, Jack ou qualquer outra pessoas do fbi - provavelmente seria apenas Chiyo tentando acalmar um Dylan que acabará de acordar - mas o que ele não esperava era encontrar Hannibal Lecter com um Dylan chorosso no colo. O aperto do Graham vacila um pouco mais volta ao normal - apontar uma arma para o Lecter trazia lembranças nada animadores para o homem, que sente seu estômago embrulhar - mas mesmo com isso ele continua. Ele ama o Lecter mas não sabe das intenções dele com seu filho - filho deles - no colo

Engolido seu medo, Will encara intensamente os olhos de Hannibal.

-O que... - a voz de Will falha

-Ah, e bom reve-lo Will. - diz o Lecter sorrindo, ignorando tanto a arma apontada para si quanto o bebê chorando alto em seu colo

Hannibal tinha total certeza de que o Graham não iria atirar nele, pelo simples fato do bebê dele estar em seu colo - estava ficando um pouco difícil de ignorar o choro cada vez mais alto vindo do menino

-Agora, você sabe que eu não farei mal a esse bebê, então não a motivos para essa arma. - diz Hannibal calmamente enquanto continuava a balançar o bebê de um lado pro outro, para acalma-lo

Meio hesitante Will abaixa a arma e a põe de volta no coldre, com ainda mais hesitação o ex-perfilador se aproxima do Lecter estendendo os braços para pegar Dylan - vê-lo não era o suficiente, Will precisava toca-lo para saber se ele estava bem - Hannibal entrega o bebê de bom grado, assim que o menino está seguro nos braços do pai o Graham começa a acalma-lo

E como é um passe de mágica Dylan para de chorar, Hannibal não ficou nenhum pouco surpreso por Will ter conseguido acalmar o bebê tão rápido. Pelo o que o Lecter podia ver o menino tinha uns dois quase três meses de idade, então Will deveria ter experiência o suficiente para conseguir o acalmar.

Cruzando as mãos em frente ao corpo, Hannibal decide ir direto ao ponto de sua dúvida - afinal não havia motivo nenhum para rodeios

-Ele é meu não é?

Will congela com questionamento, o que por si só já responde a pergunta de Hannibal, que apenas sorri é abaixa a cabeça

-Quando?

Respirando e expirando, Will pensa em sua resposta por alguns poucos segundos, até finalmete decidir apenas contar a verdade - mesmo que possa doer em ambos

-Alguns minutos antes de eu ligar para você. - Will agradece internamente por sua voz não ter falhado

Um silêncio não tão desconfortável cai sobre eles, Will aperta um pouco mais Dylan em seu peito, enquanto via o Lecter pensar - algo lhe dizia que Hannibal não machucaria a ele ou ao bebê, mas como sempre a parte insegura é totalmente preocupada com a segurança de Dylan falava mais alto

-Qual o nome dele? - dessa vez, o Graham pode ouvir uma curiosidade genuína vindo dele

-Dylan. - Will não abaixa a guarda

-Grande maré, grande correnteza ou grande fluxo. - eram os significados do nome, Will não fica surpreso por Hannibal saber disso

Minutos se passam depois que o silêncio reacai novamente sobre eles, ambos sabiam que deveria falar sobre o que aconteceu na última vez que se viram - principalmente pelo fato de que agora Hannibal estava ciente de que tinha um filho biológico e de que ele provavelmente teria morrido com a evisceração que o próprio Lecter fizera em Will - mas nenhum deles era corajoso o suficiente para falar sobre ou não sabiam como começar o assunto. Respirando fundo pela milésima vez naquele dia, o Graham decide iniciar o assunto, com algo mais leve

-Eu sei que você ouviu minha conversa com Pazzi, por que não veio até mim? - pergunta Will temendo um pouco a resposta, talvez o Lecter não quisesse vê-lo naquele momento ou talvez fosse outra coisa, cirar teorias só o deixaria mais paranoico

-Rinaldo ainda estava lá. - Will deixa um suspiro aliviado que ele nem sabia que estava preso escapar - Nós precisamos conversar Will, principalmente agora.

-Eu sei eu só... - diz Will olhando entre o bebê e Hannibal, o que ele mais queria no momento era estar a sós com o ex-psiquiatra e ele não poderia deixar Dylan sozinho

-Você tem um monitor de bebê? Podemos deixar um aqui e levar o outro para um lugar onde poderemos conversar apropriadamente. - sugere Hannibal, Will acena positivamente e vai até sua mala tirando dois objetos semelhantes a um walkie talkie e um brinquedo para distrair o garoto

Ele caminha de joelhos pela cama em direção ao meio dele onde um pequeno espaço seguro cercado por alguns travesseiros e cobertores estava - Will não tinha trago o berço por razões óbvias, então ele teria que improvisar - pondo Dylan no lugar e lhe dando o brinquedo, Will volta para o chão e põe a babá eletrônica na cômoda ao lado da cama, virando-se para Winston que os encarava de forma curiosa e diz

-Fique de olho nele Winston. - o cachorro late, mostrando ao seu dono que seguirá a ordem - Vamos para a sala.

O caminho do quarto até a sala não é longo, mas para Will foi como se tivesse demorado uma eternidade para chegar lá - principalmente pelo fato de que a poucos minutos atrás ele havia atravessado a sala em um piscar de olhos para vez o que ou melhor quem estava fazendo Dylan chorar - chegando na sala, Will para e se vira para olhar Hannibal, que sem surpresa o encarava de volta

-Hannibal... - Will e abruptamente interrompido pelos labios de Hannibal se chocando com os seus

Não fora o primeiro beijo deles - longe disso - mas conseguira ser melhor. As bocas de ambos se moviam em uma sincronia perfeita enquanto saciavam a saudade dolorosa que tinham um do outro, Hannibal aperta a cintura de Will fazendo-o gemer e abrir os lábios um pouco, vendo como uma oportunidade o Lecter invade a boca do homem com a língua arrancando outro gemidos

Hannibal pensa na primeira vez em que ele havia beijado Will, fora algum tempo depois do Graham ter engravidado Margot e a mesma ter perdido o bebê - ele ainda setia ciúmes disso, mas isso e irrelevante no momento - eles estavam mais uma vez no escritório do Lecter, conversando sobre as pessoas para quem eles haviam atuado como figura paterna - Hannibal lembra que esse foi a primeira vez em que ele tinha mencionado Mischa para o outro homem - e enquanto a conversa se afundava, o desejo de beijar Will aumentava ainda mais, como sempre, mas desse vez pela primeira vez, Hannibal se deixa levar pelo desejo e finalmente beija Will.

Aquele beijo pareceu tão natural, tão certo, assim como as ações que ocorreram após ele - talvez tenha sido nessa noite que eles conceberam Dylan.

Da mesma forma que Hannibal havia se sentido no primeiro beijo ele se sentia agora, e o mesmo valia para Will, esse beijo significava o recomeço

Os sentimentos reprimidos, as palavras não ditas e os segredos escondidos eram todos perdoados pelo beijo. Esse beijo era avançalador e acabou tirando toda a linha de pensamento de Will, deixando-o tonto enquanto tentava retribuir na mesma moeda. O cérebro de Hannibal não se deixa tomar pela névoa de saudade, amor é desejo, afinal eles não podiam ir longe demais - talvez mais tarde - porque agora eles tinham que conversar

Com o ar deixando seus pulmões ambos se veem obrigados a quebrarem o beijo, com a mão no peito de Hannibal um Will ofegante descansa sua cabeça na curva do pescoço do Lecter, enquanto o mesmo apoia o queixo nos cachos macios de Will. Nenhum deles diz nada, até o ex-psiquiatra começar a massagear o couro cabelo do Graham com o queixo e dizer

-Precisamos conversar, de verdade agora. - a voz que Will tanto desejava ouvir durante todo esse tempo finalmente ecoa pelos seus ouvidos,

Will acaba deixando um peso que ele nem mesmo sabia que estava carregando sair de seus ombros enquanto continuava a ofegar no pescoço do Lecter, segudos depois ele se afasta mas deixa sua mão vagar do peito, até o braço que estava coberto com uma jaqueta de couro e para na mão onde o Graham prontamente a agarra e aperta, recebendo um aperto de resposta - o ex-perfilador não estava preparado para soltar o Hannibal naquele momento

-Eu queria ir com você, eu acho que sempre quis, desde o começo, mas uma parte de mim ainda tinha raiva de você por não ter me contado sobre a... uh encefálica, por ter me colocado na prisão, por... ter tirado Abigail de mim. - começa Will, levantando a cabeça e encarando o rosto de Hannibal para notar cada mudança de humor - Quando fizemos sexo pela primeira vez foi tão bom, que eu me assustei, eu nunca tinha me sentido tão amado quanto naquela noite, por isso eu segui com o plano. A porra da minha moralidade não me deixava fugir com você!

Hannibal ignora o palavrão que Will solta, mesmo sendo extremamente rude, ele apenas deixa Will continuar sem falar nada.

-Então naquela noite minutos antes de ligar para ter avisar, eu decidi fazer o teste implorando ou melhor rezando para que desse negativo, por que não podia ser possível eu engravidar do serial Keller mais procurando do fbi, não é? - diz Will meio exasperado, enquanto apertava a mão de Hannibal com mais força - Mas não, o teste deu positivo e finalmete a luz a motivação que eu precisava apareceu, aquele bebê era a prova de que nosso amor era real de que o nosso amor poderia dar frutos, por isso eu decidi te ligar, por que eu queria que você fugisse mesmo que isso significasse ficar sem você por um tempo.

Respirando uma enorme quantidade de ar para os pulmões e logo a soltando, Will continua.

-Mas tudo deu errado, você não foi embora! E eu quase perdi meus dois filhos no mesmo dia... - o tom de Will não era de culpa, mas Hannibal se encolhe um pouco, Will percebe - Oque não aconteceu, Dylan sobreviveu, então eu dediquei cada momento daquele último ano a ele e somente a ele, porquê ele representava um pedaço físico de você e do meu amor por você. Eu te amo Hannibal, me desculpe por ter demorado tanto para perceber.

Will finalmete deixa as lágrimas que já estavam embassando sua visão caírem de seus olhos, fazendo todo o caminho por sua bochecha até o pescoço. Com a mão livre Hannibal a leva direto para a bochecha do Graham limpando as lágrimas que insistiam em cair, enquanto o mais puro amor era transmitido pelos olhos de um para o outro

-Eu também amo você querido Will, e é claro que eu desculpe você. - fala Hannibal beijando cada lado dos lábios de Will - Nunca mais vamos nos separar

-Sim. - Will se permite fechar os olhos e apreciar o momento pelo qual ele esperou por muito tempo,

Com a mão ainda na bochecha do Graham, Hannibal se aproxima um pouco mais deixando seu rosto a centímetros de distância de Will.

-Se eu visse você, todos os dias para sempre Will... - Hannibal beijo os lábios do ex-perfilador antes de voltar a falar - lembraria desse momento

Um enorme sorriso aparece no rosto de Will enquanto ele olhava para seu amante que tinha um sorriso tão grande quanto o seu, pela primeira vez em anos - desde Dylan - Will estava verdadeiramente feliz, com um suspiro o Graham decide se entregar a essa felicidade enquanto descansava sua cabeça na curva do pescoço de Hannibal, que apenas o abraça pela cintura

Will finalmete deixa todo o cansaço que viverá no último anos sair a cada respiração sua, os momentos mais sombrios de sua gravidez, o parto, e os primeiros dias como pai solteiro passam por sua mente enquanto ele se agarrava ao Lecter ainda mais.

Uma percepção não tão tardia chega a Will, ele finalmente não estava mais sozinho

 

...

 

Para a infelicidade do casal, eles não passaram muito tempo em sua bolha de amor, afinal eles tinham um filho para cuidar - mesmo que não demonstrasse, Hannibal ainda estava assimilando a informação de que ele tinha um filho - então depois de alguns minutos abraçados no meio da sala, um choro um pouco menos potente do que antes chega aos ouvidos de ambos, é em poucos segundos Will pega Dylan e percebe o que ele queria naquele momento

Um sentimento amargo se instala no Graham quando ele percebe que não havia dado a mamadeira para o garoto assim que ele acordou - como o mesmo tinha instruído para Chiyo fazer caso não estivesse em casa - mas toda essa avalanche de sentimentos por finalmente reencontrar Hannibal o havia desligado do mundo, o que não era aceitável para ele como pai, por isso assim que percebeu que Dylan precisava comer, Will fez de tudo para agilizar

Hannibal via seu querido Will se mover com destreza enquanto procurava tudo que iria precisar para preparar a fórmula do bebê enquanto o próprio bebê estava em seus braços, sabendo perfeitamente que Will não iria pedir ajuda o Lecter decide oferecer

-Você pode me dar o bebê, sabe. - diz Hannibal dando espaço para o Graham recusar

Quando as palavras de Hannibal passam pelos ouvidos de Will uma onda de hesitação toma conta de seu corpo, entregar Dylan - mesmo que fosse para o pai dele - ainda deixava o Graham desconfortável, mas ele realmente precisa das duas mãos naquele momento, com um suspiro, Will caminha até o Lecter e entrega o bebê e volta rapidamente para terminar de preparar o leite

-Mais alguém sabe sobre ele? - pergunta Hannibal enquanto balançava o garoto de um lado pro outro

-Jack e possivelmente Alana. - responde Will ainda muito focado com a tarefa em suas mãos

-Acho melhor irmos para o meu apartamento. Se você quiser, claro. - Hannibal não queira nunca mais se afastar de Will e de seu filho, já que agora ele sabe da sua existência

-Você mora por aqui? - e a vez de Will de questionar as coisas

-Não, eu moro em Florença, vim aqui apenas para pintar um quadro. - diz Hannibal vendo Will terminar de fazer a fórmula e se aproximar dele

-Ficou muito bonito, aliás. - fala Will enquanto testava o leite no braço e ao ver que ele não estava quente, ele pega Dylan de volta e começa a amamenta-lo

-Obrigado. - diz Hannibal lisonjeado - Você registrou ele como "Lecter" ou apenas "Graham"?

-Apenas "Graham", seria muito estranho se um "Dylan Lecter" aparecesse do nada, e eu não queria que ninguém soubesse dele. - Will responde enquanto levantava sua cabeça é encarava Hannibal ao mesmo tempo em que segurava a mamadeira na boca do filho

-Concordo. - suspira - Agora, você trouxe muitas coisas?

-Não, apenas uma mochila com o essencial para mim, ele é Winston. - abaixando a cabeça Will vê que a mamadeira estava quase na metade, seu filho estava realmente com fome

-Tem algum lugar para carregá-los? Eu estou de moto, e ela não é muito segura para um cachorro do porte de Winston e principalmente para um bebê como Dylan. - diz Hannibal revendo suas opções e chegando a conclusão de que iria precisar dar duas viagens para que todos estivessem em seu apartamento

-Tenho o canguru de Dylan e a guia de Winston, mas mesmo assim tenho certeza que teremos que dar duas viagens. - vendo que a mamadeira já estava vazia, Will a põe numa mesinha ao seu lado e lava seu filho até o ombro apoiando a cabeça dele na curva de seu pescoço enquanto dava pequenas batidinhas nas costas dele para faze-lo arrotar, o que não demora muito a acontecer

-Estava pensando nisso também, e o melhor para conseguimos levar todos. - diz Hannibal vendo Will acenar positivamente com a cabeça

-Eu vou colocar nele uma roupa mais quente é por tudo de volta na mochila, só um minuto. - fala Will caminhando de volta para o quarto rapidamente, Hannibal o segue para ajuda-lo caso for preciso

 

...

 

O vento gélido do início da noite se chocava fortemente contra o rosto de Will graças a velocidade que Hannibal pós na moto onde estavam, um dos braços do Graham estava ao redor da cintura de Hannibal enquanto o outro era usado para acariciar os fios de cabelo cacheado rebelde de seu filho que estavam escapando do capuz. Respirando fundo deixando que a paz desse pequeno momento se instale em seu corpo

O momento com o qual ele sonhou por meses estava finalmente acontecendo, e ele iria aproveitar ao máximo.

Eles não demoram muito para chegar ao hotel onde Hannibal estava hospedado, e em questão de minutos o Lecter os guia para o apartamento e os deixa entrar. A primeira coisa que Will percebe ao entrar no local, ou melhor ao entrar no hotel em si fora a extrema elegância do lugar, ao que parecia ser um dos criminosos mais procurados pelo fbi não afetava os altos padrões de Hannibal

-Existem três quartos, duas suítes e um normal e um banheiro, todos ficam naquele corredor. - aponta Hannibal, e Will acena com a cabeça para mostrar que estava prestando atenção - O quarto do meio e o meu, você pode deixar suas coisas lá, a cozinha e logo ali.

-Porque três quartos? - pergunta Will com a sobrancelha arqueada, algo lhe dizia que ele não gostaria da resposta

-Bedelia veio comigo. - responde Hannibal simplesmente

-Oque?! - explode Will não tão alto para não perturbar a paz do bebê acoplado ao seu peito - Porque diabos você trouxe ela?!

-Acalme-se Will. - Hannibal se aproxima e tenta por a mão na bochecha de Will, apenas para ser rudemente afastado, o Lecter não demonstra o quanto isso o afetou - Não houve nada entre mim e ela Will, você não precisa se preocupar.

-Não foi isso que eu perguntei. - diz Will escondendo o fato de que essa afirmação o deixou aliviado

-Eu trouxe ela comigo porque... - Hannibal nunca hesitava, mas ao que parecia Will tinha o poder de fazê-lo expressar o impossível para ele - Porque eu não queria ficar sozinha, eu já não tinha mais você e Abigail, Bedelia foi a única que sobrou

Will suspira, dando um passo a mais para perto de Hannibal, as mãos ainda ao redor de Dylan. As palavras do Lecter ecoam pelos seus ouvidos, fazendo o Graham se sentir culpado, aquela noite teria sido muito mais feliz se ele tivesse se decidido sobre seus sentimentos logo, levantando o rosto e se aproximando ainda mais, Will beijar suavemente os lábios de Hannibal que sem demora retribui o beijo

-Sinto muito. - sussurra Will após encerrarem o beijo

-Tudo bem. - fala Hannibal segurando o rosto de Wil com as duas mãos

-Onde ela está? - pergunta Will em um suspiro

-No mercado, mas ela vai chegar logo. - informa o Lecter ainda segurado o rosto do amado

-Quando ela vai embora? - Will ocupa suas mãos com carícias em Dylan que já estava começando a ficar irritado por estar pendurado por muito tempo, isso infelizmente não faz o bebê se acalmar

-Logo. - responde Hannibal vagamente, ele suspeitava de que assim que Bedelia encontrasse Will no apartamento ela começaria a arrumar suas coisas para ir embora

Antes que Will possa dizer qualquer coisa, Dylan se cansa de ficar pendurada e começa a resmungar ainda mais e se debater, tentando de todas as formas mostrar para o pai que ele estava totalmente desconfortável pendurado daquele jeito

-Desculpe Dylan, vamos tirar você daí. - diz Will suavemente enquanto caminhava até o sofá e se sentava nele é começava a tirar seu filho do canguru

-Como eu disse, coloque suas coisas no quarto principal no final do corredor, estou indo buscar Winston não vou demorar. - disse o Lecter enquanto pegava o capacete e se dirigia até a porta - Vou deixar o seu nome na recepção caso você queira sair, até logo.

-Até. - Will sabia que eles ainda tinham muito sobre o que convesar, mas ele preferia deixar isso para depois afinal no momento atual seu filho precisava de toda sua atenção

Will levanta o rosto a tempo de ver Hannibal saindo pela porta do apartamento - o Graham engole o medo de que Hannibal possa ir embora no momento em que ele ameaça consumi-lo. Meio que sentindo a angústia do pai, Dylan começa a tentar chamar a atenção do homem, mostrando-lhe que ele não estava sozinho e que nunca mais iria ficar, Will olha para o filho e sorri, agradecendo internamemto por ele sempre o salvar

-Vamos lá Dylan, vamos ver como é o quarto onde seu pai dorme. - diz Will levantando-se do sofá e ajeitando o bebê no colo, Dylan faz pequenos barulhos com a boca fazendo com que a saliva escorra por ela, mesmo sendo meio nojento Will achou adorável

Sem demora pai e filho chegam ao quarto principal, e Will descobre que o quarto gritava "Hannibal" da mesma forma que o resto do apartamento, isso o fez rir um pouco enquanto jogava sua mochila na cama perfeitamente arrumada que estava posta de forma centralizada no meio do quarto. Girando seu rosto, Will olha melhor todo o quarto, desde as duas portas que ele só pode supor ser o banheiro que Hannibal havia citado e um closet, até a cômoda afrente da cama, sem esquecer da enorme janela que era coberta por uma cortina também enorme na outra parede

-Os padrões do seu pai nunca mudam. - diz Will acariciado o cabelo do bebê que como sempre balbucia coisas que ele não entendia - Bem, vamos nos acomodar.

Tudo era demais para Will naquele momento, ele tinha reencontrado Hannibal, contando para ele sobre Dylan, eles finalmente tinham se acertado e poderiam viver juntos como uma família. Mesmo que o Graham estivesse infinitamente feliz, ele ainda se sentia sobrecarregado com toda a situação. Respirando fundo, ele deita Dylan na cama e começa a tirar uma camada da roupa do bebê deixando o apenas de camiseta e frauda - já que não fazia sentido nenhum mante-lo embrulhado num casaco se o apartamento estava quente, isso só faria com que o bebê ficasse irritado com o calor

Deixando Dylan na cama por um momento, Will vai até o closet e deixa sua mochila em um espaço fazio - deixando um nota em sua mente para arrumar suas roupas mais tarde - voltando para o quarto, o Graham pega o bebê no colo e o leva novamente para a sala, sentando-se no sofá para esperar por Hannibal

Alguns minutos após se sentar no sofá com o filho no colo, o som da porta sendo aberta chama a atenção de Will fazendo-o olhar rapidamente para a direção do barulho esperando encontrar Hannibal, mas para a infelicidade do Graham não era seu amado que estava entrando no apartamento e sim Bedelia que não parece nenhum pouco surpresa com sua presença, mas a expressão da ex-psiquiatra muda ao ver o bebê no colo de Will

-E bom vê-lo mais uma vez, Will. - diz a mulher caminhando para a ilha da cozinha e pondo a sacola com as compras encima dela

-Bedelia. - fala Will em reconhecimento sem querer dialogar muito com a mulher, só de imaginar que ela havia passado todo esse tempo junto de Hannibal lhe dava arrepios

-Onde está o Hannibal? - pergunta enquanto tirava as compras da sacola, relaxada demais para o gosto de Will

-Ele foi buscar meu cachorro, Winston, mas logo volta. - informa Will desejando que ela não pergunte sobre Dylan

Bedelia não diz mais nada, ela apenas continua tirando as compras da sacolas e as colocando no devidos lugar. Após isso ela caminha até o sofá e para em frente a Will, analisando-o de cima a baixo

-Esse bebê é seu e do Hannibal, correto? - pergunta a mulher mesmo sabendo da resposta

-E sim. - diz Will planejando não revelar mais nada

-Interessante. - murmura Bedelia, sem dizer mais nada ela parte para um quarto diferente do de Hannibal, Will a observa com os olhos semiserrados e tenta esconder o seu alívio ao ver ela entrar em um quarto diferente

Os pequenos resmungos de seu filho são o que chamam a atenção de Will que prontamente olha para o filho, vendo os grandes olhos azuis-esverdeado do garoto úmidos e o enorme bico em seus lábios o Graham sabia que uma sessão de choro iria começar logo logo, suspirando ele vai até o seu bolso e tira o brinquedo preferidos do garoto, ao dar a pelúcia para Dylan e expressão do menino rapidamente muda de descontente para radiante.

Sorrindo com a felicidade do garoto, Will mal registra a porta sendo aberta até um latido muito conhecido o tirar de seus pensamentos, levantando o rosto o ex-perfilador encontra os olhos de seu amado que carregavam mais sentimento do que em todas as vezes que se viram

-Você ainda está aqui. - diz Hannibal como se não acreditasse

-Eu não vou a lugar nenhum. - assegura Will enquanto se levantava com Dylan em seu colo e caminhava para perto de Hannibal

-Vou garantir isso. - diz o Lecter abraçando Will com cuidado para não machucar Dylan

Um silêncio confortável paira sobre o casal enquanto eles continuam abraçados, obviamente não tão perto já que Dylan ainda estava no meio deles, Winston vendo a interação de seu dono ele caminha até eles e se esfrega nas pernas de Will. Dylan da risadinhas enquanto esticava seus braços para alcançar ambos os pais, Will relaxa os ombros e se deixa engolir pelo carinho do Lecter, Jack estava errado

Uma tosse tira o casal de sua bolha, fazendo com que Hannibal sem quebrar o contato com Will vire o rosto para encarar o infeliz que havia interrompido o momento deles, dando de cara com Bedelia os encarando o Lecter rapidamente percebe as malas da mulher ao seu lado

-Olá Bedelia. - diz Hannibal de forma condescendente

-Me desculpe por interromper seu... reencontro familiar, vim apenas para me despedir. - dizia a mulher calmamente enquanto gesticulava para os homens e o bebê abraçados a sua frente - Então eu acho que isso é um adeus.

-Eu não classificariam como adeus, está mais para um até logo. - um sorriso mínimo aparece no rosto do Lecter ao terminar sua frase

-Então deixe eu me corrigir, até logo, Hannibal e Will. - ao ter seu nome citado, Will finalmete olha para a mulher ou mais precisamente para mão da mulher que estava em punho enquanto segurava sua mala, essa reação era uma clara demonstração de medo, mas Will não reparar nisso

A aliança brilha contra os olhos de Will praticamente se exibindo para ele, os olhos do Graham mudam para a mão do Lecter onde ele também vê uma aliança só que diferente, franzindo a testa Will volta a si e volta o olhar para o rosto de Bedelia

-Até Bedelia. - fala Will acenando em reconhecimento

Bedelia acena para ambos os homens e se dirigi até a porta, abrindo-a mas antes de sair Hannibal a chama fazendo-a voltar seus olhos para o Lecter

-Não mencione nossa localização, ou o bebê a ninguém. Tenho certeza de que não precisava dizer, mas é sempre bom reforçar o óbvio. - diz Hannibal ainda sorrindo para a mulher

-Certo. - e a única coisa que Bedelia diz antes de sair é fechar a porta do apartamento, deixando a pequena família enfim aços

Voltando mais uma vez toda sua atenção para Will e o bebê, Hannibal sorri é beija a testa do homem enquanto pegava Dylan e o colocava em seu colo gentilmente - ainda deixava Will receosos o fato de seu filho estar nos braços de outro, mas ele decidiu tentar mudar isso afinal como Hannibal também é pai de Dylan o Lecter sempre ira pegar o menino no colo, então ele deveria se acostumar com essa ideia o mais rápido possível

Will olha mais uma vez para a mão de Hannibal, mais precisamente a mão que continha sua aliança de casamento, ele mais uma vez a compara com a de Bedelia e mais uma vez chega a mesma conclusão, São diferentes. Will decide verbalizar os seus pensamentos então ele olha diretamente nos olhos do Lecter e diz

 

-Sua aliança, por que é diferente da de Bedelia?

 

Continua.

Chapter 8: Capítulo oito

Chapter Text

No instante em que Will termina sua frase um sorriso aparece no rosto de Hannibal, o Lecter não se inpressiona com o fato de que com apenas uma olhada seu querido Will havia percebido a diferença entre ambas as alianças - afinal ele conhecia Will perfeitamente e sabia que era questão de tempo ate o ex-perfilador perceber isso. Ainda sorrindo, Hannibal devolve Dylan para os brancos de Will, porque para explicar o porquê de suas alianças serem quase que extremamente diferentes mesmo ele é Bedelia fazendo papel de casados, Hannibal precisava das mãos livres

-Nossas alianças, minha e de Bedelia, são diferentes porque a minha foi feita em especialmente para mim já Bedelia utiliza a da senhora fell. - explica Hanniba tirando sua aliança do dedo e a pondo na palma da mão e levando-a até o rosto de Will - Ela faz parte de um conjunto especial

-Ah mais dela? - pergunta Will, ele nunca foi de gostar de joias mas tinha que admitir o anel era realmente muito lindo

-Apenas dois, essa que eu utilizo é esta... - diz o Lecter levando sua mão livre até o bolso e tirando de lá outra a aliança quase idêntica mas ambas possuem suas diferenças

Com um olhada mais profunda Will consegue notar cada diferença entra ambas as alianças como, a de Hannibal possuía uma faixa azul meio verde quase imperceptível que rodeava toda a extensão do anel enquanto a outra possuía uma que parecia mesclar as cores vermelhas e marons, além disso a de Hannibal possuía uma pequena pedra no meio meio avermelha enquanto a outra tinha ao semelhante a um diamante bem pequeno no meio, ambas aos olhos de Will eram maravilhosas. Após comprar todas as diferença dos anéis, Will não consegue deixar de pensar que um dessas alianças pertencia a ele

-Tenho certeza que você já sabe quem é o dono original dessa outra aliança. - fala Hannibal calmamente pondo sua própria aliança e segurando a outra com firmeza, Will levanta seu rosto e o olha com os olhos brilhante - Eu mandei fazer essas alianças logo após a nossa noite juntos, eu tinha a total certeza de que você viria comigo depois de tudo aquilo, é então veio aquela noite e nos dois saímos extremamente machucados dela. No começo eu tentei me convencer de que só estava usando essa aliança para mostrar a mim mesmo que você não significava nada para mim, mas depois eu aceite que só queria algo que me ligasse a você mesmo que você não possuísse a outra. Mas agora que estamos juntos mais uma vez, e eu espero que dessa vez seja para sempre, eu gostaria de perguntar

Calmamente Hannibal se inclina até o chão e fica de joelhos, levantando o anel na direção de Will que havia abaixado a cabeça, o Lecter respira fundo e continua

-Will Graham, você aceitaria se casar comigo?

 

Sem resposta

 

O silêncio os alcança tão rápido que eles quase o confundem com uma pancada, Will não responde nada e Hannibal fica apenas o olhando esperando que algum tipo de som deixa a boca do Graham. O olhar de Will transmitia apenas o puro choque enquanto tentava assimilar o que o Lecter acabará de dizer, se não fosse pelo bebê em seus braços Will tinha a total certeza de que teria caído no chão ou algo assim. Enquanto Will demorava mais e mais para responde-lo um lado que Hannibal não via a anos estava de volta, sua insegurança - como sempre Will tendo a capacidade de trazer sentimentos que Hannibal desconhecia a anos

A insegurança o fazia questionar se esse era realmente o momento certo para fazer tal pedido, afinal faziam só algumas horas desde que eles se reencontraram - depois de 1 ano interio sem se falar ou receber notícias um do outro - além do mais também faziam apenas algumas horas que Hannibal havia descoberto que era pai, então a insegurança o diz que talvez Will pensasse que ele só estava fazendo isso por causa de Dylan.

Depois de segundos que mais pareceram horas, Hannibal se cansa da esperar e abre a boca para falar qualquer coisa que quebrasse o maldito silêncio, mas antes que ele possa dizer algo outra boca cobre a sua numa velocidade surpreendente

-E claro que eu aceito. - diz Will sorrindo com lágrimas nos olhos enquanto quebrava o beijo apenas para incinar outro após a frase

Entre os seus pais Dylan olhava com confusão para ambos sem entender nada do que estava acontecendo entre eles, mas ao ver os sorriso e as lágrimas no rosto do seu pai o bebê fica ainda mais sem entender ele realmente não estava compreendendo nada, mas enquanto seu pai sorria ainda mais ele pensa que a situação era divertida então começa a bater suas mãozinhas e a fazer barulhos que gradativamente ficam mais altos

Percebendo que Dylan provavelmente estava tentando chamar a atenção de ambos porque eles estavam o inpressando, Will e Hannibal se separam e o Lecter se levanta

-Me dê sua mão. - pede Hannibal delicadamente, e Will obedece, segurando Dylan com apenas um braço Will estende a mão na direção de Hannibal que a pega com delicadeza

Hannibal segura a mão de Will como se fosse a joia mais preciosa do mundo enquanto leva a aliança na direção do dedo correto e com o mesmo carinho e delicadeza de antes ele põe o anel no dedo de Will, olhando-se um nos olhos do outro um sorriso aparece no rosto de ambos

-Bem vamos deixar vocês a vontade.

 

...

 

As horas que se seguiram com Will e Dylan juntos a Hannibal foram um dos únicos momentos em que Will pode ficar totalmente relxado, o medo que hora ou outra voltava ao seu coração não estava mais lá e a única coisa que o preenchia era o puro amor e conforto, ver Hannibal - seu agora noivo - interagir com Dylan como um pai deu ao Graham uma felicidade que ele não conseguia descrever

Eles não demoraram muito para conseguirem se estabelecer um pouco, afinal amanhã a tarde Hannibal voltaria para Florença e obviamente Will e Dylan iriam com ele, então apenas algumas coisas foram tiradas da mala de Will, tanto para ele quanto para o bebê. Após alimentar, dar banho e por uma roupa confortável no menino, Will o leva para um dos quartos e o prepara para dormir

Com Dylan no colo, Will balançava seu corpo suavemente de um lado para o outro e cantarolava calmamente uma canção que venho a sua mente de forma aleatória, e dentro dessa pequena bolha de calmaria o Graham começa a refletir sobre os acontecimentos emocionantes do dia de hoje. Reencontrar Hannibal após mais de um ano sem vê-lo deu a Will um brilho e uma felicidade que apenas Dylan conseguia lhe dar, contudo o que mais aumentou sua felicidade ao reencontrar Hannibal fora sua reação positiva ao saber que que tinha um filho - por mais que soubesse que Jack havia falado toda aquela baboseira para faze-lo desistir de ir atrás de Hannibal, as palavras do Crawford ainda estavam presas em sua mente e hora ou outra apareciam, mesmo após sua conversa com Abigail

Quando eles se beijaram, quando ele contou toda a verdade e abriu o jogo sobre seus sentimentos para Hannibal, foram os únicos momentos em que Will se sentiu leve, como se um peso terrivelmente doloroso tivesse saído de seus ombros e isso o deixou tão aliviado que naquele instante ele se permitiu chorar - coisa que só havia feito duas vezes na frente de Hannibal e uma na frente de desconhecidos. Agora com seu filho no colo quase pegando no sono como em várias noites em sua casa a quase três meses atrás, é com seu agora noivo na cozinha, Will se sente completo pela primeira vez.

Pequenos resmungos quase inaudíveis tiram Will de seus pensamentos e o fazem olhar rapidamente para Dylan que fecha seus olhinhos gradativamente até cair no sono completamente, Will continua seus movimentos e a cantarolar sua música por alguns minutos antes de por o bebê no meio da cama para que não houvesse risco dele cair - por razões óbvias não havia um berço no apartamento de Hannibal, então a enorme cama queen serviria - com todo o cuidado do mundo, o Graham colocava o garoto no meio da cama, e antes de sair de cima dela e deixa-lo dormir em paz, Will beija a cabeça do bebê e sussura

-Boa noite filho.

Após isso, Will se retira do quarto.

 

Chegando na sala de estar do apartamento, o Graham se depara com seu noivo sentado no sofá com um tablet em mãos e contorcendo seus dedos com sua mão livre - um pequeno gesto que mostrava a Will que algo o havia irritado - com o lábios franzido Will se aproxima e se senta no espaço vazio do sofá

-Oque você está vendo? - pergunta o Graham encostando-se no sofá

-Veja você mesmo. - diz Hannibal é Will não deixa de notar a irritação e sua voz enquanto ele estendia o tablet em sua direção e o Graham o pegava

Assim que o tablet e posto em suas mãos, o nome enorme escrito e um fonte diferente das outras na cor vermelha ilumina o rosto de Will "TattleCrime.com" - só de apenas ler o nome do tabloide o Graham pode entender bem o motivo da raiva do noivo - movendo seus olhos um pouco mais abaixo Will se depara com a notícia real, e o que ele lê dá mais indícios da raiva de Hannibal.

"Estupro ou amor? Como ja sabemos Hannibal o canibal como apelidado pela mídia se envolveu de forma intima com Will Graham o até então perfilado do fbi que arquitetou um plano para prendê-lo. Mas a diversas controvérsias nessa história, muitos afirmam que Will fez isso apenas como um teatro para que Hannibal fugisse já outras não acreditam totalmente na inocência do Graham mas o tratam como mais uma vítima do canibal - o que não é negado nem confirmado. Todavia a alguns dias chegaram aos meus ouvidos uma notícia um tanto quanto chocante, e sim ela é 100% verdadeira, a informação que fora passada para mim dizia que Hannibal havia engravidado Will e que o mesmo tinha dado a luz ao menino a um pouco mais de dois meses atrás, é como esse tipo de notícia tem grande chance de ser mentira eu fui atrás de mais informações para poder confirmar isso, então eu consegui falar com alguns médicos que ficaram responsáveis por Will durante sua breve estadia no hospital após o apelidado por min "jantar sangrento" na casa de seu amante? e todos me confirmaram que sim Will Graham estava grávido na época e com as palavras do médico "E um verdadeiro milagre o feto ter sobrevivido a aquele tipo de evisceração, se a faca tivesse atingindo alguns sentimentos para baixo o feto estaria completamente morto. Parecia que quem esfaqueou o senhor Graham sabia muito bem oque estava fazendo e com oque estava lidando." Com a até então suposta gravidez de Will Graham confirmada eu fui atrás de obstetras e cartórios que pudessem me dar mais informações como o nome do bebê, mas infelizmente a única coisa que eu consegui fora o gênero, que no caso é masculino. Oque nos resta é o questionamento, será que Will Graham se entregou a Hannibal de bom grado ou houve um estupro que o fbi esteve tentando abafar por todo esse tempo? Bem não saberemos até alguém se pronunciar a respeito do assunto. "

Will sabia que nunca deveria esperar algo perto de decência vindo de Freddie louds, mas isso que ela escreveu beirava ao sadismo - não que ele fosse a pessoa mais correta de falar sobre isso - invadir a privacidade de alguém ao ponto de fuçar a vida de um bebê recém nascido só para saber seu nome, gênero e se ele era real e algo tão insano que nem os milhares de psicopatas que o Graham havia perfilado no passado faziam - agora Will entendia perfeitamente o porquê de seu noivo estar com raiva

-Aquela... - Will não consegue nem expressar sua indignação em palavras, então ele se contenta em apenas bufar e por o tablet na mesa de centro - A única coisa que eu me arrependo é de ter deixado ela viva

-Eu também querido. - diz Hannibal se aproximando de Will segurando ele e guiando para o seu colo, onde o Graham vai de bom grado

-Como alguém consegue ser tão nojento a esse ponto? Sei que ela não disse o nome do Dylan e nem quando ele nasceu, mas mesmo assim parece que a privacidade dele fora completamente invadida e esposta. - suspira Will agarrando-se ainda mais ao corpo do noivo - Quem faz isso com um bebê?

-Não sei amor. - Fala Hannibal beijando a testa do noivo - Eu já deveria saber desde o momento que ela escreveu aquelas coisas terríveis sobre você que ela seria um problema em nossas vidas. Perdoe-me por não te-la eliminado quando tive a chance.

-Não precisa se desculpar, está tudo bem. - diz Will beijando suavemente os lábios do noivo que não protesta e apenas o beija de volta

A única coisa que Will queria que esse beijo fizesse era faze-los esquecer da matéria revoltante que Freddie havia publicado em seu tabloide - mesmo que o esquecimento durasse apenas alguns segundos. Para o grande deleite do Graham seu desejo parecia estar se tornando realidade já que em apenas alguns segundos de beijo, Hannibal o aprofunda e aperta ainda mais as mãos na cintura de Will

Quando o ar se desfaz entre eles ambos separam seus lábios e começam a respirar de forma ofegante, se recuperando rapidamente Hannibal muda o curso de seus beijos, do caminho abaixo dos lábios para o queixo e posteriormente a extensa região do pescoço, pequenos suspiros de excitação escapavam dos lábios de Will a cada toque da boca de Hannibal contra sua pele, para fechar com chave de ouro seus toques no pescoço de seu noivo, o Lecter suga a pele ainda mais forte deixando uma mancha meio roxa e vermelha no lugar

-Vamos nos mover para um local mais privado. - dito isso, Hannibal segura firme bunda de Will e os levanta do sofá

No instante em que os pés de Hannibal equilibram ambos, Will passa suas pernas ao redor do quadril do Lecter para não correr o risco de cair, enquanto repetia os mesmo movimentos de beijar, chupar e morder a região esposta do pescoço de seu noivo. Para o prazer de ambos eles não demoram muito para chegar na suíte do apartamento, segurando Will com apenas uma mão Hannibal usa a outra para abrir a porta e com apenas um pouco de dificuldade ele consegue, assim que eles passam do batente da porta e fechando a mesma o Graham ataca a boca de seu noivo mais uma vez

Segamente Hannibal os guia até a cama no meio do quarto e com toda a delicadezas possível o Lecter põe seu noivo na cama e sobe em cima dele.

-Tem certeza disso? - pergunta Hannibal beijando mais uma vez o pescoço já marcado do noivo

-Sim.

 

Sem precisar de mais nenhuma confirmação, Hannibal continua com suas ações antes iniciadas na sala que agora passaram para a doce privacidade de sua suíte. Com sua boca ainda residindo no pescoço de Will, Hannibal aproveita e deixa mais algumas marcas semelhantes as anteriores antes de mudar seu curso para a clavícula que diferente do pescoço estava parcialmente esposta, ao ver a gola da camisa de Will no meio de seu caminho a percepção de que ambos estavam com roupas demais chega a Hannibal e o faz agir contra isso rapidamente

Movendo suas mãos para a bainha da camisa de Will, Hannibal a puxa para cima e com a ajuda do dono da camiseta ele consegue tira-la e sem nenhuma delicadeza a arremessa no chão - o Lecter irá lidar com a bagunça mais tarde, no momento ele possui coisas mais importantes para fazer - com toda a parte superior de seu agora noivo esposta, Hannibal continua com seu plano inicial e começa a espalhar beijos, mordidas e chupões por toda a região do tórax do Graham

Will gemia e suspirava baixinho com plena consciência que havia um bebê no quarto ao lado, mas a cada contado da boca de Hannibal com sua pele tornava ainda mais difícil sua tarefa de se manter parcialmente em silêncio. Todos os toques de Hannibal, sejam sua mão ou boca deixavam um rastro de fogo pela extensão do peito de Will, que não imaginava que sua pele estava tão sensível - de forma inevitável, memórias da primeira e quase última vez em que estiveram nessa situação preenchem a mente de Will

Mas assim como antes o arrependimento por aquela noite nunca veio, muito pelo contrário as memórias de alguma forma deixaram Will ainda mais exitado que antes, Hannibal parece perceber o fogo crescente dentro de Will fazendo-o intensificar ainda mais o seu contato, dando uma atenção especial aos mamilos rosados do Graham e que a cada segundo ficavam mais estimulados. Minutos depois de estimular o suficiente os mamilos de Will, Hannibal desce os seus beijos para a barriga do Graham

Sentindo o Lecter se movimentar até uma área não muito confortável para si mesmo o Graham, levanta a cabeça e com a ajuda dos braços se afasta rapidamente de Hannibal parando apenas quando suas costas batem na cabeceira da cama. Hannibal levanta seus olhas e o olha com preocupação e confusão nos olhos

-Will querido, oque houve? Eu machuquei você?! - Hannibal sobe na cama e tenta levantar sua mão para tocar a bochecha de Will apenas para ser brutalmente rejeitado

-Não! E só que... - Will se apressa em responder a Hannibal, mas hesita em dizer o motivo real de seu afastamento

-Você pode me contar qualquer coisa querido. - afirma Hannibal, se aproximando sem tocar o Graham porquê ele realmente não queria lidar com outra "rejeição" igual a de antes

-Como você não vê?! - diz Will respirando fundo e jogando os braços que antes cobriam seu torço para fora do caminho, dando a Hannibal a visão de seu peito nu - Eu estou gordo! E a duas cicatrizes feias na minha barriga!

Hannibal pode jurar que viu o vislumbre de lágrimas caindo dos olhos de Will, mas com a pouca luz que estava no quarto era quase impossível ter certeza. Aproximando-se um pouco mais, o Lecter mais uma vez estende sua mão só que dessa vez para o queixo de Will e para o seu alívio o Graham não rejeita o seu contato. Respirando fundo Hanniba guia o rosto de Will com sua mão para olha-lo nos olhos, e sorri minimamente - torcendo para Will ver o sorriso mesmo com a pouca luz no quarto

-Você não está gordo querido, isso são só algumas gorduras que sobraram do pós parto eu garanto a você que elas logo sumiram. - diz Hannibal tentando transmitir toda a sua razão para Will - As cicatrizes por outro lado... peço perdão por te-lá feito em você. Eu estava magoado e queria que você também se ferisse, sei que não a desculpas pelo oque eu fiz mas peço mesmo assim. A outra tem um significado completamente diferente, ela significa nosso futuro e principalmente o nosso querido bebê, sem ela Dylan não estaria aqui conosco.

Will se deixa ser embalado pelas falas de seu noivo enquanto inclinava sua testa para se encostar na do homem a sua frente, agora compartilhando o mesmo ar Hannibal sente a respiração antes ofegante de Will se normalizar aos poucos. Segundos se tornam minutos, e assim que a calma é os medos de Will se dissipam - o suficiente para provavelmente não surgirem mais uma vez pelo menos essa noite

-Obrigado. - fala Will beijando suavemente os lábios de Hannibal tentando transmitir toda sua gratidão com apenas um toque - Eu te amo.

-Também te amo. - Hannibal responde e logo continua a beijar o Graham, sem toda a luxúria e excitação de antes, apenas um singelo selar de lábios

Ambos se beijam por mais alguns segundos até se afastarem por falta de ar, e mais uma vez com as testas coladas uma na outra, Hannibal sente a necessidade de perguntar

-Você ainda quer continuar querido? Não se preocupe, podemos parar agora se quiser. - pergunta Hannibal mais se apresssa para dizer que está aberto a encerrar as atividades

Will pondera calmamente sobre o assunto, seu corpo queimava com a excitação mais um pouco do medo de antes ainda residia em seu coração, ele sabe que Hannibal não o forçará a nada então a decisão era completamente dele. Respirando e expirando fundo, Will põe as mãos em cada bochecha de seu noivo e diz

-Sim, por favor.

-Você tem certeza disso amor? - Hannibal não queria de forma alguma que Will se sentisse obrigado a fazer sexo com ele

-Tenho absoluta certeza. Agora, me foda Hannibal, por favor! - garante Will e logo depois exige que Hannibal continue

O Lecter ignora a palavra de baixo calão e sorri para Will, mas em poucos segundos seus lábios voltam a se juntar com os do Graham. Sentido as mãos de Will deixarem seu lugar em seu rosto e pescoço e descerem até a bainha de sua camiseta, Hannibal levanta os braços dando total liberdade para Will o despir, encerrando o beijo por algum tempo ate a camisa estar completamente fora de seu corpo

Deitando Will mais uma vez contra o colchão e se pondo e cima dele denovo, Hannibal pode visualizar com clareza - com a ajuda da pouca luz no quarto - ambas a cicatrizes que Will estava se referindo antes, uma um pouco acima do baixo ventre e uma apenas alguns centímetros abaixo, abaixando-se com cuidado o Lecter salpica beijos por toda extensão de cada cicatrizes - ele sente uma pontada de ciúmes ao imaginar algum médico de meia tigela rasgando a pele de seu Will com um bisturi, mas leva esse sentimento para o fundo de sua cabeça ao lembrar que isso fora necessário para trazer o filho deles ao mundo

-Você é lindo amor. - afirma Hannibal com carinho

Will funga um pouco com a afirmação do amado, recusando-se a chorar e a dizer o contrário.

Levantando-se um pouco e vendo que o torço superior de Will já estava devidamente marcado, Hannibal muda mais uma vez sua atenção para a extensão inferior da pele do Graham, levando suas mãos até a fivela do cinto é o arrancando de seu lugar sem rasgar nenhuma parte da calça no caminho - surpreendentemente - o Lecter joga o cinto para alguma direção aleatória do quarto e o barulho preenche os ouvidos de ambos por algum tempo, antes de Hannibal puxar as calças de Will com força e um pouco de violência para baixo, dando a o ex-psiquiatra a visão da cueca manchada de seu noivo

Ver mais uma vez a protuberância de Will por baixo das calças após um ano deixou Hannibal com água na boca, oque o fez se apressar ainda mais em remover as calças do Graham e arremessa-las no chão - e foi isso mesmo que ele fez. Movendo-se com certa ansiedade para seu lugar acima de Will, Hannibal apalpa com a palma de sua mão aberta o pênis do Graham fazendo-o suspirar e morder o lábio inferior

-Me lembro perfeitamente do dia em que toquei você dessa forma pela primeira vez. - fala Hannibal enquanto movia calmamente sua mão para dentro da cueca de Will e agarrava seu pênis totalmente ereto, melando sua mão com pre-semem no processo - Revivo todos os dias aquela maravilhosa noite em meu palácio da memória, mas nada se compara a realmente viver isso denovo. Você não sabe o quanto eu desejei ter você nessa posição mais uma vez meu amor.

A última parte de seu pequeno monólogo, Hannibal sussura no ouvido de Will e sai deixando uma pequena mordida no lobuculo na orelha do Graham

-Hannibal... por favor! - geme Will assim que o Lecter aperta seu pênis mais uma vez

-Oque você quer, amor? Farei qualquer coisa contanto que você me peça. - Hannibal tinha uma vaga ideia do que Will desejava naquele momento, mais ouvi-lo dizer seria muito melhor

-Me foda!! ah! - geme um pouco mais alto após Hannibal apertar seu pênis denovo

-Como quiser. - um sorriso malicioso surge no rosto de Hannibal, pegando na bainha da cueca de Will é a abaixando por completo, Hannibal da um leve beijo na ponto do membro e leva sua mão ao pênis mais uma vez fazendo movimentos de vai e vem em toda a extensão - Mas antes, vou estimular essa parte um pouco

Os movimentos deixam Will vendo estrelas enquanto os suspiros e gemidos antes baixinhos aumentavam gradativamente, minutos se passam e Hannibal não para de masturbar o membro de seu amado que a cada segundo que se passava se sentia cada vez mais perto de seu clímax. O corpo de Will se arrepia por completo, preparando para atirar jatos poderosos de seu grosso esperma na mão de Hannibal, mas antes que o Graham possa estourar, Hannibal larga seu pênis, Will choraminga com a falta de contato

-ah... - geme Will ao sentir as mãos de Hannibal deixarem o seu pênis

-Agora, que tal eu atender ao seu desejo. - era uma pergunta retórica e Will sabia, por isso ele não se dá ao tebalho de responder

Levantando-se e caminhando até o criado mudo ao lado da cama, Will ouve Hannibal abrindo uma gaveta e procurando algo por algum tempo ate finalmete achar e tirar da gaveta fechando-a logo em seguida. Hannibal põe as coisas que pegou na gaveta bem ao lado do rosto de Will oque inevitávelmente faz o Graham olhar, deparando-se com uma camisinha e um frasco de lubrificante

-Por mais que eu queria ter mais filhos com você, Dylan será o único por enquanto. - diz Hannibal tirando seu cinto, logo após a calça, e por último e cueca, Will rapidamente tira seus olhos dos objetos ao seu lado e encara o membro grosso de seu amante

Subindo mais uma vez na cama, e pegando as coisas que havia posto em cima dela, Hannibal abre primeiro o pacote com a camisinha e enrola seu membro com o látex, logo em seguida ele abre a tampa do lubrificação e espalha uma boa quantidade em sua protuberância e em seus dedos. Com uma das mãos, Hannibal levanta uma das pernas de Will lhe dando caminho livre até a entrada do Graham, o Lecter leva o dedo indicador até e entrada de Will e massageia a borda

-Relaxe amor. - Ao sentir que Will já estava bem relxado, Hannibal pressiona seu dedo para dentro do buraco do Graham fazendo-o ficar completamente rígido - Esta tudo bem, querido, só respire fundo.

Fazendo oque Hannibal disse, o Graham consegue relaxar aos poucos e sentido que Will já estava relaxando o suficiente Hannibal começa a mover seu dedo para dentro e para fora, lentamente no começo mas aumenta a velocidade a cada estocada

-ah! Hannibal!!

Minutos depois Hannibal sente que um dedo não era o suficiente, e logo coloca mais dois, oque acaba acarretando em um gemido um pouco mais alto que o normal vindo de Will que no segundo em que o barulho sai de sua boca ele a fecha rapidamente

Sentindo que Will já estava esticado o suficiente, Hannibal retira seus dedos fazendo Will lamentar a falta dos dedos dentro dele, mas sem dar espaço para Will sentir falta de algo dentro de si, Hannibal alinha seu membro com a entrada bastante esticada do amante - logo após passar mais uma boa quantidade de lubrificante, afinal ele não gostaria de machucar o noivo

-Respire fundo meu amor, isso pode doer. - Hannibal sabia que Will sabia disso, mas reafirmar não custava nada

Assim que Will puxa uma boa quatidade de ar para os seus pulmões Hannibal avança e guia seu membro para dentro do pequeno e esticado buraco do Graham que engasga com a intrusão não tão repentina, parando um pouco para fazer Will se acostumar com seu pênis dentro dele, mas logo começando a se movimentar lentamente dentro do Graham

As estocadas começando de forma lenta, lembrando cada vez mais Will da última vez que fez sexo com Hannibal - e que também fora sua primeira vez com um homem - mas para o grande deleite de Will, a estocadas ganham força e velocidade a cada segunda, até chegarem no ponto de deixar marcas vermelha na pele quase pálida do Graham

-Arg!!! Porra... mais rápido Hannibal! - exige Will e quem era Hannibal para desobedecer

De segundo em segundos as estocadas ganham força e velocidade, fazendo não só Will mas Hannibal também gemeram um pouco mais alto que o indicado com um bebê em casa, mas no momento havia só eles no mundo e apenas eles. Will se deixava consumir pelo pênis de Hannibal o preenchendo enquanto Hannibal se deixava consumir por seu pênis preenchido Will, não dava para distinguir quem era quem, ou onde começava Will e terminava Hannibal, eles estavam unidos não só pelo coração mas também pela carne

O corpo de Hannibal se arrepia completamente e ele sente seu clímax chegando.

-Estou perto querido! - anuncia Hannibal em meio a um grunhido

Desejando chegar ao mesmo tempo que seu amante, o Lecter leva sua mão até o pênis ainda completamente ereto e vazando do Graham começando a masturba-lo no mesmo ritmo de seus estocadas e até com a mesma força. E após minutos fazendo isso, ambos os homens atingem seu limite e se derramam, Will se desfaz na mão de Hannibal sujando a sua barriga no processo, já Hannibal se desfaz na camisinha completamente dentro do Graham, e ambos não deixavam de gemer de forma brutal no momento em que o líquido branco espesso sai deles

Caindo na cama com Will nos braços, Hannibal o puxa para mais perto de si mesmo até as costas nuas do Graham encostarem no peito nu do Lecter, ambas as respiração estavam ofegas mas mesmo assim Hannibal arruma fôlego para falar

-Eu amo você.

-Eu também te amo. - responde Will sem hesitar

 

...

 

O brilho do notebook a sua frente era quase cegante - principalmente para sua visão quase debilitado, afinal ele não estava ficando mais jovem - mas isso não o impediu de ler e reler a notícia a sua frente, perguntando-se como e quando Freddie louds havia conseguido essas informações. Como se fosse uma deixa para faze-lo tirar os olhos da tela do aparelho, seu telefone toca oque o faz olhar rapidamente na direção dele e ver o nome "Dra. Bloom" brilhar na tela, suspirando Jack pega o celular e atende a ligação

-Você viu? - sem qualquer tipo de comprimento, Alana vai direto ao assunto

-Sim. - responde Jack simplesmente - Mas me pergunto como ela ficou sabendo disso? Mason tem alguma coisa haver com isso?

-Sim. Ele achou que isso podia servir como uma "alfinetada", mostrando tanto ao Hannibal quanto a Will que ele estava pronto para usar todos os recursos que tinha, incluindo o bebê. - explica Alana se sentindo enojada por expor um bebê tão novo dessa forma

-Eu já deveria ter imaginado isso. - suspira Jack, ele não se importava muito com a exposição tanto de Will quanto do bebê, a única coisa que ele queria era Hannibal capturado e se essa fosse a única maneira ele apoiaria - Alguma novidade além disso?

-Duas, descobrirmos o paradeiro de Will, ele se hospedou em um hotel em Palermo logo antes de um assassinato não tão comum ser divulgado pela mídia, além disso nos vemos que a reserva do hotel dele foi cancelada no mesmo dia em que ele fora visto por um investigador na cena do crime. - diz Alana é Jack suspira mais uma vez com um sorriso em seu rosto

-E vocês acham que quem cometeu esse assassinato foi Hannibal e que Ele é Will já se encontraram. - não era tecnicamente uma pergunta então Alana não sentiu necessidade de responder - Você disso que havia descoberto duas coisas, qual é a segundo?

-O investigar que afirma ter visto Will, nos contatou e afirmou que Hannibal estava se passando por um membro muito importante de algum lugar cultural de Florença, e que ele pode capturá-lo pelo preço certo. - Jack não havia ficado impressionado, já que ele mesmo viu a recompensa que Mason estava dando a qualquer um que pudesse capturar e trazer Hannibal vivo para ele, muito mais que o fbi podia oferecer se o Crawford fosse totalmente sincero

-Não podemos comemorar ainda, temos que ver se esse investigar esta realmente falando a verdade. - fala Jack se mantendo com o pé no chão e tentando se atentar aos fatos, denúncias falsas eram bem recorrentes principalmente com dinheiro envolvido e essa podia ser só mais uma

-Eu sei, e esse é um dos motivos pelo qual eu estou te ligando. Mason quer que você viage até Florença e fique de olho nesse investigador, seu nome é Rinaldo Pazzi. - Jack fica em silêncio após a proposta de Alana, enquanto seus olhos vagam por seu quarto até pararem em sua cômoda

É lá estava um lindo vaso na cor verde escuro com alguns adornos pra deixar um charme, dentro do pote de porcelana estavam as cinzas de sua falecida esposa que em seu último desejo havia pedido a Jack que fosse cremada e que suas cinzas fossem jogadas no lugar em que se conheceram. O Crawford encara o vaso por mais alguns segundos, antes de uma determinação bem comum o encher

-Bem... então próxima parada Florença, Itália!

 

Continua.

Chapter 9: Capítulo nove

Notes:

E finalmente depois de meses cá estou eu com mais um capítulo de Happy Ending. E sim, eu sei que já faz muito tempo, mas o que eu posso fazer se o ensino médio é difícil? Kkkk. Eu espero que vcs não tenham desistido da fic, hehe.

Acho que é o suficiente. Fiquem com o capítulo.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

O choro quase imperceptível de um bebê e o que acaba acordando Hannibal, e o Lecter não se incomoda nem um pouco com isso, afinal o bebê é o homem ao seu lado mostravam que após tanto tempo ele finalmente tinha sua família junto a ele denovo. Sorrindo, o ex-psiquiatra levanta-se vagarosamente da cama enquanto da mesma forma tirava seus braços de cima do noivo para não acorda-lo

Assim que seus pés descalço ficam firmes contra o chão, Hannibal calça suas chinelas e caminha até o closet tirando de uma de suas gavetas não só uma cueca como também uma calça de moletom, com uma aparência minimamente decente o Lecter volta para o quarto onde pega a babá eletrônica, verificando-a e vendo que sim, Dylan havia acordado e por algum motivo estava chateado com um isso

Hannibal passa alguns mínimos segundos em pé em meio ao quarto enquanto olhava para Will, ponderando se deveria ou não acordar outro homem, mas ele não passa nem um minuto com esse pensamento em mente até desistir do mesmo por completo - já que Will havia passado um pouco mais de dois meses cuidando do bebê sozinho, e agora era a vez de Hannibal assumir de vez o papel do pai da criança

Com um último sorriso para o noivo, Hannibal sai do quarto de forma silênciosa e com o mesmo ritmo ele fecha a porta, caminhando em dirão ao quarto ao lado o lecter abre a porta vagarosamente apenas para um sorriso instantâneo aparecer em seu rosto ao ver o pequeno bebê no meio da enorme cama mechendo seus pequenos e rechonchudos bracinhos enquanto seus pequenos resmungos ficavam gradativamente mais altos

Ao ver que o bebê estava devidamente acordado e atento a todo e qualquer barulho ao redor, Hannibal começa a caminhar um pouco mais rápido em direção a cama, ao chegar perto o suficiente ele estende os braços e pega o bebê que chorava de uma maneira histérica agora - fechando brevemente os olhos, o Lecter tenta se acostumar com o barulhos enquanto um cheiro extremamente desagradável chegava ate suas narinas, um dos motivos do choro, presume o homem

Na noite anterior, quando Will estava pondo Dylan para dormir ele havia posto alguns itens de higiene do garoto na cômoda do quarto, e assim que o bebê está em seus braços Hannibal vai até a dita cômoda e pega uma frauda, talco, e lenços umedecidos junto de uma roupinha nova para o bebê

De maneira minuciosa o Lecter limpa o filho e o troca, ao terminar de fazer isso Hannibal o pega no colo mais uma vez e os leva para fora do quarto - mais precisamente em direção a cozinha - seus movimentos nada sutis fazem com que Winston que estava na porta do quarto acorde e os seguir. Um incômodo se instala em Hannibal ao ver o cachorro andando por seu apartamento, mas ele o ignora porque ele sabe o quão bem Will cuida dos seus cachorros, e que o Graham não deixaria que algum animal que pudesse passar alguma doença perto do filho

Já na cozinha, Hannibal pega uma das mamadeiras de Dylan e a põe na ilha da cozinha, pegando alguns outros utensílios essenciais o Lecter começa a preparar o café da manhã do garoto - uma parte dele gostaria de dar alimentos sólidos ao menino, mas ele sabia que essa fase não havia chegado - em poucos minutos a mamadeira antes vazia de Dylan, agora transbordava de leite em uma temperatura perfeita

Equilibrando o menino com apenas um braço, Hannibal leva a mamadeira a boca de Dylan que automaticamente abre sua boca e começa a sugar o líquido do recipiente. Sorrindo, o Lecter mal percebe que sua mente o estava arrastando para os corredores de seu vasto palácio em sua memória. Onde ele de forma inevitável encontra a si mesmo - só que bem mais jovem - alimentando sua irmã, que deveria ser um pouco mais velha que Dylan

Hannibal a vê claramente com seus olhos um tom mesclado de castanho e loiro com uma roupinha fofa de bebê e os olhos fechados enquanto apreciava o conteúdo da mamadeira, a memória em si não é dolorosa - de forma alguma - mas mesmo assim ainda deixa o coração do Lecter apertado, não o suficiente para faze-lo se desligar da tarefa em mãos mas o suficiente para fazer o seu sorriso antes de pura felicidade se transforma em um nostálgico

Minutos depois a memória some vagarosamente e ao mesmo tempo o bebê termina de sugar o leite de sua mamadeira, e no instante em que o líquido some por completo Hannibal a tira da boca do garoto e o faz arrotar. Patas batendo contra o chão de cerâmica chamam a atenção do Lecter, que instantaneamente olha para o chão no momemto em que Winston chega e bate seu focinho em sua perna

-Está com fome? - o choramingo que Hannibal recebe e resposta o suficiente

Abaixando-se para poder ficar na altura do pequeno armário em baixo da pia, Hannibal tira o pequeno saco de ração que Will havia posto ali na noite anterior, colocando o saco de plástico ao seu lado o lecter muda seu foco para o recipiente mediano que Will havia utilizado para por a comida de Winston na noite passada, pondo o pote ao lado da pia e fechando o armário, Hannibal pega em suas mãos o saco de ração e sem dificuldade alguma o abre com apenas uma mão é despeja o conteúdo na pote e sem esperar por convite Winston começa a comer sua ração.

Calmamente Hannibal se levanta de sua posição anterior e olha para o bebê em seu colo que o olhava com curiosidade, sorrindo para o menino Hannibal os leva mais uma vez até o corredor onde os quartos ficavam e caminha em direção ao quarto que Dylan estava anteriormente, o Lecter esperava que Will tivesse trazido algum brinquedo para o menino, já que Hannibal - por motivos óbvios - não tinha esse tipo de coisa em sua casa

Ao chega no quarto o ex-psiquiatra se dirige até o local onde Will tinha deixado uma pequena bolsa com algumas coisa de Dylan - já que a mochila principal estava no quarto onde o Graham dormia, e Hannibal não queria arriscar acordar-lo - vasculhando rapidamente a pequena bolsa, o Lecter acha um pequeno alce de pelúcia, Hanniba não pode evitar levantar uma sobrancelha para o brinque mas logo ele esquece e o entrega o brinquedo para o bebê que o olha com os olhos arregalados enquanto agarrava a pelúcia com toda sua força

Sorrindo para o filho, Hannibal os leva denovo para sala. Assim que o lecter sai do corredor e põe seus pés na sala, o barulho da campainha ecoa pelas paredes do apartamento, fazendo a expressão antes feliz e relaxada do homem ser substituído por uma de indiferença, caminhando a passos lentos e imperceptíveis até a porta Hannibal olha pelo olho mágico para descobrir quem estava tocando a campainha.

Para surpresa do Lecter, quem estava tocando sua campainha não era ninguém mais ninguém menos que, Chiyo. Um sorriso de lado brota em seus lábios enquanto ele abria a porta e ficava cara a cara com a asiática pela segunda vez

-Olá Chiyo, o que lhe traz aqui? - comprimemta Hannibal educadamente

A mulher não muda nem um milímetro de sua expressão enquanto olhava para Hannibal de cima abaixo, analisando cada parte dele minuciosamente como se buscasse alguma coisa, logo após terminar sua "inspeção" , Chiyo volta a olhar para Hannibal

-Nunca pensei em ver você agindo como pai, não depois de Mischa. - diz Chiyo meio que suavizando seu rosto e alternando seu olhar entre Hannibal e Dylan

-Eu fui pai, depois de Mischa e antes de Dylan. - confessa Hannibal lembrando-se de sua filha falecida

-Ela está morta? - questiona Chiyo de forma direta

-Sim. Abigail podia não ser nossa filha de sangue, minha e do Will, mas era nossa filha. - diz Hannibal em um simples suspiro - Mas você gostaria de entrar?

-Não. - responde a mulher rapidamente - Eu vim apenas para me despedir, e entregar isso.

Com um sacola em mãos, Chiyo estede o braço e a entrega a Hannibal que prontamente a pega e olha para dentro, apenas para ver uma caixa embrulhada com um papel de presente azul com diversos veículos nele.

-Pode me dizer o que é? Ou é surpresa? - questina Hannibal sorrindo

-Apenas alguns livros de história infantis, o vendedor disse que isso é bom para o desenvolvimento de bebês. - responde Chiyo dando de ombros

-Obrigado. - agradece Hannibal sorrindo genuinamente para a mulher - Vai voltar para a Lituânia?

-Não, não a nada mais para mim lá. - nega Chiyo balançando a cabeça de um lado para o outro - Adeus Hannibal.

-Até logo Chiyo. - por mais que Chiyo não planeja-se reencontrar Hannibal tão cedo, o Lecter sabia que eles se veriam novamente, era só questão de tempo

Ignorando a despedida de Hannibal, Chiyo pega sua mala que estava ao seu lado e se vira ficando de costas para o ex-psiquiatra enquanto começava a caminhar. E apenas nesse instante, e só nesse momento, ela se sentia verdadeiramente livra do enorme fardo que o Lecter a havia feito carregar por décadas, agora Chiyo sentia que finalmente poderia respirar, afinal ela estava livre

Livre

...

 

Os pequenos mais brilhantes raios de sol entram pela fresta da janela e por azar colidem diretamente com os olhos de um Will adormecido, que franze as sobrancelhas estranhando a claridade o
que o faz abrir vagarosamente os olhos, piscando-os repetidamente para se acostumar com a claridade e o fato de estar acordado

Utilizando os braços como apoio, Will tenta se sentar na cama, mas a dor em seu quadril não só o impede como o lembra das suas atividades na noite anterior. Bufando o Graham vira seu rosto para poder encontrar seu noivo que deveria estar ao seu lado, apenas para encontrar o local completamente vazio, franzindo mais uma vez as sobrancelhas Will meio que engatinha para o lado da cama onde Hannibal esteve para poder ver a hora, já que o despertador estava daquele lado, ao ver que horas eram seus olhos se arregalam e ele praticamente pula para fora da cama

Mas no instante em que seus pés tocam o chão frio, um choque de dor passa de seus quadris até toda a extensão de seu corpo fazendo-o parar seus movimentos instantaneamente. Por mais que a dor não se compare com todas as que ele já sofreu no passado, ela ainda dói, Will mesmo não gostando muito do incômodo que a dor causa ele se recusa a voltar e se deitar na cama. O Graham apenas fica parado em silêncio ao lado da cama, tentando prestar atenção a todo e qualquer barulho que seus ouvidos pudessem captar

Um arrepio passa por sua espinha ao notar o estranho silêncio em um apartamento que continha um bebê de quase três meses, respirando fundo Will ignora sua dor e começa a caminhar para fora do quarto - depois de pegar um roupão para esconder sua nudez, obviamente. Mil e um cenários do pior ao mais pior possível passaram por sua mente enquanto ele caminhava até a saída do quarto, o medo de que algo tivesse acontecido com seu noivo, cachorro e seu filho o inundava a cada passo para fora do cômodo

Assim que o Graham chega a uma distância razoável da porta, ele estende a mão e rapidamente abre a maçaneta e sai da suíte. E mais uma vez não havia nada além de ruído branco em todo o apartamento, e isso faz com que todos os sinais de alerta em Will disparam ao mesmo tempo, fazendo-o ignorar sua cautela e dor e correr o mais rápido que podia em direção a sala - ele se amaldiçoa por ter posto sua arma dentro da mochila e não na mesa de cabeceira

O que o Will vê ao passar pelo corredor e finalmete chegar a sala de estar, não é nada do que ele esperava, atrás do balcão que separava sala e cozinha estava seu noivo, Hannibal com o filho deles no colo enquanto apontava os ingredientes de qualquer comida que ele esteja fazendo e dizia os seus nomes, enquanto o bebê que mal segurava o próprio pescoço encarava com o máximo de atenção que tinha. A visão faz o enorme medo que antes residia no coração de Will se dissipar rapidamente e ser substituído por felicidade e conforto

-Ah, bom dia querido. - Hannibal fala sorrindo ao levantar a cabeça e finalmete o notar

-Bom dia, porque não me acordou? - não era uma pergunta acusatória, era apenas uma pergunta cotidiana

-Você estava tão em paz que eu não quis perturbar o seu sono, aliás está na hora de eu compensar dois meses de abandono. - por mais que não fosse sua intenção, Hannibal diz a última parte com um claro desgosto

-Não é sua culpa, você não sabia que eu estava esperando. - suspira Will andando calmamente em direção ao noivo, parando brevemente para acariciar o pelo de Winston que dormia pacificamente no sofá

-Eu sei. Mas uma parte de mim não aceita que eu deixei você passar nove meses sofrendo com as consequências da gravidez e mais dois meses lidando com um bebê recém nascido sozinho. - exala Hannibal frustrado

-Foi extremamente difícil, isso eu não posso negar. - concorda Will se esforçando para não se lembrar da dor e dos seus piores momentos em sua gravidez - Mas isso são tempos passados, nosso foco no momento deveria se no nosso futuro, como uma família

Assim que Will chega perto o suficiente de Hannibal, ele põe sua mão não peito do Lecter e termina sua fala. Hannibal fecha os olhos e respira fundo, sorrindo pequeno ao abri-los novamente e olhar para o amado e logo depois olhar para o seu filho, Hannibal repete

-Como uma família.

 

...

 

As horas se passaram muito mais rápido do que qualquer um pudesse perceber e logo eles estavam a caminho do trem para voltarem a Florença e sua família finalmente se estabelecer, Will aperta a mão de Hannibal enquanto olhava pela janela do carro alugado, milhões de cenários sobre o futuro deles passando por sua mente enquanto os prédios e casas com uma linda arquitetura passavam por seus olhos

-No que você tanto pensa? - sussura Hannibal muito consciente do bebê que dormia pacificamente no banco de trás

-Em nada em particular, apenas em como eu estou feliz por estarmos juntos. - diz Will no mesmo tom de voz de Hannibal virando-se para olha-lo e sorrindo

-Will, querido. Eu odeio estragar sua felicidade, mas a algo importante que precisamos conversar. - o medo e dúvidas brilham nos olhos de Will, até Hannibal terminar de falar - Aquela matéria escrita por Freddie parece um aviso para nós.

-Aviso? - pergunta Will balançando a cabeça para dissipar os pensamentos negativos anteriores

-Sim, como se alguém nós dissésse que não hesitaria em usar tudo e qualquer coisa que tenham para nós ou me capturar. - o aperto na mão de Hannibal aumente e Will muda seus olhos para a estrada mais uma vez, Hannibal o olha pelo canto do olho rapidamente diversas vezes, mas ainda com o olhar focado na estrada e nos carros a frente

-Jack tentou usar Dylan para me fazer desistir de vir atrás de você, ele me disse que tiraria ele de mim. - conta Will com a voz sombrio, enquanto seus olhos ficavam escuros - Não me admira que tenha sido ele a revelar sobre nosso filho para Freddie e feito ela escrever aquela matéria nojenta. Além do mais, pelo o que eu saiba Mason colocou uma recompensa considerável por você vivo, ele pode tirar proveito dessa matéria

-Vocé acha que Jack é Mason poderiam estar trabalhando juntos? - questina Hannibal arqueado sua sobrancelha e com um sorriso divertido no rosto ao pensar no Verger e no Crawford trabalhando juntos

-Não, não acho que Jack desceria num nível tão baixo. - responde Will duvidando de si mesmo

-Não estou muito certo sobre isso querido, se realmente foi o Jack que contou a Freddie sobre nosso bebê eu não duvidaria de mais nada. - diz Hannibal apertando o volante é respirando fundo

-Você está certo, então devemos bolar algum tipo de plano para nos proteger? Porque como sabemos Mason não vai parar até te capturar ou nos capturar, e eu realmente não quero que ele ponha as mãos em você ou em Dylan. - fala Will extremecendo em apenas cogitar a ideia

-Sim, eu já estou elaborando algo que nos manterá seguro, não se preocupe. - Hannibal aproveita que havia parado em um sinal e vira-se para o noivo e beija os lábios dele - Agora que estamos juntos, eu não vou deixar nada acontecer com vocês.

-Fasso de suas palavras as minhas. - diz Will sorrindo e beijando o Lecter denovo

Quando sinal volta a ficar verde, Hannibal da partida no carro e continua seu trajeto até a estação de trem. O resto do caminho e gasto em um silêncio confortável entre os passageiros do carro e sem nenhum importuno vindo do bebê ou do cão que supreendemente passaram todo o trajeto em silêncio

Assim que eles finalmete chegam ao seu destino, Hannibal devolve o carro alugado enquanto Will tirava as malas do porta malas do carro - assim como seu noivo, Hannibal trouxera o necessário para Palermo então suas malas consistiam em apenas 2 mochilas

Além das bagagens, o Graham retira um carrinho de bebê que o ex-psiquiatra havia insistindo em comprar. Voltando sua atenção para os passageiros do banco de trás, Will abre a porta do passageiro no lado onde Winston estava e o deixa sair, assobiando para que o cachorro se sentasse, fechando a porta ele caminha para o outro lado do carro e abre a outra porta, tirando todos os cintos que prendiam Dylan no bebê conforto e o pondo no carrinho

-Tudo pronto? - pergunta Hannibal que acabará de sair da loja de aluguéis de automóveis

-Sim. - responde Will entregando uma das malas para

Hannibal pega a mala e a poe em suas costas, estendendo a mão agora livre em um pedido silencioso para que Will entregasse a guia de Winston - afinal o Lecter não iria deixar seu noivo empurrar o carrinho, carregar sua mala e ainda levar o cachorro, que tipo de futuro marido ele série se permitisse algo assim? - o Graham entrega a guia com um bufo e um sorriso, satisfeito com a ação, Hannibal retribiu o sorriso enquanto entrelaçava sua mão livre com a do Graham

E dessa forma ambos partem em direção ao trem, como a família que agora eram e a família que sempre deveriam ser.

 

...

A viajem de volta para o apartamento oficial de Hannibal não demora muito, na verdade, todo o percurso pareceu ser muito mais veloz do que tanto Will quanto Hannibal imaginavam e em poucos horas eles já estavam em frente, a ainda mais elegante, casa de Hannibal. O Lecter abre a porta, mostrando a Will um hall muito maior do que o do apartamento anterior, e o Graham não pode deixar de rir ao ver que seu noivo nunca irá mudar seus padrões

-Bem, obviamente eu não tenho coisas de bebês como um berço ou cadeirão então teremos que providenciar mais tarde. Tirando isso, espero que goste. - fala Hannibal enquanto eles entravam dentro do apartamento

-Seria estranho se você tivesse essas coisas. - diz Will franzindo a sobrancelhas mas sem tirar o sorriso do rosto - E sim, eu gostei da sua casa.

-Nossa casa, querido, afinal você é meu noivo e meu futuro marido, ou seja, tudo o que é meu e seu, e vice-versa. - afirma Hannibal segurando as mãos de Will e dando um leve beijo em seus lábios, abaixando-se um pouco ele beija suavemente a testa do bebê que os encarava com curiosidade

-Sim, erro meu, nossa casa. - fala Will se corrigindo

-Ótimo! - exclama Hannibal beijando de uma forma ainda mais apaixonante os lábios do noivo que perde quase que completamente o fôlego - O quarto principal fica no corredor virando a direita, você pode deixar suas coisas lá, enquanto eu fasso o jantar, tudo bem?

-Sim, sim. - fala Will meio tanto pela falta de ar, enquanto soltava as mãos de Hannibal relutantemente, mas antes de desaparecer pelo corredor junto com Dylan, ele se vira para Hannibal e fala novamente - E Winston? Onde ele irá ficar?

-No momento, na área de serviço. - responde Hanniba acariciando os pelos do cachorro que esfrega o focinho na sua mão

Will concorda e continua o seu trajeto até o quarto onde irá ficar a partir de hoje. A vida do Graham finalmente estava caminhando para o lado certo, e as coisas que antes pareciam erradas agora só dão a Will a mais pura felicidade e certeza de que se ele tivesse tomado uma decisão diferente ele não estaria aqui agora.

Suspirando, Will pela primeira vez em anos agradece a quem quer que esteja ouvindo-o por ter colocado Hannibal, Dylan e Winston em sua vida.

Will agora poderia viver me paz.

 

....

 

Voltar para Florença deu a Jack diversos tipos de emoções, tanto boas quanto ruins, e também reacendeu memórias que o Crawford a muito tempo havia esquecido - memórias essas que apareciam mais a cada passo que ele dava para dentro da cidade.

Mesmo com carros e outros veículos indo de um lado para o outro a cidade não perdia o seu ar simples e muito menos sua capacidade de amansar o coração pesado de Jack, e por esse simples motivo o agente tomou a decisão de caminhar em vez de alugar um carro ou pegar um táxi

Ter a chance de capturar Hannibal não fora o único motivo pelo qual Jack fizera toda essa viagem, o agente percorreu dos EUA até a Itália para poder jogar as cinzas de sua amada Bella no local onde se conheceram - um local extremamente digno para sua esposa "passar" a eternidade - junto às cinzas, o Crawford joga sua aliança de casamento, beijando-a suavemente antes

Assim que o pequeno barulho do metal da aliança batendo contra a água chega aos ouvidos de Jack, as memórias de sua vida com Bella inundam sua mente e ele sorri.

-Jack Crawford? - a linha de pensamento de Jack e completa interrompida com a chegada de um homem que o agente já esperava ver

Respirando fundo, o Crawford se vira para encarar o dito homem

-Rinaldo Pazzi, eu presumo? - comprimenta Jack estendendo a mão, que Rinaldo prontamente aceita e a aperta firmemente

-Eu mesmo. - afirma Pazzi sorrindo de lado - Se não for incômodo, eu gostaria de perguntar, o que leva um agente bem renomado do fbi a se juntar com um caçador de recompensa?

-Posso perguntar o mesmo sobre você Rinaldo. - Jack solta as mãos e as deixa cair ao lado do seu corpo

-Somos diferentes agente Crawford, você é bem renomado eu não. - diz Rinaldo de forma depreciativo - Entretanto, não é para isso que estamos nos encontrando aqui.

-Não mesmo. - nega Jack balançando a cabeça de um lado para o outro - Sua pista sobre Hannibal Lecter e real ou só mais uma invenção?

-Mais real impossível. - fala Pazzi com confiança e um sorriso de canto no rosto - Eu até encontrei o marido dele, o senhor Graham.

-Não vim aqui para saber do Will, e sim do Hannibal. Agora preciso de alguma prova do que você está me dizendo. - pressiona Jack cansado dos rodeios do homem

-Claro, você poderia me acompanhar? As provas estão em um lugar bem guardado na minha casa. - diz Rinaldo virando-se é olhando para Jack por cima dos ombros

-Tudo bem. - concorda Jack com os olhos semiserrados enquanto começava a caminhar junto a Rinaldo

O agente sabia que estava arriscando o seu pescoço ao seguir esse homem até sua casa - era praticamente senso comum não seguir estranhos para lugares privados, principalmente a casa deles, mas como tempos desesperados pedem medidas desesperadas, Jack decide seguir Rinaldo mesmo assim. Apalpando sua cintura, Jack sente a sua pistola firme no coldre e a tensão em seus ombros se alivia um pouco.

Silenciosamente eles caminham até o carro de Pazzi que estava estacionado a alguns metros da ponte, e novamente Jack apalpa o local onde a arma estava totalmente presa em seu coldre - novamente, o Crawford pensa estar arriscando demais apenas ara encontrar um psicopata, mas logo ele muda esse pensamento afinal ele não tinha realmente nada a perder - suspirando Jack para em frente a porta do carona e espera Rinaldo chegar até a porta do condutor e destravar o carro

Assim que ambos estão dentro do veículo, Rinaldo da partida e os põe na estrada.

Chegar na casa de Pazzi não fora realmente tão complicado, o trânsito estava bom o suficiente para não ter congestiona nenhum, então a viagem fora mais rápida do que esperado. Ainda desconfiado Jack segue Rinaldo até a porta da casa, e assim que o homem abre a porta uma mulher um pouco mais jovem que ambos aparece e comprimenta Rinaldo com um beijo, e olha para Jack com um sorriso

-Agente Crawford? - fala a mulher os conduzindo para dentro da casa

-Sim, eu mesmo. - confirma Jack sorrindo educadamente

-Querida, Jack e eu iremos trocas pistas sobre o novo caso no porão, depois conversamos ok? - diz Rinaldo guiando Jack até a porta do porão

-Tudo bem, nos vemos depois. - fala a mulher caminhando até a cozinha

Chegando em frente a uma porta logo abaixo da escada, o Pazzi tira um molho de chaves de seu bolso e passa alguns segundos procurando a chave certa, assim que ele a acha, ele a usa na porta abrindo-a rapidamente e entrando da mesma forma, com Jack logo atrás. Já no porão, Rinaldo clica em um interruptor e as luzes do local acendem, mostrando ao Crawford uma parede cercada de fotos dos muitos crimes do Hannibal em várias partes do mundo.

Jack consegue até distinguir alguns que ele mesmo investigou em seu tempo como agente, e inevitávelmente seus olhos param na foto daquele que ele com a ajuda de Miriam Lass investigaram, por alguns segundos o Crawford afunda em seus pensamentos mas logo volta ao normal quando Rinaldo chama o sei nome

-Jack? - questiona Rinaldo com uma sobrancelha arqueada

-Vocé está investigando ele a bastante tempo, não é? - pergunta Jack cruzando os braços e olhando de forma minuciosa para cada foto que estava na parede

-Sim, desde que ele veio para cá. Mas essa não é a parte importante, essa é a parte importante. - diz Rinaldo virando-se é apontando para uma parede ao lado onde fotos mais novas do que as outras estavam interligadas - Agora você acredita em mim?

 

-Talvez.

 

Continua

Notes:

Só eu que achei muito fofo o Hannibal cuidando do Dylan?🥹 e também eu fiquei esse capítulo interior imaginando o Hannibal com toda a elegância dele trocando um bebê melado de cocô, por algum motivo isso pareceu hilário na minha mente kkkkkk

E esses caras viu, não cansam de ficar atrás do Hannibal e do Will, os hannigram devem passar o dia todo com as orelhas queimando ksksksk

Bem, até o próximo capítulo bye👋👋👋

Chapter 10: Capítulo dez

Chapter Text

Rinaldo dedicou o resto da tarde inteira apenas para explicar da forma mais detalhada possível todos os pontos nas fotos em que Hannibal aparecia, algumas das fotos quase não davam para distinguir o rosto do homem já outros estavam tão nítidas que pareciam que ele estava realmente lá os vendo, Jack como um bom ouvinte realmente presta atenção aos mínimos detalhes que Rinaldo lhe mostrava é contava - alguns dos quais o Crawford obviamente sabia, mas escolheu omitir essas informações

Os agentes nem se tocaram que o tempo estava passando, e em poucos minutos o sol que antes estava brilhando fortemente acima deles se põe e dar lugar a uma linda lua cheia e a um belíssimo céu repleto das mais diversas estrelas e constelações, a consciência do tempo só volta até eles quando esposa de Rinaldo bate na porta informando-o que o jantar estava pronto, com uma resposta rápida, Pazzi volta a conversa com Jack.

-Então... O que me diz? - Rinaldo questiono, virando-se e guardando algumas fotos que havia pegado para dar mais ênfase à sua explicação

-Você se dedicou bastante mesmo esse caso entrando em seu departamento apenas a alguns dias. - afirma Jack crusando os braços e sem tirar os olhos das costas de Pazzi

-Na realidade, e o conheci, quando ele era mais novo, a 20 anos atrás. - informa Rinald mastigando o ar é sentindo um gosto terrível de ferro em sua língua

-Eu estou ciente, estudei alguns casos "similares" aos do estripador antes de assumir o caso, e seu nome estava em um deles, vocês o chamará de "il monstro" eu presumo? - diz Jack com uma pronúncia de italiano impecável

-Sim, este foi um dos muitos nomes que ele recebeu. - concorda Pazzi - Ainda não me conformo como não consegui pega-lo naquele caso, estávamos tão perto sabe? Só precisávamos que ele desse um pequeno deslize para que assim pudéssemos pega-lo.

-Esse foi o seu erro. - aponta Jack e Rinaldo inala uma boa quantidade de ar em descrença e pronto para rebater a afirmação do Crawford - Hannibal Lecter quase nunca comete erros.

O "quase" proferido por Jack vem carregado de recentimento e dor ao mesmo tempo que uma sensação quase vitoriosa o acompanhava, decidido a ignorar o "insulto", Rinaldo foca no mais importante

-Como assim "quase"? - questina Rinaldo virando-se é deixando sua tarefa de guardar as fotos de lado, enquanto se virava para encarar o agente que agora parecia estar quase divertido com sua clara confusão

-Me impressiona que mesmo depois dessa investigação minuciosa sobre ele você não tenha descoberto a informação mais óbvia. - pela primeira vez Jack escolhe provocar alguém antes de realmente ir direto ao ponto

-E que informação é essa? - Rinaldo estava a beira de perder a paciência, mas ele se controle, não cairia nada bem em sua ficha já em ruínas uma nota dizendo que ele agrediu um agente do fbi

-Ele se apaixonou. - isso é o suficiente para pegar Rinaldo de surpresa e faze-lo exalar bruscamente, enquanto Jack tenta não vomitar quando não só essa frase sai da sua boca como também a próxima - ou você realmente achou que Will Graham escapou dele por sorte?

-Ele é um claro psicopata, psicopata não tem sentimentos! - nega Rinaldo duvidando um pouco da afirmação de Jack

-Acho que está mais do que na hora de percebermos que Hannibal não é um psicopata convencional. - afirma Jack que estava super consciente deste fato - Além do mais, Will e ele possuíam um filho juntos, um menino de aproximadamente dois meses cujo o nome não conseguimos obter ainda.

-Se vocês sabem de tudo isso, como não conseguiram pegá-lo ainda? - desafia Rinaldo escondendo sua surpresa com tal afirmação, bem pelo menos isso explicava a constantes visitas do Graham na capela com um bebê no colo, eles provavelmente estavam procurando por Hannibal

-Sabemos de tudo isso porque alguns dias antes de Will partir em busca do Hannibal eu o confrontei e ele me contou sobre o bebê, mas obviamente não sobre a localização deles, e desde então estamos perseguindo qualquer rastro dele e dessa forma viemos parar aqui, já que a última localização que temos dele é em um apartamentos próximo a capela normando. - explica Jack resumidamente com todos os detalhes que ele achou serem cruciais

-Como não conseguiram o nome do bebê? Pensei que o fbi tinha poder para tudo. - questina Rinaldo passando de um desafiador para um curioso genuíno

-Não conseguimos autorização para tal investigação, visto que não há nenhuma prova concreta que indique que o outro pai do menino seja o Hannibal. Além disso por algum motivo Mason não quis contratar um hacker ou algo do gênero para descobrir essa informação, ele disse algo como "Perguntarei o nome do pirralho cara a cara".

-Uhm, estão diga ao senhor Verger para não se preocupar, levarei Hannibal e sua família até ele o mais rápido possível. - a confiança vaza da voz de Rinaldo, e Jack não pode deixar de sentir pena

-Se você diz. - antes que Jack possa adicionar mais coisas a conversa deles, a esposa de Rinaldo os chama mais uma vez e dessa vez ela avisa que o jantar estava esfriando

Com uma última olhada nas diversas fotos que cercavam toda a parede a sua frente, Jack começa a seguir Rinaldo até a parte de cima da casa. O Crawford pensa que talvez toda esta viagem não tenha sido uma total perda de tempo.

 

...

 

Um silêncio confortável tomou conta do apartamento - que de agora em diante será a nova casa de Will e Dylan - por que praticamente todos que estavam dentro do apartamento estavam em um sono profundo, um sono onde nem o maior ruído externo ou interno é até os pesadelos não poderiam quebrar. Hannibal era o único que ainda se mantinha acordado, um instinto protetor se instalou em seu peito, dizendo-lhe que ele precisava zelar o sono de sua pequena família - mesmo que isso prejudicasse o seu

A luz extremamente brilhando que vinha do tablet acabou sendo sua única companhia nessa noite longa, seus olhos examinaram diversas vezes a reportagem postada por Freddie Lauds, em busca de qualquer coisa que indicasse que alguém já sabia do paradeiro deles. Mas para o desgosto do Lecter, ele não encontrou nada.

Hannibal sabia perfeitamente que tanto Mason quanto o fbi estavam o caçando como se ele fosse um animal, e por mais que a fuga e toda a coisa de se esconder e utilizar identidade falsa devesse ser algo cotidiano para ele, o Lecter não poderia deixar de se preocupar, principalmente com o fato de que ele tinha um bebê que nem segurava o próprio pescoço direito para pensar. Tudo isso, fazia com que Hannibal buscasse diversas maneiras de escapar dessa vida - caso necessário - ele pensava em todo o tipo de coisa que faria caso o fbi ou Mason chegasse perto demais

O ex-psiquiatra não temia ter que matar alguém caso necessário, muito pelo contrário, ele até ansiava por isso, o que deixava o Lecter inquieto é o fato de que talvez toda essa história de se manter escondido e de viver fugindo fosse demais para Will aguentar, Hannibal temia que seu amado o largasse mais uma vez e desse vez levasse o filho deles juntos. Um suspiro cansado escapa dos seus lábios enquanto ele fechava os olhos com força, não era comum para Hannibal ter esses sentimentos negativos, afinal ele confiava segamente em sua capacidade de se esconder, mas ainda assim a insegurança o assolava

Suspirando mais uma vez, o Lecter decide deixar seu tablet de lado para poder finalmente deitar em sua cama, é dormi ao lado de Will é Dylan, que já estavam totalmente imersos no mundo dos sonhos. Com passos lentos é calculados Hannibal vai se aproximando cada vez mais da cama, onde a sua pequena família estava dormindo confortavelmente - realmente, foi uma ideia esplêndida deixar Dylan dormir junto a eles

Assim que ele chega perto o suficiente da cama, Hannibal se senta nela, tirando os chinelos do pé e se deitando lentamente ao lado de Will. Com toda a calma e paciência que conseguia reunir, o Lecter pegou o cobertor em mãos, cobrindo não só a si mesma, mas também Will e Dylan. Logo após isso, Hannibal passo os braços pela cintura de Will, aproximando as costas do noivo de seu peito e põe uma mão bem próxima ao corpo do bebê.

-Boa noite. - sussurra Hannibal para ninguém é particular, enquanto deixava os mares da inconsciência sucumbir sua mente exausta

 

...

 

Os raios de luz do sol não demoram a entrarem pelas pequenas frestas da cortina que cobria todas as janelas do quarto, iluminando parcialmente o cômodo. A luz não era brilhante o suficiente para acordar os adultos que dormiam confortavelmente, mas foi o suficiente para acordar o bebê que dormia junto a eles

Com certa dificuldade, o pequeno bebê abria seus lindos olhos azuis e encarava tudo e todos ao seu redor. Mesmo não entendendo o porquê de estar fazendo isso, ela sabia quem precisava encontrar. Virando sua cabeça para o lado e olhando para os homens que dormiam profundamente, ele logo vê o que precisava, então ao notar que seu pai estava ao seu lado, Dylan estica seus pequenos bracinhos em busca de poder tocar o seu pai.

Quando a mãozinha do menino alcança a bochecha de Will, ele simplesmente a põe lá, é apenas esse simples toque foi capaz de acordar o Graham, que no instante em que olhou diretamente para os olhos do filho deu um lindo sorriso.

-Bom dia pra você também, Dylan. - a voz de Will ainda estava um pouco grave por causa do sono, mas o bebê não estranhou

Tirando os braços de Hannibal de sua cintura, Will utiliza suas mãos como alavanca para se levantar é pegar Dylan no colo, o bebê por sua vez decide que esse é o momento perfeito para chorar compulsivamente, acordando seu outro pai imediatamente

-O que ele tem?! - pergunta Hannibal de forma frenética, se recuperando de sua névoa de sono rapidamente

-Nada demais, só uma frauda suja. - Will ri do nervosismo do noivo, enquanto saia da cama com Dylan no colo - Deixe que eu cuido disso.

-Certeza? - assim que se recompõe, Hannibal pergunta

-Sim. - diz Will com firmeza, já indo em direção ao banheiro onde ele tinha deixado o pacote de fraudas na noite anterior

Hannibal acompanhou cada movimento do noivo com os olhos, admirando a familiaridade de como ele se movia por seu apartamento - como se já morasse ali a muito tempo - é apenas isso é o suficiente para alegrar todo o dia do Lecter.

Assim que Will calmamente entra pela porta do banheiro ligado ao quarto, Hannibal se levanta é vai para o outro banheiro do apartamento, onde da inicio a sua higiene matinal. Após alguns longos minutos dedicados a tirar todos os vestígios de sono de seu rosto, o Lecter vai diretamente para a sua cozinha para poder iniciar os preparativos para o café da manhã, tanto dele quanto o do noivo e do bebê.

A confecção do que eles iriam comer não demora muito, afinal Dylan tomaria apenas uma boa mamadeira de fórmula, enquanto Hannibal e Will comeram a mesma coisa que Hannibal come todos os dias, ou seja ele teve apenas que dobra sua quantidade de comida e fazer uma mamadeira de fórmula. Então, assim que Will sai do corredor e vai diretamente para a cozinha, todo o café da manhã já está na mesa

-Me dê ele aqui, eu posso alimenta-lo enquanto você come. - fala Hannibal sem dar espaço para contradições e já erguendo os braços para pegar o filho

-Tudo bem. - diz Will revirando os olhos e entregando o filho para o outro pai

Logo após isso eles entram em um pequeno café da manhã silêncioso e confortável, onde eles conversavam sobre coisas banais aqui e ali, mas gastavam a maior parte do seu tempo comendo e entretendo o filho.

A familiaridade do momento não passa despercebida por Will, que apenas escolhe apreciar o momento completamente e não se deixar cair em pensamentos melancólicos, sobre como ele poderia ter tido tudo isso a um ano atrás, mas rejeitou esta maravilhoso oferta deliberadamente. Todos esses pensamentos são empurrados para os confins de seu cérebro, enquanto ele se entretia com a cena a sua frente.

Hannibal segurando Dylan no colo é limpando as bochechas sujas de leite do menino, enquanto perguntava para Will como diabos ele conseguiu se sujar se estava bebendo leite de uma mamadeira é não de um copo comum, o Graham utiliza toda sua força para não rir da pequena cena completamente fofa a sua frente.

Quando toda a situação do leite é controlada, Hannibal se senta à mesa com Dylan ainda no colo, e começa a comer seu café da manhã. Assim que a refeição estava chegando ao fim, Hannibal decide iniciar uma conversa com o noivo

-Preciso sair depois. - diz Hannibal simplesmente, é Will o olha com a testa franzida - Irei ao palazzo capponi, tenho algumas coisas a resolver por lá.

-Certo. - dá mesma maneira simples que Hannibal disse a Will, o Graham devolve, por mais que quisesse perguntar o motivo disso, já que para ele o Lecter ficaria junto a eles o dia inteiro

-Sei que você quer falar mais alguma coisa Will. Então pode perguntar. - suspira Hannibal, sorrindo para o noivo e tentando incentiva-lo

-Só... tome cuidado, ok? Aquele policial lá, o Rinaldo parecia muito empenhado em pegar você, e ele é daqui. E ainda tem Mason e o fbi. - Will deixa algumas de suas preocupações saírem, enquanto olhava fundo nos olhos de Hannibal, que ao ver a angústia do Graham segura sua mão que estava estendida em cima da mesa

-Não se preocupe. Eu vou tomar cuidado como sempre, afinal eu preciso voltar para você e para Dylan, não é mesmo? - questina Hannibal e Will rapidamente concorda, após alguns segundos acariciando a mão do noivo, Hannibal decide mudar de assunto - Enquanto eu estou fora você poderia pegar o meu cartão e comprar algumas coisas para Dylan, como um carrinho, roupas, fraudas e eticetera.

-Uhm... não sei se isso é uma boa ideia. Não sei praticamente nada de italiano, é muito menos de como andar por essas ruas. - Will faz uma careta pensando na sugestão de Hannibal

-Você se sairá bem, amor. - afirma Hannibal é Will morde a língua para não negar rapidamente - E se é com achar as lojas que você está preocupado, eu poderia muito bem te deixar em frente a um shopping quando eu estiver saindo. Que tal?

-Tudo bem. - suspira Will sorrindo

-Então esta tudo combinado, agora vamos terminar de comer.

 

...

 

Fazer compras não era bem o forte de Will. Mas mesmo com isso em mente ele ainda se esforçou para comparar o necessário para o seu filho quando descobriu que estava grávido de um menino, por mais que ele se sentisse extremamente deslocado no meio das diversas mães que estavam acompanhandas de seus respectivos maridos, ele ainda conseguiu comprar tudo o que era necessário. Entretanto quando Hannibal mencionou que eles precisavam comprar coisas para Dylan, Will tinha imaginado que o Lecter o acompanharia, só que para o seu desgosto isso não aconteceu

O Graham entedia perfeitamente que eles precisavam manter uma vida discreta e sem chamar a atenção das pessoas, e isso envolvia trabalhar, mas ele gostaria - ou melhor, adoraria - que Hannibal tirasse pelo menos mais alguns dias de folga para acompanha-lo nas compras, infelizmente está não era uma ideia a ser cogitada

Então em poucos minutos Will foi deixado por seu noivo em frente a uma longe onde tinham todas as coisas que um bebê precisaria, de roupas aos móveis para o quarto, com o próprio bebê em seu colo, o Graham respira fundo e entra dentro da loja.

O ar gelado que emanava da loja o atinge em cheio, da mesma forma que o cheiro delicado que todas as coisas de bebê tinham é captado por seu nariz. Will sente Dylan se remexer em seu colo, como se o ambiente colorido estivesse chamando sua atenção - é estava, graças a música infantil que saia dos altos falantes da loja. Adentrando ainda mais na loja, o Graham vai atrás de um carrinho que ele poderia colocar tanto o filho quanto as coisas que compraria, e em poucos segundos ele acaba achando

Com Dylan devidamente colocado no carrinho de compras, Will caminha por entre os corredores procurando todas as coisas que ele julgava serem necessárias para que o filho vivesse confortavelmente no apartamento de Hannibal - no apartamento deles, uma voz muito semelhante à de seu noivo corrige em sua mente

Enquanto pegava todo o necessários para a convivência com um bebê, Will se vê encurralado por alguém que ele só pode supor ser um funcionário da loja.

-Hai bisogno di aiuto?(Precisava de alguma ajuda?) - o italiano do rapaz o deixa confuso por alguns segundos, mas logo ele se recompõe é tenta enteder o que ele havia dito

-Sì, dove sono i presepi?(Sim, onde ficam os berços?) - Will tenta questinar o homem, com seu italiano abertamente amador

-Da questa parte.(Por aqui.) - graças aos céus o rapaz entede o que Will quis dizer e o guia para onde precisava ir

Hannibal havai dito a ele que gostaria de escolher o berços e os móveis do quarto do bebê junto a ele, mas antes disso Will gostaria de dar uma olhada nas opções que essa loja dava, tanto para berço quanto para outros móveis.

 

...

 

Um estranho sentimento tomou conta de toda a extensão do coração de Hanniba, a cada vez mais que o carro que ele dirigia se afastava do shopping em que ele tinha deixado Will. Com as sobrancelhas franzidas o Lecter tenta decifrar o que tal sentimento significa, mas ainda prestando atenção na estrada a sua frente

O sentimento parecia ser comparado a algo que ele havia sentido a muitos anos atrás, quando ainda era um garoto cuidando de sua irmãzinha, é assim que seu cérebro faz essa comparação, Hannibal logo descobre do que se tratava tal sentimento, saudade.

Por mais que não tivesse se passado nem trinta minutos desde que ele deixou Will é Dylan no shopping, a saudade ainda brotou em seu coração, deixando um enorme buraco nele. É isso foi o suficiente para deixar o Lecter incomodado, afinal o maior desejo dele no momento era estar ao lado de sua família, mas graças ao seu emprego - do qual ele nem precisava, só estava indo para manter as aparências - ele tinha que se separar deles.

Bufando, Hannibal se repreende por ter se apegado tanto a sua pequena família. Entretanto isso já deveria ser algo esperado pelo Lecter, pois Will sempre foi responsável por criar ou trazer de volta sentimentos no ex-psiquiatra, e ao que parecia, Dylan também herdou essa característica do pai.

O caminho até o Palazzo Capponi não foi tão longo, afinal após um ano indo praticamente todos os dias para o local, Hannibal já havia descoberto diversos atalhos para que pudesse chegar mais cedo que o esperado. Então em apenas alguns minutos após deixar Will é Dylan no shopping, Hannibal estaciona seu carro em frente ao seu atual emprego, para poder fazer tudo o que precisava o mais rápido possível para que pudesse ver sua família o quanto antes

Se familiarizar mais uma vez com sua área de trabalho após uma semana fora não foi nenhum pouco complicado, já que essas informações sempre ficavam armazenadas em um local de fácil acesso no seu palácio da memória, ou seja, eram muito simples de encontrar.

As horas se passaram rapidamente para a total alegria de Hannibal, que logo seria liberado de seu horário de trabalho para poder encontrar seu filho e noivo, e este novo pensamento o faz agilizar ainda mais a restauração e limpeza da linda escultura de um material semelhante ao gesso em sua mesa de trabalho. Cada pincelada dada por suas mãos tinha uma precisão absoluta, acertando o ponto certo, com a força certa, para que a poeira sair sem danificar a pequena estátua - o que não era novidade alguma, já que tudo o que Hannibal faz sempre e com a mais pura perfeição

O trabalho árduo do Lecter o fez ficar completamente imersivo na estátua, quase tirando sua percepção do mundo exterior, mas seus sentidos que foram se tornando ainda mais aguçados ao longo dos anos não desligaram por nenhum minuto, então quando alguém estava se aproximando cada vez mais dele o seu corpo o avisa é ele se prepara, já imaginando quem poderia ser.

-Doutor Fell. - a voz grave do homem vibra nos ouvidos de Hannibal, fazendo-o esconder um sorriso ao perceber que sua dedução estava certa

O homem que estava agora no Palazzo, é ninguém, ninguém menos que... Rinaldo Pazzi. A descoberta foi no mínimo cômica na opinião de Hannibal, que com um sorriso educado se virava para encarar o investigador

-Sim? - questiona Hannibal educadamente crusando suas mãos em frente ao corpo

-Sou o inspetor Rinaldo Pazzi da polícia de Florença. - explica Pazzi retirando sua identificação do bolso interno do paletó e mostrando para Hannibal, que finge analisar antes de voltar seu olhar para o rosto do homem - Queria saber se o senhor, conheceu o seu antecessor?

-Nunca o conheci. - responde Hannibal encolhendo os ombros, como se não tivesse nada a esconder - Li várias monografias dele.

Um silêncio se estende entre eles, enquanto Rinaldo não tirava os olhos de Hannibal, como se não acreditasse em nenhuma palavra que havia saído da boca do Lecter. Entretanto o ex-psiquiatra não se deixou intimidar pelo olhar intenso do inspetor é o devolvel na mesma moeda - por mais que ele pudesse ter retornado a restauração da peça é acabar o seu dia o mais rápido possível para poder encontrar Will e Dylan, ele desiste desta hipótese momentaneamente

-Os agentes reviraram o Palazzo procurando por uma carta de despedida, de suicídio... - é após algum tempo, Rinaldo quebra o silêncio iniciado - não acharam nada.

-Ouvi algumas suposições de que ele teria fugido com uma mulher e com o dinheiro dela. - diz Hannibal fingindo estar aéreo a situação

-O que se supõe sobre o caso do professor Sogliato? - questiona Rinaldo mudando o assunto após rir da constatação de Hannibal, o Lecter levanta um sobrancelha para o questionamento tô homem, mas responde mesmo assim

-Ainda nada dele? - a pergunta que saiu de sua boca quase o fez rir, pois Hannibal sabia perfeitamente onde o professor Sogliato estava

-Talvez tenha sido o último a fala com o Sogliato. O seu colega... "signor" Albizzi disse que ninguém falou com o professor sogliato, desde que ele recusou o seu convite para jantar. Ele é o segundo a desaparecer do Palazzo. - a estratégia de Pazzi para extrair informações era tão óbvia que chegava a ser cômica, e Hannibal se pergunta como Will sustentou uma conversa tão longo com este homem sem rir? Isso ele só saberá quando perguntar ao noivo

-Como todo bom investigar concertza deve estar analisado as circunstâncias para se dar bem. - Hannibal mostra a Pazzi que havia entendido muito bem o que ele estava querendo com estes questionamentos

-Ambos eram solteiros. - Rinaldo, ao que parecia, resolveu ignorar deliberadamente isso - Eruditos renomados, com vidas organizadas. Eles tinham algum dinheiro, mas não muito.

É após terminar seu pequeno monólogo, Rinaldo se vira em busca de sair do prédio e ligar para Jack, para avisar que havia sim encontrando Hannibal é que poderia entrega-lo bem vivo para Mason.

-Comendatore Pazzi! - antes que possa sair do edifício, Hannibal chama a atenção do homem

-Sim?

-Acredito que você é descendente dos Pazzi, eu estou certo? - pergunta Hannibal, pois ele sabia perfeitamente a história dessa família

-Como sabe disso? - questina Pazzi meio assustado com o quão certeiro a hipótese de Hannibal havia sido

-Você parece com um personagem dos poemas Della Robbia. Na capela da sua família, em Santa Croce. - explica Hannibal o porquê de saber as origens do homem

-É...é. Este é Andrea de Pazzi, representado como João Batista. - suspira Rinaldo, virando-se ligeiramente para olhar nos olhos de Hanniba

-E também tem o mais famoso dos Pazzi: Francesco. Ele tentou assassinar Lorenzo, o magnífico, na missa da catedral em 1478. - conta Hannibal, com o intuito de extrair alguma reação negativa do homem é humilha-lo no processo

-Toda a família Pazzi caiu em desgraça naquele domingo. - lamenta Pazzi, mas após isso começa a caminhar em direção a Hannibal - Se descobrir alguma coisa, doutro Fell, qualque coisa sobre os desaparecimentos, o senhor me liga?

-Claro que sim, Comendatore. - responde Hannibal, mas ao ver Rinaldo se virar para ir embora Lecter decide tomar uma decisão que já estava em sua mente a alguns dias, sorrindo ele segue em frente - Antes de ir, eu gostaria de lhe fazer um convite.

Pazzi levanta a sobrancelha indicando que Hannibal continuasse.

-Gastaria de jantar na minha casa está noite? - pergunta Hannibal, sorrindo minimamente para o homem enquanto se deliciava com as mudanças de expressão que ele estava tendo com apenas uma pergunta sua

-Porque o convite? Visto que acabamos de nós conhecer. - a desconfiança brilha nos olhos de Rinaldo enquanto ele falava é o sorriso de Hannibal aumente ainda mais

-Vejo que as constantes buscas pelos membros sumidos do Palazzo estão desgastando você, então eu pensei que talvez você quisesse jantar em minha casa para desestressar um pouco. Não se sinta pressionado. - explica Hannibal mentindo habilmente, como o mentiroso que é

-Você tem jeito com as palavras doutor Fell, é isso me faz pensar o porquê do professor Sogliato ter recusado o seu convite. - Rinaldo tinha a vaga ideia de que o convite não fora recusado, mas isso era apenas para fins de reter mais informação

-Ah sim. A recusa do professor Sogliato é pelo fato de minha família ser pouco convencional. Veja sou casado com um homem a pouco mais de um ano e temos um filho juntos, é esses detalhes deixaram o professor Sogliato incomodado, por isso sua recusa ao meu convite. - explica Hannibal saboreando a palavra "casado" em sua boca, é o som que ela faz

-Oh! - Rinaldo finge surpresa, mas Hannibal o pega no ato

O Lecter se pergunta o quanto Rinaldo sabia sobre ele é Will.

-Espero que isso não seja um problema? - diz Hanniba fingindo insegurança

-Ah... não, não! claro que não. - Rinaldo se apressa em se corrigir

-Então... aceita o meu convite? - pergunta Hannibal mais uma vez, desejando profundamente uma resposta positiva vinda do homem

-Sim, eu aceito o seu convite Doutor Fell. - Pazzi finalmente concorda - Mas agora, eu realmente tenho que ir.

-Certo. Perdoe-me por fazê-lo perder tanto tempo... há é aparece em minha casa as 19:00, estaremos esperando por você. - informa Hannibal e Rinaldo acena positivamente com a cabeça enquanto se afastava

A distância entre Hannibal é Rinaldo vai aumentando gradativamente, até que, finalmente o homem desaparece do campo de visão do Lecter, é assim que isso acontece um sorriso de orelha a orelha aparece no rosto dele

-Essa noite será inesquecível.

 

...

 

O tempo para Will havia passado tão depressa que após horas procurando as coisas que seu bebê precisava inicialmente para sobreviver, ele finalmente encontrou tudo e estava na fila do caixa esperando ansiosamente o momento em que ele teria que pagar tudo isso é poder ir embora para o seu apartamento se aconchegar junto a Dylan nos braços do marido

O dito bebê estava brincando com um ursinho de pelúcia que Will havia pegado para ele, junto a outros diversos brinquedos que de acordo com o vendedor, ajudariam no desenvolvimento sensorial e cognitivo da criança. O carrinho que Will estava carregando, estava lotado até a boca de itens para bebê, que variavam desde produtos de higiene até roupas, junto de várias outras coisas - as únicas coisas que não estavam nele eram os móveis, pois além de não caberem, Hannibal é Will tinham combinado de compra-los juntos

O cansaço refletia por todo o rosto de Will, é estava sendo sentido pelo corpo todo do homem também, que só não havia caindo no chão porque suas mãos estavam segurando o carrinho firmemente, sendo isso o único pilar que o mantinha em pé.

A cada minuto que se passava, mais é mais pessoas saiam da fila, fazendo com que a vez de Will de passar todos os produtos chegasse cada vez mais rápido. É finalmente, após longos minutos em pé na fila, a vez de Will finalmete chega é ele pode pagar por todas as coisas que havia comprado para o seu bebê

No instante em que se aproxima do caixa, a mulher que estava registrando as compras encara seu carrinho com olhos arregalados, mas logo após isso volta a passar os produtos no scanner ao mesmo tempo em que Will os colocava na esteira. É um pouco mais rápido do que seu tempo na fila, todas as compras do Graham foram sido passadas, pagas e devidamente empacotados, é segundos após isso, o ex-perfilador se vê saindo com o mesmo carrinho, só que ao em vez de ter produtos soltos e amontoados, ele estava com sacolas onde os produtos estavam devidamente separados

Caminhando até a porta de saída do shopping, Will pensa que terá que parar logo logo para poder ligar para Hanniba ir busca-lo, mas assim que essa linha de pensamento some, o Graham se depara com o noivo encostado no carro o esperando. Sorrindo para a cena, Will vai se aproximando ainda mais, só que dessa vez um pouco mais rápido

-Pontual. - comenta Will assim que chega perto o suficiente do noivo

-Você também. - Hannibal o responde e logo após isso beija delicadamente os lábios do noivo para comprimenta-lo

Depois de se comprimentarem devidamente, Will e Hannibal começam a guardar as sacolas no porta malas do carro, pois Dylan é o bebê conforto estavam no banco de trás é nenhum dos dois queriam que alguma coisa batesse seja no bebê conforto ou no menino. Sem muita demora eles terminam essa tarefa, entram no carro e partem para o apartamento

O trajeto se inicia em silêncio, mas assim que param em um semáforo vermelho, Hannibal decide falar.

-Vejo que comprou muita coisa. - decidido a começar por um assunto leve, o Lecter inicia o diálogo

-Sim, um atendente me ajudou a escolher algumas coisas. - explica Will sorrindo para o noivo, mas sabendo que ele estava tentando o enrolar - Podemos conversar sobre as compras uma outra hora, agora me diga, o que aconteceu?

Hannibal suspira, sabendo que havia se enganado muito achando que poderia ludibriar o seu noivo

-Rinaldo Pazzi irá jantar conosco hoje. - informa Hannibal

-Oque?! - Will praticamente grita dentro do carro, chocado demais para controlar sua própria fala

-Isso mesmo que você ouviu querido, iremos jantar com o comandante Pazzi está noite.

-Isso só pode ser brincadeira!! Hannibal, você enlouqueceu?! Esqueceu que Rinaldo sabe quem eu sou?! Ele me viu na capela, conhece meu nome, rosto é principalmente nossa história! - a fala de Will estava sendo tão frenética que o Graham estavam gesticulando gestos inexistentes com a mão e respirando de forma irregular

-Will querido acalme-se. - Hannibal larga o volante é agarra as mãos de Will que estavam em movimentos constantes - Querido, saiba que eu nunca traria ninguém que posso ser potencialmente perigoso para nossa casa. Se eu tomei a decisão de chamar Pazzi para jantar, é porque eu sei que ele não será um perigo para você ou para Dylan

-Certeza? - questina Will meio envergonhado e vulnerável com seu pequeno surto

-Absoluta, meu amor. - Hannibal termina sua fala, beijando suavemente não só os lábios do noivo mas também a testa - Agora em conte sobre tudo o que você comprou para Dylan.

É dessa forma toda a viajem de carro continuou.

 

....

 

-Ele fez o que?! - a voz de Alana ecoa pelos fones de ouvido que Jack estava utilizando, fazendo-o se encolher, tanto pelo choque quanto pela dor que veio logo em seguida

-Isso mesmo que você ouviu. - Jack não queria repetir o que havia acabado de dizer, então apenas falou o óbvio, enquanto seu corpo era consumido pela mesmo indignação que sua colega possivelmente sentia

-Não sei se devo classificar isso como uma atitude corajosa ou muito burra. - diz Alana logo após assimilar mais uma vez a fala do Crawford, enquanto balançava a cabeça de um lado para o outro de forma negativa

-Devo dizer que estou impressionado. - Mason decide se pronunciar pela primeira vez desde o início da chamada, com o que deveria ser um sorriso em seu rosto deformado - Nunca pensei que um policial em ruínas tomaria uma decisão tão... inusitada.

-Nem eu. - concorda Jack deixando seus ombros caírem - Faremos alguma coisa a respeito disso, ou deixaremos ele seguir em frente?

A pergunta era direcionada aos dois que estavam do outro lado da linha, mas a resposta final vinha de Mason que estava pagando pela operação inteira. O dito Verger parecia estar realmente ponderando se deveria ou não mandar o pobre Pazzi para a cova dos leões, então alguns longos segundos se passam até que Mason finalmente abra a boca denovo

-Nah! - diz também encolhendo os ombros, só que com um claro desdém - Ele está fazendo isto porque quer, então não temos com o que nos preocupar, e se algo acontecer a ele não será problema nosso. Além do mais, ele poderá nos levar diretamente para o esconderijo do doador de esperma, então só vejo vantagens.

O que poderia ser descrito apenas como um sorriso grotesco cresce nos lábios inexistentes de Mason, fazendo os pelos dos braços de Jack se arrepiarem - e pela, sabe Deus que vez, ele se pergunta se havia tomado a decisão certa ao se juntar com esse Verger - suspirando, o Crawford decide dizer apenas mais algumas coisas antes de incerrar a chamada.

-Ele perguntou se você mandaria alguns homens para auxilia-lo no plano, você fará isso? - questiona Jack sem demonstrar nenhum emoção perante ao discurso anterior de Mason

-E que plano seria esse, necessariamente? - Mason devolve a pergunta franzindo as sobrancelhas

-Como eu disse antes. Pazzi irá até a casa onde Hannibal e Will estão morando atualmente para um jantar, lá ele vai aproveitar algum momento de distração para dopar todos na mesa, é por fim mandará a localização da casa para mim para que possamos conte-los. - explica Jack, tentando ser o mais coeso possível com poucos palavras

-Certo... parece um plano cheio de falhas. - aponta Mason - Irei deixa-lo por conta própria a princípio, mas se realmente der certo mandarei alguns homens para buscar a mercadoria. Você pode ajudar se quiser.

-Certo, avisarei a ele. É mandarei a localização assim que tiver com ela em mãos. - é mais uma vez Jack não demonstra se abalar pelas falas de Mason

-Isso é tudo? - todos concordam - Então até a próxima, e quem sabe, última chamada.

E assim a ligação de encerra.

 

Continua.

Chapter 11: Capítulo onze

Notes:

Vocês não sabem o quão animada eu estou para terminar de escrever essa história, e mostrar a vocês o final que eu estou planejando nos últimos meses. E além disso mais alguns anúncios que eu tenho certeza que os fãs dessa fic e dessa família linda irão gostar.

Um pequeno spoiler desses anúncios são, crianças. É a única palavra que eu posso usar para definir o futuro desse universo alternativo de Hannibal.

Eu acho que já tomei tempo demais, tenham uma ótima leitura🥰🫶

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

A viagem de carro de volta para casa não demorou tanto, da mesma forma que arrumar todas as compras que Will fez para Dylan, ou seja, Hannibal poderia começar a preparar as coisas para o jantar especial que eles teriam com Rinaldo está noite.

Will sabia perfeitamente que seu noivo havia chamado o Pazzi para jantar na casa deles por um motivo ainda oculto, afinal como o próprio Hannibal já havia dito, ele não chamaria ninguém para a casa deles sem pensar primeiro. Então cá estava Will caminhando até a cozinha do apartamento, com Dylan no colo, para perguntar diretamente para o Lecter, o real motivo de Rinaldo estar vindo jantar na casa deles está noite

-O que você está planejando? - questiona Will de forma direta, entrando na cozinha e sentando-se em um dos bancos em frente ao balcão

Hannibal sorri para a pergunta do noivo, apreciando o ganha de confiança que o Graham estava tendo para falar com ele.

-Will, meu amor, porque você acha que eu estaria planejando algo? - graças ao ganho de confiança de Will, Hannibal decide brincar um pouco com o noivo

-Porque eu conheço você, Hannibal. - fala Will semiserrando os olhos para o Lecter, enquanto ajeitava o filho em seu colo - Tenho total certeza de que você tem algo planejado para está noite, é também que esse "algo" tem chances muito altas de ter assassinato envolvido.

O sorriso no rosto de Hannibal, que já era grande, se alarga ainda mais com a última fala de Will.

-Vocé está certo querido. - afirma Hannibal e ele se delicia ao ver o brilho da vitória no rosto de Will - Mas também à algo que eu quero comprovar. Entretanto você só ficará sabendo se eu descobrir que essa informação e verídica mesmo, tudo bem?

-Tá. - diz Will revirando os olhos - Mas não me exclua, ok? Eu quero ficar a par de tudo que estaa acontecendo com você.

-Não se preocupe meu amor. - fala Hannibal secando a mão em seu avental é segurando o rosto do noivo, beijando delicadamente os lábios dele logo em seguida - Agora, você gostaria de me ajudar a cozinhar?

-Com prazer. - afirma Will rapidamente, beijando Hannibal mais uma vez

Assim que o beijo entre o casal chega ao fim, Will vai até a sala de estar do apartamento e põe Dylan em um tapete que ele havia comprado especialmente para um menino, tapete esse onde os outros brinquedos que o Graham também havia comprado estavam espalhados. Com delicadeza, Will deita o filho no tapete e o deixa lá brincando com os muitos brinquedos junto a Winston

Após isso o Graham rapidamente volta para a cozinha para se juntar ao seu noivo, enquanto alternava seu olhar entre as tarefas que Hannibal estava designado para ele é Dylan que estava na sala brincando.

Dessa forma, as horas vão se passando cada vez mais rápido.

 

...

 

A luz do quarto refletia por tudo o cômodo deixando alguns lugares completamente iluminados é outros cobertos pela sombra, um cenário normal para os seres humanos, pois a luz nem sempre alcançava todos os pontos de onde estava, mas para Rinaldo, isto dava ao seu quarto um ar sombrio, que combinava perfeitamente com o compromisso que ele tinha hoje à noite. O Pazzi estava completamente ciente de que este jantar seria uma armadilha, não só pelo o que Jack lhe disse quando o contou sobre isso, como também por causa de seu instinto de policial que apitou assim que Hannibal o convidou

Entretanto mesmo com tudo isso, o homem não recusou o convite é ainda vai para este jantar com disposição, pois Pazzi esta completamente confiante de que poderá capturar não só Hannibal mas Will também com esta falcatrua.

Apertando o nó de sua gravata, Rinaldo encara seu reflexo no espelho, enquanto a luz do quarto projetava sombras - que poderiam ser consideradas assustadoras - em seu rosto. Sua aparecia não condizia nada com a que tinha 20 anos atrás quando encontrou Hannibal pela primeira vez, os anos em uma depressão quase profunda acabaram com o que restava do brilho em seus olhos, tudo porque não conseguiu capturar Hannibal naquela fatídica noite.

Relembrar os piores momentos desses últimos anos era tão doloroso para o Pazzi, que a dor se tornava similar à de um membro sendo arrancado de seu corpo, mas tudo iria mudar hoje a noite, nesse jantar onde apenas um lado sairá com vida.

Rinaldo reza para que seja o seu.

Uma batida na porta do quarto é o que tira Rinaldo de seus pensamentos, e ao olhar para a porta com uma sobrancelha arqueada, ele decide deixar quem quer que seja entrar - provavelmente era sua esposa perguntando se ele estava pronto

-Entre. - grita Rinaldo virando-se para encarar seu reflexo no espelho mais uma vez

-Esta se arrumando demais. - comenta Jack

-Ainda é um jantar de gala, mesmo que a companhia não seja das melhores. - Responde Pazzi encolhendo os ombros - Aliás, conseguiu conversar com Mason?

-Sim.

-Ele vai me dar apoio ou terei que trabalhar sozinho?

-Ele vai mandar apoio. - mente Jack, pois ele tinha total certeza de que a confiança cega de Rinaldo seria completamente abalada se a resposta fosse outra

-Maravilha! - os olhos de Rinaldo brilham com uma excitação assassina, enquanto a vontade de finalmente dar a Hannibal o futuro que ele merece corre por suas veias

O Crawford levanta uma sobrancelha para a expressão quase maníaca do homem a sua frente. Mas decide guardar sua opinião para si mesmo, afinal, Hannibal conseguia despertar o pior das pessoas.

 

...

 

As horas foram se passando com uma velocidade inimaginável e o que deveria ser horas pareceram apenas minutos para Hannibal e Will - que passaram todo esse tempo preparando o jantar da noite. Desde de que se iniciou os preparativos para o jantar a curiosidade sobre quem estava sendo utilizado como carne pairou sobre Will por muito tempo, mas ele decidiu ignorar, pois se fosse uma questão importante para eles, Hannibal teria dito inicialmente.

Quando todo o jantar foi prontamente finalizado, Hannibal levou tanto seu noivo quanto o filho para um dos quartos vazios, onde o Lecter havia preparado uma surpresa para eles.

-Prontos? - questiona Hannibal segurando a maçaneta da porta é sorrindo para Will com expectativa

-Prontos! - reforço Will devolvendo o sorriso do noivo

-Então feche os olhos. - pede Hannibal é Will revira os olhos mas obedece, fechando não só os dele mas os do bebê também

Assim que os olhos de ambos estão fechados, Hannibal abre a porta de quarto com cuidado, e no instante em que toda a porta está aberta o Lecter se coloca atrás do noivo é passa os braços ao redor da cintura dele.

-Pode começar a andar. - murmura Hannibal no ouvido de Will

Com passos lentos é metódicos Will começa a se aproximar ainda mais do quarto, até finalmente passar pela soleira da porta, mas mesmo assim Hannibal não pede para que ele abra os olhos, ou seja, o Graham continua caminhando cegamente. Após alguns poucos segundos de caminhada, um aperto repentino em sua cintura faz com que Will pare

-Pode abrir os olhos.

Sem precisar que Hannibal fale duas vezes, Will prontamente abre os olhos. É assim que seus olhos se ajustam a claridade do ambiente, seu foco é rapidamente roubado pelas roupas ou melhor, ternos perfeitamente posicionados em cima da cama, não eram ternos comuns e usuais como os pretos e brancos, pareciam ser roupas que foram feitas especialmente para eles.

-Hannibal... - ofega Will

-O seu já estava pronto a algum tempo, o de Dylan eu encomendei ontem e pedi urgência, por isso ficou pronto tão rápido. O que achou?

-Eu... - Will não foi acostumado a ter tantos luxos em sua vida, mas ao que parecia, estar ao lado de Hannibal significa se acostumar com esse tipo de coisa - Eu adorei.

Virando-se para encarar Hannibal, Will o beija delicadamente nos lábios.

-Vamos, vou ajudar você a coloca-lo.

 

...

 

O som aguardado pelo casal o dia inteiro finalmete ecoa por todas as paredes do apartamento, chamando não só a atenção deles, como também a do cachorro que estava perfeitamente confortável na área de serviço - que estará trancada até a hora certa. Trocando sorrisos calmos, Will e Hannibal decidem quem irá atender a campainha apenas com um olhar.

A campainha toca mais algumas vezes antes que Will, com Dylan nos braços, vá receber o convidado ilustre deles, para o jantar desta noite - o Graham não gostava muito do que estava fazendo, usar seu filho como um escudo é movimento baixo demais, mas naquele momento era a única arma não mortal que eles tinham, então Will engoliu sua insegurança é abriu a porta em um só puxão.

Rinaldo parecia... normal.

Normal demais para alguém que planejava mata-los está noite - não que Will pudesse julga-lo, obrigado. Mas o perfume caro, o terno chique, o sorriso complacente, quase transformam esta noite num encontro normal entre velhos amigos. Entretanto o pequeno vacilo que os olhos de Rinaldo dão quando ele se dar conta de quem está a sua frente, mostram que de normal, este jantar não terá nada

-Senhor Graham. - comprimenta Pazzi, é Will rapidamente nota o tremor quase imperceptíveis em sua voz

-Fell, é senhor Fell agora. - corrige Will abrindo espaço para que Rinaldo entre e fechando a porta logo em seguida

O barulho da chave sendo viranda e trancando automaticamente a porta, é o que dá início ao verdadeiro teatro que será está noite.

-Oh! Não sabia que o senhor era casado, parabéns. - as palavras de Pazzi não passavam de um discurso pré ensaiado, é isso não passou despercebido por Will

-É, eu não costumo me apresentar com o nome de casado para muitas pessoas. - diz Will carregando tanta falsidade quanto Rinaldo, mas escondendo de uma maneira um pouco melhor

-E esse menino quem é? - questina Rinaldo, referindo-se a Dylan que estava muito concentrado nos botões de seu pequeno terno

-Ah, este é meu filho, Diego. - fala Will utilizando o nome falso que ele e Hannibal haviam combinado para Dylan

-Lindo nome.

-Querido, que tal trazer nosso convidado para a mesa? Afinal vinhemos aqui para jantar não é mesmo? - Hannibal como o bom anfitrião que era, logo se aproxima deles chamando-os para darem início ao jantar

-Nos siga senhor Pazzi. - fala Will com toda a educação que poderia reunir em sua voz, enquanto seu corpo tremia com a excitação para os eventos dessa noite

Uma noite que concerteza será inesquecível.

Como a sala é a sala de jantar eram dívidas por um conceito aberto, a caminhada até a mesa para que eles pudessem se sentar e iniciar o jantar acabou não sendo tão longa, então em pouco tempo tanto Will quanto Rinaldo se sentavam em seus lugares, já Hannibal foi diretamente para a cozinha buscar o jantar deles. Will sentou-se a direita da cadeira do meio, com Dylan em seu colo e Rinaldo a sua frente - da mesma forma que ele havia imaginado o jantar que teriam com Jack, se tudo tivesse corrido bem naquele noite a mais de um ano atrás

Will sente como se estivesse tendo um deja-vu, e isso o deixava ainda mais animado para descobrir quaisquer planos que Rinaldo tenha elaborado para acabar com eles essa noite.

O Graham não era nenhum pouco ingênuo, se Pazzi realmente pesquisou sobre eles, então ele já sabia sobre a existência de Dylan - menos de seu nome, ele supôs - por isso a surpresa falsa dele ao perceber o menino nos braços do ex-perfilador foi tão perceptível, Will se sentia quase insultado por ele realmente achar que estava mantendo suas reais intenções longe dele.

Um silêncio carregada por antecipação tomou conta deles, sendo quebrado apenas ocasionalmente por qualquer barulho que Dylan resolvia fazer com a boca. Pazzi olhava com uma expressão vazia para Will e o bebê a sua frente, obviamente ele sabia da existência do garoto, tanto por sua investigação e pesquisa quanto pelo o que Jack tinha dito a ele sobre isso, então não foi realmente um choque vê-lo, mas o que ele não conseguia entender era o porquê do menino estar a mesa com eles, não fazia o menor sentido - talvez Will estivesse usando o bebê como um escudo? Pensando que eu não o atacaria se ele estivesse com o menino no colo? Era uma das muitas hipóteses que estavam passando por sua mente naquele instante

O silêncio não perdura por muito mais tempo, pois em questão de minutos, Hannibal irrompe pela entrada da cozinha equilibrado perfeitamente três pratos em seus braços e uma mamadeira em sua mão, sua postura nem minimamente fora do lugar, o homem carregava e equibrava os pratos como se fosse uma segunda natureza para eles, isso faz com que Will o admire por alguns segundos, antes de voltar seus olhos para o convidado a sua frente.

Pazzi ao ver Hannibal entrando na sala de jantar, força um sorriso em seu rosto - que mais parecia uma careta - enquanto sentia sua mão suar, temendo internamente comer a refeição preparada pelo Lecter.

-Espero que não se incomode com a presença do meu filho, senhor Pazzi. - começa Hannibal, pondo um dos três pratos equilibrados nos braços em frente a Will junto da mamadeira de Dylan - É que nos não queremos contratar um babá para ficar de olho nele por apenas algumas horas, além disso ele só irá ficar conosco por algum tempo, então eu realmente espero que mão se incomoda.

Cada palavra dita por Hannibal foi dita com graça e sinceridade, afinal não passava da mais completa verdade - meia verdade, mas Pazzi não precisa ficar sabendo disso. Will não queria deixar Dylan sozinho no quarto, e muito menos com algum desconhecido por qualquer período de tempo que seja, enquanto ele podia perfeitamente segura-lo durante a estadia dele no jantar, então Hannibal aceitou isso.

-Ah! Não é um problema senhor Fell, realmente. Além do mais, seu garotão aqui é muito quieto para alguém desse tamanho, quanto tempo ele tem? - a curiosidade de Rinaldo sobre Dylan era genuína, mas o casal não esperava nada diferente

-Ele tem quase três meses. - responde Hannibal com um sorriso brilhante, terminando de servir os pratos é passando para servir o vinho logo em seguida

-Ele deve ser um pacote de alegria. - Pazzi arrulha para o menino que o encara confuso - Foi muito difícil se adaptar a ele? Minha esposa e eu estamos pensando em ter filhos.

A conversa fiada parecia um tópico administravel para Pazzi, então ele continua com ela. Hannibal é Will trocam um olhar conhecedor, antes do Graham abrir a boca é tomar as rédeas da conversa

-No início sim, toda a coisa de se adaptar a uma nova vida e a noites sem dormir é complicado. Mas no final, tudo vale a pena. - Will termina sua fala sorrindo para o filho, enquanto pegava a mamadeira e oferecia para ele beber, o que Dylan aceitou de bom grado

-Eu concordo com o meu marido.- a palavra ainda tinha um gosto maravilhoso em sua boca

Hannibal e Will trocam outro olhar carregado de sentimentos, ambos sabendo muito bem que Rinaldo os encarava. O dito Pazzi tentava controlar o nojo da situação em seu ser, para que ele não vazasse para o seu rosto, o policial não tinha problema algum com o fato deles serem um casal gay, longe dele ser desse jeito, mas o que o incomodava era a forma como mesmo sabendo de tudo de ruim que o Hannibal já fez - até para ele mesmo - Will ainda conseguia olhar para ele dessa froma tão apaixonada.

Isso estava além da compreensão de
Pazzi.

-Não vai comer senhor Pazzi? - questina Hannibal sentando em sua cadeira e começando a cortar sua comida em pequenos pedaços, para assim poder leva-lá a boca

A pergunta de Hannibal pareceu trazer Rinaldo de volta a realidade, isso o fez olhar diretamente para o prato que havia sido posto devidamente a sua frente, chamar essa refeição de apenas "comida" parecia um eufemismo, todo o conteúdo do prato aparentava armonizar um com o outro, as cores e as formas parecia se completar, como se fossem feitas para estarem um ao lado do outro, isso não parecia uma comida comum é sim uma obra de arte. O pensamento quase tira o foco de Pazzi sobre quem realmente era Hannibal, então quando sua mente o lembra o que - ou melhor quem, provavelmente - estava em seu prato, ele tenta ativamente esconder o desgosto em sua expressão

Em seu interior Rinaldo respira fundo antes de começar a cortar sua comida assim como Hannibal e leva-lá a boca logo em seguida, tendo um breve momento de hesitação antes de abrir a boca é comê-la diretamente.

Com algo semelhante a alegria, Hannibal e Will se encaravam enquanto Pazzi passava alguns segundos encarando seu próprio prato - como se estivesse admirando-o - antes de realmente comer o conteúdo nele.

-Como vai sua investigação, senhor Pazzi? - começa Will sem olhar diretamente para Rinaldo, focando apenas no bebê em seu colo

-Em andamento, mas muito próximos de pegarmos o culpado. - fala Rinaldo com um confiança quase cega, isso diverte ainda mais o casal - Me desculpe, mas não posso dar mais detalhes a vocês, sabe, é confidencial.

-Engraçado... você praticamente implorou para que eu analisasse o arquivo no nosso primeiro encontro na capela. - ironiza Will, amando ver a forma como diversas emoções passaram pelo rosto de Rinaldo antes de seu rosto voltar a expressão estoica em antes

-Eu achei que você estava lá como perfilador, e não como visitante. Entretanto, me desculpe se foi inconveniente em algum momento. - Rinaldo diz com uma naturalidade que não refletia aos seus sentimentos internos

Will levanta um sobrancelha para o comentaria, debatendo se deveria ou não revelar o quão inconveniente o homem havia sido com ele quando se conheceram, mas ele resolver guardar isso para si mesmo no momento.

-Está tudo bem, isso são águas passadas. - traquiliza Will - Agora, me conte, como conheceu o meu marido?

Will sabia muito bem como o primeiro encontro deles tinha sido, afinal Hannibal não tinha motivo algum para esconder esse tipo de informação dele. Mas o Graham adoraria ouvi-lo da perspectiva de Rinaldo

-Ah! Nós nos conhecemos hoje, quando eu foi perguntar a ele se ele sabia alguma coisa sobre o desaparecimento do antecessor dele, o professor sogliato. Então acabamos conversando sobre mais algumas coisas, até ele me convidar para jantar com vocês, e cá estamos nós. - Rinaldo explica, e Will se sente desanimado por não aver nenhuma mudança da história que seu marido tinha lhe contado

A conversa fluiu bem entre eles, enquanto todos continuavam a manter suas fachadas muito bem - pelo menos para quem olhasse de fora. Mesmo com tudo dando relativamente certo, a ansiedade ainda dominava Rinaldo aos poucos, o medo constante de não conseguir concluir o seu plano com louvor assombrava sua mente a cada palavra que saia de sua boca.

Em dado momento Dylan decidiu que estava completamente cheio, então cuspiu o bico da mamadeira para fora de sua boca, causando um sorriso em Will que prontamente entede o que o movimento do menino significava, após isso Will finalmente da início a sua refeição. A cena a frente de Rinaldo aparentava ser uma cena simples é mundana, mas ele enxergava muito bem por trás da fachada perfeita que ambos os homens mostrava.

Antes que todos pudessem terminar sua refeição por completo, Dylan começa a balbuciar e bocejar, indicando para todos ali presente que o sono estava atingindo-o rapidamente.

-Com licença, irei colocá-lo para dormir. - fala Will saindo da mesa e arrastando a cadeira no chão

Entretanto em vez de caminha para o corredor que os levava diretamente para os quartos do apartamento, Will foi na direção contrária e entrou, passando pelo arco que dividia a sala de jantar da cozinha, indo para uma porta fora da vista de quem estivesse a mesa, porta essa que os levava diretamente para a área de serviço do local, onde Winston, seu fiel cão estava deitado confortavelmente. Assim que abre a porta, Will assobia para chamar atenção do cachorro, o que o faz levantar rapidamente o rosto, e ao ver que se tratava de um de seus donos Winston sai de sua posição atual e praticamente trota para mais perto de Will

Por mais que ele é Hannibal estivessem em casa, Will não queria deixar Dylan dormir no quarto sozinho de jeito nenhum, então a única solução para esse problema foi deixar com que Winston ficasse no quarto do bebê com ele - assim como acontecia na casa de Will, antes de vir para a Itália e ficar com Hannibal

Ao voltar por todo o caminho que fez anteriormente para que dessa vez ele pudesse ir diretamente para o quarto de Dylan, só que com Winston ao seu lado, Will rapidamente percebe a sobrancelha arqueada de Rinaldo para a situação, assim como ele vê o sorriso que dizia um falso "desculpa" de seu noivo sendo lançando para Pazzi logo em seguida.

Will estava amando o quão produtiva essa noite estava se tornando, estava sendo tão gratificante poder pegar Rinaldo em qualquer mentira ou omissão que ele pudesse inventar, que tanto o Graham quanto seu noivo estavam se segurando para não rirem a noite inteira.

Enquanto via seu noivo desaparecer pelo corredor, Hannibal olha para os três pratos na mesa, a comida de ambos estava chegando ao fim, então ele decide se levantar para buscar o que restava

-Se me der licença senhor Pazzi, tenho que buscar nossas sobremesas. - fala Hannibal copiando as ações anteriores de seu noivo e se retirando para a cozinha

No instante em que é deixado sozinho na sala de jantar, uma respiração que ele nem sabia que estava prendendo escapa dos lábios de Rinaldo, enquanto ele rapidamente retira um frasco que continha o boa noite cinderela mais forte do mercado - ele agradeceu internamente por seu trabalho na polícia, que permitia seu acesso à esse tipo de coisas sem problema nenhum. Esticando seu pescoço, Pazzi olha tanto para a cozinha quanto para o corredor, para poder ver se ninguém estava olhando-o naquele momento, e ao ver que não havia ninguém observando-o, o investigador despeja algumas gotas consideráveis do pequeno frasco no vinho de Hannibal e no de Will, assim como na garrafa que estava na mesa

O trato que ele havia feito anteriormente com Mason era de entregar Hannibal e Will com vida, então dessa forma ele ganharia a grana prometida, e não se envolveria na morte posterior de ambos os homens - por mais que desejasse muito poder matar Hannibal com suas próprias mãos, Rinaldo não queria se tornar um assasino como o Lecter. A única coisa desse acordo que Rinaldo não estava a par, era sobre o destino do bebê, mas ele supôs que após seus pais serem capturados o menino será levado para algum orfanato qualquer - um destino muito melhor do que ser criado por dois psicopatas canibais, Pazzi pensa

Da mesma forma rápida em que saíram da sala de jantar, o casal voltou, dessa vez Will estava sem Dylan no colo e o cachorro a reboque e Hannibal estava mais uma vez equilibrando alguns pratos nos braços, que continham algum doce, Rinaldo supõe

-Espero que goste da sobremesa. - Hannibal diz sorrindo para ambos enquanto colocava o prato em frente a eles

-Se for igual ao jantar que você fez, deve estar delicioso. - Pazzi elogia falsamente, ignorando o embrulhar de seu estômago

-Concordo com ele querido, sua comida estava divina. - Will assume o papel de elogiar sinceramente a comida do noivo

Hannibal apenas acena, aceitando ambos os elogios enquanto sentava em sua cadeira novamente.

Olhando diretamente para o noivo, Hannibal sente como se eles estivessem conversando apenas com os olhos - pela segunda vez naquela noite -, tomando uma decisão que levaria esta noite a outro patamar. Hannibal sorri para Will, para que ele possa entender que eles estão na mesma página.

Após sua troca intensa de olhares, o casal pega sua taça nas mãos ao mesmo tempo, levando-as a boca em movimentos gêmeos, mas parando o objetivo a centímetros de seus lábios, ambos estavam sentindo o olhar de antecipação de Rinaldo sobre eles, por isso decidem sustentar a mesma posição por mais tempo, antes de colocarem a taça de volta na mesa com um baque audível

-Você nos trata como se fôssemos pessoas tolas, Rinaldo. Você realmente achou que nós... - Hannibal aponta para si mesmo e depois para Will - convidariamos você para nossa casa, sem saber no que estamos nos metendo?

-Você se acha tão inteligente, mas mal sabe o que me levou até aqui em primeiro mão. - zomba Rinaldo, ignorando a voz em sua mente que dizia para ele sair da-li o mais rápido possível, ele não deveria se preocupar, afinal Mason enviaria o reforço

-A sim, nós sabemos muito bem.

-As pessoas costumam achar que ligações não podem ser rastreadas, mas você é diferente delas, certo Rinaldo? Você sabe melhor. Por isso utilizou um telefone público para se comunicar com Mason em primeiro lugar. - Will se deleita com o quão pálido Pazzi estava ficando

-Com--

-Como conseguimos esse feito? Digamos que meu marido aqui, conhece muito mais pessoas do que Mason Verger. - é a única coisa que Will responde

-Você é como seu ancestral, Lorenzo, se vendeu por algumas moedas baratas, apenas para acabar morto. - Hannibal cantarola, enquanto se levantava calmamente - Mas não sinta medo, Rinaldo, sinta-se horrando, pois diferente dele você não irá morrer como alguém que se vendeu por tão pouco, você irá morrer com o propósito de que foi nossa primeira morte como casal. O que você acha?

Rinaldo não responde, apenas agarra a mesa com toda a força que tinha, rezando internamente para que a ajuda prometida por Mason chegasse o mais rápido possível e o tirasse da-li.

 

Pobre senhor Pazzi, mal sabe que ninguém virá socorre-lo.

 

Continua.

Notes:

E aí gostaram? Eu realmente planejava terminar essa capítulo de uma forma totalmente diferente, mas enquanto eu lia, eu percebi que se terminasse da firma como pensei inicialmente vcs iriam me crucificar, então acho está o final alternativo para esse capítulo.

Mas isso não significa que o outro final não irá acontecer, só significa que vcs teram um pouco mais de tempo antes de ver ele.

Era só isso mesmo, até o próximo capítulo...

Bye👋👋👋

Chapter 12: Capítulo doze

Chapter Text

Vários longos minutos se passaram enquanto Hannibal e Will contemplavam o medo cru nas feições e nos olhos de Rinaldo, o pequeno, quase imperceptível, tremor no forte aperto do Pazzi na mesa, suas sobrancelhas que antes estavam normais agora estavam totalmente franzidas, quase se fundindo uma a outra, e o mesmo podia ser dito de seus lábios, comprimidos em uma linha fina. Tudo isso em conjunto, denunciava o medo correndo como sangue pelas veias de Rinaldo, e o casal estava amando ver de perto

Em toda sua trajetória até o momento onde estavam agora, Will só matou aproximadamente três pessoas - as que ele lembra, pelo menos. O primeiro de todos foi um que nem o nome e muito menos o rosto ele se lembra, ele só lembra desse homem que matou porque ele foi o responsável por fazer Will desistir de trabalhar em campo como policial. O segundo no entanto, foi o que trouxe Will até esta situação em geral, Garrett Jacob Hobbs o assassinato mais importante cometido por Will, pois se não fosse por ele, o Graham ainda estaria em negação sobre si mesmo até hoje. Por último, mas não menos importante, tivemos Randell Tier, ela não teve toda a importância que o segundo, mas não foi tão irrelevante como o primeiro, Randell foi apenas um acerto de contas entre ele e seu agora noivo.

Todas as memórias de quem ele matou até chegar a esse exato momento, nessa exata situação, passaram pelos olhos de Will como um filme, e ele adorou ver sua evolução como um espectador.

Hannibal por outro lado, também estava emocionado em matar Rinaldo, mas por um motivo completamente diferente do noivo. Matar Pazzi junto a Will será o ponta pé inicial deles para que o futuro do relacionamento deles esteja garantido, matar este pobre homem será para Hannibal como um cerimônia de casamento antecipada, pois tanto ele quanto seu noivo seram banhados com o sangue deste homem, sangue esse que levará todos os sentimentos e memórias que não estivessem os dois juntos - como se nunca tivesse existido uma vida antes de se conhecerem. É isso estava deixando Lecter bastante emocionado.

O Lecter sai de seu lugar a mesa, não se levantando, pois ele já havia feito isso antes, apenas caminhando para ir a um lugar diferente, Hannibal para ao lado de seu noivo e pega sua mão, dando um aperto forte e encorajador - uma parte do ex-psiquiatra ainda temia que fosse cedo demais para Will se envolver dessa maneira.

Entretanto, assim que Will devolve o aperto na mesma intensidade, essa parte de insegurança desaparece completamente.

Mesmo inertes em seus pensamentos, Hannibal e Will perceberam a tensão que se acumulou ainda mais nos ombros de Rinaldo e o aperto na mesa que pareceu dobrar, assim que Hannibal ousou se mover. Para eles, Pazzi parecia um animal enjaulado, que poderia rosnar o quanto quisesse, mas que nunca pegaria sua presa

-Sabe Rinaldo... - começa Hannibal, pegando a outra mão de Will e iniciando um carinho em ambas - Desde que eu conheci o Will eu soube que ele era diferente, diferente de todos ao seu redor, e não por causa de seu transtorno de empatia, não, e sim por causa dos seus movimentos. Will parecia andar como se o peso do mundo estivesse em seus ombros, uma posição que as pessoas costumam associar ao medo, mas não era esse o caso.

Tanto Will quanto Rinaldo estavam prestando total atenção no pequeno monólogo de Hannibal, Will estava pois queria saber a visão que seu noivo tinha dele, já Rinaldo porque não tinha nada melhor para fazer - e também porquê estava reunindo informações em sua mente

-Então qual era? - questina Rinaldo com a voz trêmula

-Era desejo, um claro desejo por compreensão. Estava claro tanto no brilho de seus olhos, seus ombros caídos, e sua maneria de andar, o desejo ardente de Will por alguém que o compreendesse, é não estivesse ao seu lado apenas para usufruir de seu "dom". - Hannibal continua, parando apenas para respirar e manter seu olhar intenso com Will, ignorando a presença de Rinaldo no cômodo - Confesso que no começo eu ignorei esse fato, afinal minha maior vontade era de usufruir do "dom" de Will e enteder como funcionava, assim como Jack faz e como Alana faria se tivesse a chance.

Os olhos de Hannibal que antes brilhavam com um amor incondicional para Will, mudaram seu brilho para um de desculpa e arrependimento, e o Graham entede e aceita.

-Mas isso mudou. Uns dias após o assassinato do trombonista, que pra recaptular não fui eu que matei. Eu contei para Will sobre a suspeita que um paciente meu tinha sobre seu amigo ser o assassino, isso não foi planejado por mim na hora, foi um impulso pois eu estava com raiva, raiva porque naquela mesma noite Will beijou alguém que não era eu. - o rosto de Hannibal endurece após sua fala, a raiva ao lembrar do acontecimento queima em seu peito - No dia seguinte, Will foi até onde esse amigo do meu paciência morava e lá ele foi atacado. Minutos após isso o homem que o atacou, que também se tratava do assassino do trombonista, Tobias Budgh foi até o meu consultório para matar meu paciente, lá ele declarou que havia matado dois policiais, e não precisava ser nenhum gênio para acreditar que Will estava no meio deles. Então em um ato de fúria, eu matei meu paciente, acabando assim com o maior desejo de Tobias, assim como para mim ele havia acabado com o meu e o de Will. Pois Will não teria a compreensão que merecia, e eu não daria isso a ele.

Confessar esse fato que esteve em sua mente por anos não foi fácil, mas Hannibal fez o esforço, para tornar esse momento ainda mais memorável - como se fosse seus votos de casamento

-Nos, Tobias e eu, tivemos uma luta que eu venci, mas naquele momento, parecia mais que eu tinha perdido, pois Will não estava ao meu lado. Entretanto logo após diversos e mais diversos policiais, para médicos e peritos entrarem em meu escritório, o fbi chegou, e Jack passou pela soleira da minha porta, eu olhei com resignação para ele, com raiva e triste por ser ele é não Will, mas segundos depois o próprio Will passa pela porta e nossos olhos se encontram. - Hannibal faz uma pausa, dando um olhar ainda mais intenso para Will - E eu percebi naquela momento, meu amor por você e seu desejo por compreensão.

Will praticamente derrete com a última frase do noivo, seus olhos com lágrimas prontas para descerem e mancharam seu lindo terno.

-Ah, Hannibal. - sussura Will beijando suavemente os lábios do noivo

-Então, para mim Rinaldo, matar você significa não apenas mais uma morte para minha lista, mas também o ponto chave de minha história de amor com Will. - diz Hannibal após o beijo, virando-se para Rinaldo - Sua morte será como nossa cerimônia de casamento adiantada.

Após a fala de Hannibal, Will finalmente entende, os ternos combinando, mas um sendo o completo oposto do outro, Dylan tendo um terno também, tudo isso fazia parte do plano do Lecter de transformar esse simples jantar em uma pequena e íntima cerimônia de casamento, e Will sorri percebendo o quão doce seu noivo é.

Em contra partida, Rinaldo queria vomitar, gritar, chorar, qualquer coisa que o tirasse daquele lugar o mais rápido possível. Não fazia sentido algum para ele, como alguém com todos os transtorno que Hannibal concerteza tinha poderia amar e constituir uma família com outro pessoa igualmente perturbada? - pensar nisso tirava toda a culpa que antes residia em Rinaldo por não entregar-los a polícia e sim a Mason que concerteza os mataria, pois naquele momento o mundo realmente precisava de ambos mortos

O mundo não era um lugar justo, muito pelo contrário, injustiças acontecia a cada segundo em várias partes dele, mas Rinaldo sabia que a maior injustiça que estava acontecendo era que esses dois seres perturbados ainda estavam vivos e respirando, enquanto muitos outros não. Então Rinaldo poderia até se considerar um herói por livrar o planeta dessas ameaças.

Com uma chama de coragem nunca antes vista, Rinaldo se levanta da cadeira de forma abrupta, fazendo o barulho dela arrastando no chão ser muito maior do que o de Hannibal antes.

-Você é ingênuo se acha que eu viria até aqui sem reforços, e que eu cairia sem lutar. - pragueja Rinaldo, tirando uma arma que ele havia escondido no calcanhar e apontando-a para o casal

O dito casal nem se move ao ver a amar ser apontada para eles, os dois apenas olham para ela com uma expressão que beirava ao tédio.

-E nós aqui pensando que você facilitaria. - diz Hannibal calmamente, mandando seu foco da arma para olhar diretamente nos olhos de Rinaldo

-Mas não seria nem um pouco divertido se não houvesse resistência, você tem que concordar. - dessa vez é Will quem fala, mas seus olhos não encontram os de Rinaldo e sim os de seu noivo

-Sim, você está certo querido. - concorda Hannibal sorrindo carinhosamente

A troca de olhares entre ambos deixa Pazzi ainda mais enojado e irritando, com bufo audível ele destrava a arma e rapidamente atira na direção do casal, sem se importar em quem o tiro acertará primeiro. Já antecipando os movimentos de Rinaldo, Will e Hannibal conseguem desviar do tiro com maestria, indo cada um para um lado diferente do oponente, ambos agindo como um predador prestes a pegar sua presa.

Em um movimento rápido Hannibal pega uma de suas muitas facas extremamente afiadas, que estava habilmente escondidas em sua cintura e lança contra a mão de Rinaldo que brandia a espada para os lados onde ele é Will estavam, acertando em cheio a parte de trás da palma e fazendo o Pazzi soltar a arma com um grunhido. Sem perder tempo, o Graham se joga para de baixo da mesa, escorregando no chão e pegando a arma que havia caído nos pés do policial, e mais uma vez sem perder tempo, Will sai de baixo da mesa e a aponta para Rinaldo

-Uma pena que você não conseguiu deixar isso mais emocionante. - diz Will balançando a cabeça tristemente

-Seus desgraçados!! - a dor em sua mão não havia impedido Rinaldo de xinga-los

-Você já deveria ter imaginado que qualquer plano contra nós estaria fadado ao fracasso. - Hannibal diz saindo de seu esconderijo e se colocando ao lado de Will

Trocando mais um olhar, e tendo uma conversa sem palavras, Hannibal e Will decidem oque irão fazer.

Com isso, Will olha fixamente para os olhos de Rinadal enquanto apontava a arma justamente para o meio de sua testa, apenas para no último segundo mudar a direção e atingir o ombro do mesmo, fazendo-o cair no chão em poucos segundos, gemendo de dor. Com toda calma que possuía, Hannibal se aproxima do corpo, ainda vivo, mas agonizando, de Rinaldo para poder desacorda-lo apropriadamente - com o clorofórmio que ele estava escondendo no bolso do paletó - e ele junto a Will poderem dar início ao seu belo quadro.

Um bocejo escapa dos lábios de Will, dando indícios do quão cansado ele estava, e apenas isso faz com quem um novo sorriso nasça no rosto de Hannibal.

-Cansado meu amor? - pergunta Hannibal com carinho, enquanto pressionava o pano com clorofórmio contra o nariz e a boca de Rinaldo, vendo lentamente o rosto dele relaxar e cair na inconsciência

-Um pouco, mas não o suficiente para deixar você lidar com isso sozinho. - responde Will, guardando a arma de Rinaldo em cima da mesa

-Nem em sonho eu manteria você longe disso, agora se você quiser nos poderíamos deixado isso para amanhã, o que me diz? - sugere Hannibal

-Estou bem, posso ficar mas algumas horas acordado. - diz Will tentando tranquilizar noivo

-Tudo bem. - suspira Hannibal, sabendo o quão teimoso seu futuro marido é

Após isso Hannibal pega o corpo desacordado de Rinaldo e o joga para cima do ombro, levantando-se e endirantando sua coluna, fazendo uma careta ao imaginar o sangue sujando sua roupa magnífica, mas disposto a ignorar isso para a maravilha que ele é seu noivo farão a seguir

-Para onde levaremos ele? - pergunta Will com curiosidade

-Para o meu ateliê. - responde Hannibal de forma simples

 

...

 

O dito ateliê de seu noivo estava em uma parte de apartamento, que se não tivesse sido mostrada para ele, Will nunca saberia que existia. Essa parte em específico ficava bem mais ao fundo da área se serviço, onde Winston dormia, então chegar até ela não foi nem um pouco complicado.

Carregar o corpo inconsciente de Rinaldo não foi um desafio para Hannibal, que estava devidamente acostumado a transportar corpos dessa maneira, então foi simplesmente fácil para ele locomover o corpo de sala de jantar até o destino final, o seu ateliê.

Ao abrir a porta para o local em questão, Hannibal acende uma pequena luz que não foi o suficiente para iluminar o local inteiro, mas foi o suficiente para deixar o que era realmente importante visível. Will por sua vez, estava analisando cada canto onde a luz batia do lugar, e no fim ele chega a conclusão que era tão devidamente organizando é limpo quando o que Hannibal tinha em Baltimore anteriormente - o que não era surpresa

Adentrando ainda mais o lugar, o Lecter coloca o corpo inconsciente de Rinaldo em um maca que estava posicionadas quase no meio do cômodo. Assim que o corpo está em seu luga, Hannibal se vira para o seu noivo com um pequeno sorriso no rosto

-Você não precisa me ajudar querido, você sabe disso certo? - assegura Hannibal, confundindo a expressão curiosa de Will com hesitação

-Eu sei, mas eu quero. - diz Will sem espaço para mais questionamentos, e Hannibal sorri ainda mais

-Certo. Então venha, vamos colocar algumas proteções para não ficarmos sujos com o sangue. - Hannibal guia Will para uma parte mais a esquerda da maca

Hannibal levou Will diretamente para um armário, que o Graham pode ver que continha diversos dos "ternos" de plásticos que o Lecter costuma utilizar em seus assassinatos, pegando um dos muitos em estavam pendurados, Hannibal o entrega para Will que aceita de bom grado, logo após isso ele pega um para si mesmo e fecha o armário

-Que tipo de quadro você pretende pintar? - pergunta Will com uma curiosidade genuína, enquanto abria o zíper do terno para coloca-lo em seu corpo

-Quero homenagear o antepassado de Rinaldo.

Isso é o suficiente para Will entender.

 

...

 

Uma hora inteira se passou enquanto Hannibal ao lado de seu noivo pintava o belo quadro que ele estava fantasiando em sua mente, desde o momento em que viu Rinaldo na capela em Palermo. O quadro em si não era tão complicado quanto os outros que Hannibal havia feito anteriormente, mas isso não significava que não era especial como os outros, muito pelo contrário, esse quadro em si era o mais especial que Hannibal já havia feito em toda sua "carreira", pois seu noivo estava ao seu lado.

Uma parte de Will ainda se sentia culpado por estar sendo cúmplice no assassinato de alguém, mas essa parte era calada quando as memórias de Rinaldo tentando envenena-los voltava a sua mente, mesmo depois de saber sobre a existência do filho deles, o Pazzi não havia desistido de seu plano - não que Will realmente acreditasse que isso fosse possível, mas ele esperava ver pelo menos um pouco de hesitação do rosto do policial, por tentar matar os pais de um bebê e consequentemente deixa-lo órfão, entretanto isso não aconteceu, e foi o suficiente para a vontade de matar o homem começassem a crescer ainda mais.

Além de pintar seu quadro, Hannibal estava utilizando o corpo de Rinaldo para coletar alguns órgãos que posteriormente seriam utilizados para uma de suas muitas receitas - receitas essas que ele esperava servir em seu casamento com Will.

Quando o inevitável fim da elaboração do quadro chega, Hannibal e Will conduzem o corpo ainda desacordado de Rinaldo para uma outra porta no ateliê que os levava diretamente para fora do prédio, onde um carro simples estava estacionado. Ao ver Hannibal caminhando em direção ao carro, o Graham franze as sobrancelhas e decide quebrar o confortável silêncio que havia se instalado entre eles

-Para onde estamos levando ele? - pergunta Will ainda com as sobrancelhas franzidas

-Para o Palazzo, pretendo expor ele lá. - explica Hannibal, colocando o corpo desacordado de Pazzi no porta malas já protegido com lona e plástico

-Não podemos deixar o Dylan sozinho! - como se para dar ênfase no que disse, Will aponta e olha para o que ele espera ver o apartamento de Hannibal

-Tecnicamente, Winston está com ele.

-Você me entendeu Hannibal. -fala Will com um tom um pouco severo

-Sim, eu entendi você meu amor. - assegura Hannibal, caminhando para perto de Will e agarrando as duas mãos do noivo - Mas você não precisa se preocupar, Winston é um bom cachorro e vai proteger o nosso bebê. Além do mais, você também pode ficar se preferir assim.

Desde o nascimento de Dylan, Will nunca o tinha deixado sozinho em sua vida, o garoto sempre estava ao lado dele ou com alguém que poderia protegê-lo, então deixa-lo sozinho agora - mesmo com seu fiel cachorro ao seu lado - ainda era uma tarefa árdua para o Graham. Quando uma sessão de formigamento se inicia por toda sua pele, Will não fica surpreso, afinal era isso que acontecia todas as vezes em que ele tinha que se afastar de seu bebê

Ao olhar para cima, diretamente para a janela que ele achava ser a do aparelho deles, Will respira fundo diversas vezes.

Ir com seu noivo para dar um fim definitivo à vida de Rinaldo, e finalmente pintarem seu primeiro quadro como um casal, e algo que Will realmente estava querendo fazer desde que ele e Hannibal se estabeleceram juntos, mas o seu "querer" estava entrando em um conflito árduo com o seu dever como pai. O Graham sabia que garantir o bem estar e a segurança de Dylan é muito mais importante do que qualquer prazer que a morte de Pazzi possa lhe dar, mas aberto isso não era o suficiente para faze-lo reconsiderar

Olhando uma última vez para a janela, Will suspira é volta seu olhar para o noivo.

-Eu vou com você. - Will não perde o brilho nos olhos de Hannibal e o quanto o sorriso no rosto do Lecter havia se alargado - Mas vamos voltar rápido, não podemos deixar Dylan sozinho pro muito tempo.

-Certo. Então vamos.

 

...

 

O som das de todas as tranças da porta sendo quebradas ecoou pelos ouvidos de Jack, um som muito maior do que deveria, ampliado pela ansiedade que corriam pelas veias do Crawford. Não era uma ideia boa entrar na cova dos leões sem apoio, e isso era algo que Jack deveria ter dito a Rinaldo anteriormente, mas a sensação de acabar com a vida de Hannibal antes do planejado era demais para o agente ao menos evitar, por isso ele mentiu.

Jack não contou em momento algum que Mason não iria mandar apoio, ou mesmo ficou a espreita para ajudar caso necessári, ele não fez nada disso. Jack apenas esperou o plano de Rinaldo - que já estava fadado ao fracasso, contenhamos - fracassar, para que isso levasse tanto Hannibal quanto Will para fora do apartamento, ele tinha total certeza de que Hannibal não resistiria a pintar um quadro na mesma noite em que matou Rinaldo, para poder entrar e ir atrás do seu prêmio

Não comum para Jack utilizar crianças como uma isca, mas nesse caso ele teve que mudar, pois ele sabia que a única coisa que poderia atiçar Will - e consequentemente, Hannibal, ele esperava - era o sequestro de seu filho, e era para isso que Jack havia sido mandado para Florença inicialmente

Encontrar alguém que sabia da localização de Hannibal era apenas parte só motivo real dele ter voltado para a Itália, Rinaldo nunca soube mais ele era apenas uma peça em uma enorme jogo que Jack havia montado junto a Mason e Alana, jogo esse que ele torcia fortemente para terminar como vencedor.

Seus pensamentos voaram para tão distante de seu corpo, que os minutos que concerteza se passaram em que ele tentava a todo custo abrir a porta, passaram rápido demais, e a única coisa que o trouxe de volta para a realidade foi o barulho da tranca cedendo, indicando que a porta já poderia ser aberta

-Terminou? - questiona Alana com um pouco de inquietação na voz, reencontrar Hannibal em sua situação que pudesse trazer desvantagem para ela e Jack não era algo que ela estava ansiando para essa noite

-Sim, podemos entrar. - responde Jack com um suspiro que ele nem sabia que estava segurando

O Crawford estava aliviado que Alana tinha decidido vir até Florença para auxilia-lo em seu plano, principalmente com a parte de pegar o bebê, pois graças as informações coletadas por Mason eles sabiam que além do bebê, Will estava viajando com um cachorro, cachorro esse que conhecia Alana muito bem e não fará escândalo ao vê-lo - ele espera -, evitando assim atenção desnecessária para eles e o plano

-Eles podem não estar em casa, mas devemos manter as mãos em nossas armas do mesmo jeito. Nunca se sabe. - informa Jack tirando sua arma da cintura, sendo seguido por Alana logo depois

Com a mão livre, Jack finalmente abre a protagonista porta do apartamento, deixando-a se escancarar até o limite enquanto seu rangido ecoava não pelos cômodos, como também pelos ouvidos deles. Sem perder tempo o Crawford e Alana marcham para dentro do apartamento, fechando a porta mais uma vez, é sendo engolidos pela vasta escuridão do local

Suspirando de forma longo, Alana tira seu telefone do bolso é liga sua lanterna, para poder deixar o caminho pelo menos um pouco mais visível, tanto para ela quanto para Jack.

Avançando um pouco mais para dentro do apartamento, dessa vez parcialmente iluminado, Jack e Alana chegam a um corredor longo com algumas portas espalhada pelas paredes, com o apartamento totalmente silêncioso, ambos tentam ouvir qualquer tipo de ruído que pudesse ser audível para que não precisassem abrir cada porta, uma por uma, para encontrar o bebê de Will - Jack nunca irá se referir ao pobre é inocente menino, como filho de Hannibal

Alguns pequenos resmungos de cães, que normalmente não seriam audíveis, mas graças ao silêncio do apartamentos foi possível que o som chegasse até os ouvidos deles, fazem com que a busca deles pelo quarto onde o bebê concerteza está, diminua drasticamente. Avançando até a porta de onde o som vinha, Alana a abre - pois se Winston estivesse lá, ela seria a primeira que ele veria. E foi dito e feito, no instante em que a mulher abre a porta, o som que antes eram apenas resmungos se tornaram rosnados rapidamente e logo depois evoluíram para pequenos latidos felizes, como se o cachorro reconhecesse a amiga de seu dono mesmo no escuro.

Winston acaba pulando em cima de Alana, feliz em vê-la, mas também esperando que ela tivesse trazido algum petisco para ele a Bloom sorri - por mais que não admitisse, ela sentia saudade da família de cães que Will tinha - e tira um biscoito canino de dentro de sua bolsa e oferece para o cachorro, que prontamente aceita e vai comer em paz ao lado da cama

Seguindo os movimentos de Winston com o olhar, Alana finalmente vê a pequena massa de quase três meses que é o bebê de Will e Hannibal, que estava pacificamente dormindo bem no meio da enorme cama - para se caso ele se mexesse, ele não pudesse cair no chão. Era a primeira vez, desde que ouviu falar no menino, que a mulher o via, e ela pode distinguir, mesmo naquela completamente escuridão, a semelhanças que o garoto tinha herdado de ambos os pais

-Você já o distraiu? - a voz de Jack a tira de seus pensamentos, lembrando-a do porquê ela estava ali

-Sim, pode entrar. - caminhando até a cama, Alana pega o pequeno menino em seu colo, tentando não acorda-lo no processo

-E agora? Nós levamos ele para o Mason, ou esperamos eles aqui e o confrontamos? - questiona Jack, pois até agora a Bloom havia ficado totalmente em silêncio, com relação ao que aconteceria após eles pegarem o bebê

-Nos o levaremos conosco, e deixaremos um bilhete muito convincente. - fala Alana passando o bebê para o outro braço e tirando o dito bilhete de sua bolsa e colocando-o no ligar onde o menino estava anteriormente -Agora vamos antes que eles possam voltar.

Acenando positivamente, Jack lidera o caminho para fora do apartamento, para o local onde essa história de terror finalmente terá o seu tão aguardado fim.

 

...

 

O Palazzo a noite não era tão diferente de sua versão de dia, mas as sombras que tanto as luzes amarelas artificiais quanto a luz natural da lua e das estrelas projetavam nele, davam ao prédio um ar mais bonito e misterioso - apropriado para uma obra de arte, pensa Will olhando para o prédio pela janela do carro

Como não haviam pessoas pelas ruas, descarregar o carro e levar a carga para dentro do Palazzo não foi tão difícil como Will havia imaginado. Entretanto por mais que soubesse que não haviam pessoas que pudessem ver as atividades ilícitas deles, o Graham não pode deixar de olhar além de seus ombros de segundo em segundo - precaução demais nunca será algo ruim

Hannibal olhava com uma expressão preocupada o comportamento ansioso do noivo, enquanto pensava se deveria ou não chamar atenção para ele, para que Will pudesse pelo menos se acalmar minimamente. No instante em que eles estão na segurança das paredes ornamentadas do Palazzo, Hannibal decide trazer o comportamento de Will a tona

-Eu não traria Rinaldo até aqui se soubesse que estaria lotado de pessoas, querido. Você deveria saber disso. - comenta Hannibal, parando o "carrinho" que ele havia pego para poder carregar Rinaldo com mais facilidade

-Eu sei... - Will suspirar com frustração - Mas saber não me deixa menos preocupado, além de que nos deixamos Dylan sozinho, e eu nunca fiquei tanto tempo longe dele.

Hannibal simpatizava com as preocupações de seu noivo, afinal Dylan também era filho dele - mas o Lecter estava totalmente ciente de que o nível de preocupação de Will ainda era maior que o dele, pois o Graham que tinha sido o responde por criar Dylan nos meses em que Hannibal sequer sabia da existência do menino, e também havia sido ele a dar a luz ao garoto, então Hannibal só poderia imaginar o quão preocupado seu amado estava

-Eu sei que você está preocupado querido, eu também estou. Mas saiba que tudo ficará bem, nos só ficaremos aqui por 10 minutos no máximo, logo voltaremos para casa e para o nosso bebê. Tudo bem? - Hannibal se aproxima, segurando com cada uma de suas mãos os ombros de Will que antes estavam caídos, tentando liberar a tensão deles com seu simples toque

-Tudo bem. - suspira Will, levando o rosto e sorrindo minimamente para o noivo

Hannibal devolve o sorriso, e logo em seguida beija os lábios de Will. Para o desgosto do Graham, o beijo não dura mais do que alguns segundos, antes de Hannibal se afastar e voltar sua atenção para Rinaldo que ainda estava desacordado.

-Vamos levá-lo lá para cima antes que ele acorde. - diz Hannibal é Will acena positivamente

O caminho até o andar perfeitamente para a exposição que Hannibal tinha em mente foi totalmente silêncioso, as preocupações de Will estavam apaziguadas por alguns momentos - não que elas tivesse sumindo totalmente, elas apenas não estavam segundo-o para a razão - no lugar da preocupação, Will deixou a ansiedade por finalmente estar ao lado de seu amado em uma obra consumi-lo

Para Will estar aqui para matar Rinaldo ao lado de Hannibal era superior a qualquer cerimônia de casamentos que eles possam planejar, se Will fosse honesto consigo mesmo, ele diria a Hannibal para fazerem seus votos e oficializarem o casamento agora mesmo - mas o Graham queria seu filho presente nesse dia que mudará a vida deles para sempre, então ele manteve seus pensamentos para si mesmo, por enquanto

Hannibal por outro lado, também estava eufórico por matar ao lado de Will, e pintar um quadro significativo com ele, ele agradece internamente por Rinaldo ser uma pessoas tão vingativa e pouco inteligente.

Ao que parecia, o Pazzi poderia sentir que seus captores estavam pensando, mesmo que minimamente, nele, pois falando poucos metros para chegar ao destino final, a droga que Hannibal havia posto no sistema do italiano vai se esvaindo e trazendo-o de volta a consciência. Tanto Hannibal quanto Will rapidamente percebem a mudança em Rinaldo, e ambos trocam um sorriso, aguardando ansiosamente para poderem expor Rinaldo como um belo quadro

-Pode me ouvir senhor Pazzi? - a voz de Hannibal parecia ecoar na mente debilitada de Rinaldo

Recobrar a consciência estava se mostrando uma tarefa extremamente difícil e árdua, seu corpo e mente não entravam em um consenso sobre o que deveria fazer. Seu corpo cansado e dolorido, clamava para que seu cérebro sucumbisse a inconsciência mais uma vez, enquanto sua mente em frangalhos gritava com o seu corpo para se mecherem e fugirem da-li

-Não lhe aconselho a respirar tão fundo, pode abrir seus pontos. - dessa vez é a voz de Will que chega aos ouvidos de Rinaldo - Esvazie a mente.

Mesmo enquanto conversavam, Hannibal continuava arrastando Rinaldo até o destino perfeito, e após mais alguns segundos, eles acabam chegando no local, uma janela enorme. Soltando o "carrinho" onde Pazzi estava, Hannibal vai em direção a janela e a abre, apreciando a brisa fria da noite por alguns segundos, antes de se virar e encarar Pazzi novamente

Por mais que estivesse em um limbo entre a consciência e a inconsciência, Pazzi ainda conseguia distinguir algumas coisas com sua visão embaçada, o que ele via não o agradava nem um pouco

-O jantar de hoje não foi nem um pouco produtivo, a carne não possuía os atributos necessários para se tornar algo descente para se comer. - Hannibal estava sendo modesto, mas Rinaldo não precisava saber - Entretanto, seu fígado é os rins poderiam ter sido servidos no jantar. Com toda certeza, seriam extremamente deliciosos, se preparados da maneira correta.

Hannibal da um pequeno aceno com a mão, indicando para Will trazer Rinaldo para mais perto, e o Graham o faz, enquanto isso o Lecter pega uma corda que estava posto ao lado da janela, puxando um pouco para que ela estivesse do também adequado antes de começar a fazer um laço com uma das pontas

-Isto é, se fossem servidos hoje. - comenta Will, e Hannibal acena concordando com o noivo

-O resto de sua carne deveria ficar uma semana pendurada em temperatura fria. Não vi a previsão do tempo, você viu? - Rinaldo apenas fecha os olhos, se conseguir se mexer muito ainda - Posso supor que seja um "não".

-Se nós disser o que precisamos saber, comandante. Nós poderíamos deixa-lo ir sem mais danos. - fala Will um pouco cansado da enrolação de seu noivo - Faremos as perguntas, e depois veremos.

-Sabe que pode confiar em nós, certo? - questina Hannibal de uma maneira quase cômica, enquanto continuava a fazer o laço - Apesar de que, para você, é difícil confiar.

-Como a polícia não estava ao seu lado, percebemos que tinha nos entregado. Nós vendeu para Mason Verger? - questina Will aparecendo no campo de visão de Rinaldo

O pobre homem apenas balança a cabeça positivamente, resmungando palavras incoerentes, como se a sinceridade realmente fosse salvá-lo neste momento.

-Obrigado. - Hannibal agradece genuinamente para sinceridade - Liguei para o número do site de procurados dele, longe daqui, só por diversão.

Will não se surpreende com essa parte, afinal Hannibal era inteligente o suficiente para fazer com que essa ligação não pudesse ser vinculada a ele.

Após sua fala, Hannibal finalmente termina seu laço, levando-o até o pescoço de Rinaldo e ajeitando-o perfeitamente no local

-Falou sobre mim para alguém na polícia? - pergunta Hannibal, e dessa vez Rinaldo responde negativamente, mas continua com seus resmungos incoerentes - Isso é um não?

No instante em que o laço está devidamente ajeitado no pescoço de Rinaldo, Hannibal se afasta para analisar o local e ver se estava tudo certo, ao constatar que, sim, tudo estava indo perfeitamente bem, o Lecter tira um pequeno, mas afiado, canivete bolso.

-Então comandante, o que prefere? Tripas para dentro ou para fora? - com uma doçura não tão estranha para si mesmo, mas totalmente contrastante com a situação atual, Hannibal pergunta - Pra fora então. Will, querido, gostaria de fazer as honras?

-Claro! - responde Will com entusiasmo

Will caminha para a frente de Pazzi e abrindo seu blazer para revelar sua camiseta branca manchada de sangue, ficando completamente em frente ao comandante, Hannibal põe o canivete na palma da mão do Graham guiando-a para que ele pudesse cortar no local certo. Com a mão de seu noivo ainda ligada a sua, e o corpo dele precionado ao seu, Will estripa Rinaldo com uma velocidade quase sobre humana, deixando o inspetor em choque por alguns segundos, antes que a dor o atinja em cheio

Entretanto, Will não dá tempo para que Rinaldo possa ao menos processar a dor, pois em poucos segundos tanto o Graham quanto Hannibal estavam na parte de trás do "carrinho", espurrando-o para frente, para que o corpo de Pazzi que não estava amarrado ao transportador caia janela a baixo - sendo segurando apenas pela corda no pescoço - e tendo suas tripas jogadas no chão

Com uma satisfação sádica, Hannibal e Will apreciam seu primeiro quadro juntos, como o casal que eram e deveria ser.

Virando-se um para o outro, eles ficam se encarando por alguns segundos, antes de selarem essa obra com um beijo ardentes e apaixonado.

Como se um padre tivesse dito na mente deles, pode beijar a noiva.

 

Continua.

Chapter 13: Capítulo treze

Chapter Text

Sobe a luz da lua e das várias estrelas que iluminavam a vastidão daquele céu preto, Will admirava a primeira obra de arte que ele e seu amado noivo fizeram como um casal - a primeira de muitas outras que virão. O vento gélido da noite não afetava o Graham de forma alguma, sua admiração por sua obra de arte era tanta que estava ofuscada todos os seus sentidos, deixando-o praticamente dormente para o mundo exterior

Seu noivo o admirava de longe, com os olhos brilhantes, cheios de um sentimento que apenas Will proporcionava para ele - o cadáver de Pazzi não era mais o foco do Lecter, Will se tornou o centro de sua noite. Hannibal apreciava o momento em completo silêncio, ele sabia que precisava deixar os pensamentos de Will serem organizados para que dessa forma eles pudessem voltar para casa, é finalmente dar início a vida como um casal.

No início da noite, antes de Rinaldo aparecer para o jantar, Will temia o momento em que teria que matar o homem, não porque tinha alguma dúvida se queria o homem morto ou não, mas sim porquê temia que a morte do homem denunciasse para todos o local onde Hannibal estava se escondendo. Mesmo passando apenas poucos dias ao lado do noivo, Will já se via bastante apegado a ele, por isso o medo de perdê-lo esfolava seu coração

Mas agora, olhando diretamente para o corpo de Rinaldo, pendurado e totalmente sem vida, ele percebe que não precisava ter medo naquele momento, pois não importava o obstáculo ou a dificuldade, Hannibal e ele sempre venceriam, juntos.

-Vamos voltar para casa, querido Will? - pergunta Hannibal passando os braços ao redor da cintura do noivo

O Lecter odiava tirar o noivo da bolha de conforto que ele havia construído nos últimos minutos, mas as horas estavam se passando e o filho deles estava passando tempo demais, para o gosto de Hannibal, sozinho, então ele tinha que tirar Will de seu tupor e levá-los de volta para o apartamento.

-Ah? Ah! Sim, vamos. - Will se assusta um pouco com a presença repentina de Hannibal, mas logo se recompõe - Estou morrendo de e saudades do Dylan!

-Não se passaram nem duas horas, meu amor. - assegura Hannibal, mesmo também sentindo saudades do filho

-Mas foi tempo demais para mim, nunca fiquei mais do que uma hora longe dele. - diz Will, agarrando uma das mãos de Hannibal que ainda estavam em sua cintura e puxando-os de volta para o carro

-Você está certo. - concorda Hannibal aceitando ser guiado por Will- Então irei o mais rápido que conseguir.

-Por favor.

 

...

 

O caminho de volta ao apartamento acabou sendo muito mais rápido do que o de ida até o Palazzo, então, dessa forma, Hannibal e Will rapidamente chegaram no apartamento. Com a mesma velocidade, o Lecter estaciona o carro no mesmo local de antes, e ele junto ao noivo caminham até a entrada do apartamento, para finalmete colocarem um fim naquela noite que havia se tornado tão maravilhosa

Will e Hannibal ainda estavam em sua bolha apaixonada, o mundo ao redor deles parecia muito mais calmo e simples, agora que haviam finalmente feito um quadro juntos, o amor deles pareceu triplicar o tamanho, e isso estava deixando ambos os homens com uma felicidade extrema. O silêncio entre eles não era nada além de confortável, o cansaço é o amor entre eles falavam mais alto do que qualquer coisa que poderia sair da boca de qualquer um dos dois.

Por mais que a noite tenha sido maravilhoso, tanto para Hannibal quanto para Will, ambos estavam extremamente cansados e só queriam dormir durante horas - além disso, Hannibal precisava adiantar o preparativos para o seu casamento com o Will, a cerimônia inicial foi hoje, mas o Lecter não abriria mão de uma cerimônia oficial, para finalmete poder chamar o Graham de "meu marido".

Will por outro lado só queria fazer mais alguma coisa antes de ir dormir ao lado de seu noivo, conferir se Dylan estava bem era um ritual que o Graham nunca quebrou, desde que seu bebê nasceu, e não era hoje que ele iria quebra-lo.

-Eu vou ver o Dylan, depois eu vou até o quarto. - diz Will no instante em que eles entram no apartamento

-Certo. - responde Hannibal trancando a porta enquanto via o noivo ir diretamente para o quarto onde o filho deles estava

Com calma Hannibal trancava a porta, e caminhava até a mesa para pegar os pretos que haviam restado do jantar que eles tiveram a horas atrás com Rinaldo, uma careta aparece no rosto de Hannibal enquanto ele se perguntava o porquê de não ter feito isso antes.

No instante em que seus dedos encontram com o primeiro prato a sua frente, seu noivo volta para o seu campo de visão com um velocidade surpreendente e com uma expressão de medo no rosto.

-O Dylan... - ofega Will, como se tivesse acabo de correr uma maratona - Ele não está mais no quarto!!

Um frio consome o corpo de Hannibal no instante em que a frase do noivo é assimilada por seu cérebro, o corpo do Lecter trava no lugar enquanto diversos cenários terríveis do que pode ter acontecido ao seu precioso filho - no qual ele mal passou tempo, afinal fazia menos de uma semana que Will tinha voltado para sua vida. O choque inicial passa quando o desespero do noivo fica ainda mais evidente para Hannibal, então a mente do ex-psiquiatra volta a trabalhar

-Querido você tem certeza? O quarto estava escuro e... - Will o corta abruptamente

-Tenho! Meu bebê não estava na cama Hannibal, e eu perceberia se ele estivesse, mesmo no escuro! - Will praticamente grita se colocando frente a frente ao seu noivo

-Precisamos nos acalmar, vamos voltar ao quarto, se alguém o pegou deve ter deixado alguma coisa para trás. - Hannibal aproveita a proximidade e pega a mão de Will apertando firmemente e puxando-o até o quarto onde o Dylan dormia

O quarto ainda em desenvolvimento do bebê estava quase parecendo um quarto infantil e não apenas um quarto de hóspedes, os itens de troca estavam em uma cômoda, alguns brinquedos espalhados nos chão, tudo isso era visível mesmo com a luz apagada.

No instante em que eles chegaram próximo o suficiente do quarto, Hannibal acende a luz, e o feixe cobre o quarto por inteiro, iluminando completamente o local da cama onde eles haviam montado um pequeno "casulo" para que Dylan pudesse dormir sem perigo de cair, lugar esse que antes estava ocupado pelo bebê e que agora estava completamente vazio.

Com um olhar analítico, Hannibal vagueia por todo o cômodo, mas algo em particular chama sua atenção, no local onde seu bebê deveria estar, estava algo que parecia um bilhete.

-Deixaram algo. - avisa Hannibal soltando a mão do noivo e indo diretamente na direção do bilhete e pegando-o

-O que diz?! - questiona Will de forma ansiosa, seu corpo coçava só de ficar longe do filho

-"É muito bom ter você em minhas mãos doutor Lecter. Mesmo que eu não posso ver sua expressão agora, tenho total certeza de que esta extremamente preocupado com o paradeiro de sua prole. Mas não se preocupe, eu estou cuidado muito bem do pequeno bastarda. Entretanto tenho certeza de que não é isso que você e o querido doador de esperma querem saber, para que possam recuperar o garoto vocês devem se entregar a mim." - enquanto cada palavra daquela carta era absorvida por seu cérebro, a expressão de Hannibal mudava cada vez mais, até encerrar a leitura e sua expressão se torna muito mais gélida que o normal

Hannibal podia sentir a raiva, o medo, e o nervosismo irradiando de seu noivo, que não parava de se remecher no mesmo lugar ao seu lado, e por mais que em seu interior o Lecter estivesse sentindo as mesmas coisas ele sabia que tinha que se manter calmo, para que assim eles pudessem resgatar o filho com segurança.

O silêncio entre eles dura por mais alguns segundos, enquanto Hannibal tentava elaborar um plano em sua mente para poder resgatar o filho sem coloca-los - lê-se colocar o Will - em perigo. Contatar Mason era a parte mais simples do plano, visto que o Verger não fazia esforço nenhum para esconder suas informações de contato naquele site fajuto onde ele procurava pessoas para caçar o Lecter, entretanto lidar com o poder de fogo que o dinheiro dele dar a ele não era tão fácil. Por isso o plano precisava ser bem pensando e articulado.

-Hannibal... o que vamos fazer? - Will conseguiu controlar suas emoções conflitantes, para poder falar com o noivo com o mínimo de hesitação possível

A voz baixa e fraca do noivo chega aos ouvidos de Hannibal, trazendo-o de volta a realidade da solidão, ele havia ficado tão inerte em seus pensamentos que nem se deu conta que os pensamentos do amado possivelmente estavam levando-o a lugares tenebros. Respirando fundo, o Lecter larga a carta, virando-se para Will e abraçando-o com toda a força que tinha em seu corpo.

-Nos vamos resgatar o Dylan, eu prometo. - Will não se acalmar com as garantias de Hannibal, mas deixa as palavras dele entrarem em seu coração e mente

-Como? - questino o Graham com a voz trêmula

-Como sempre fazemos. - a determinação preenche o corpo de Hannibal, que tenta passar o mesmo sentimento ao noivo

Por mais que não fosse tanta, Will sentiu uma centelha de determinação em seu peito com a fala do noivo

-Certo.

 

...

 

O dia chega muito mais rápido que o espero, e se passa mais rápido ainda, e logo a noite cai mais uma vez. E em meio a todas essas horas, Hannibal e Will elaboraram o plano para resgatar o filho das garras nojentas de Mason, um plano que eles fariam dar certo custasse o que custasse. E para a infelicidade deles, principalmente a de Hannibal, para dar inicio ao plano eles precisavam ser capturados por Mason e seus homens - o que envolvia colocar Will em perigo, algo que não agradava Hannibal de jeito nenhum

Se captura por Mason era de certa forma a parte mais fácil do plano, visto que o Verger parecia estar louco para por as mãos imundas em Hannibal - o que também não agradava Will - então eles não precisariam se esforçar muito para isso.

E mais uma vez eles usariam um jantar como pretexto para algo muito mais mórbido, dessa vez o jantar seria em um lugar um pouco mais especial para eles, o Palazzo, por mais que estivesse interditada graças a morte do investigador Pazzi - morte esse que ainda aquecia o coração dos dois ao se lembrarem dela - , ainda era um lugar especial para o casal. Então seria neste mesmo local em que o jantar de aguardo a Mason seria feito por eles

Tudo foi arrumado em seu devido lugar, uma mesa redonda fora posta no meio da sala onde eles haviam jogado Rinaldo na noite anterior, velas iluminavam a pequena mesa coberta por uma toalha tão branca que praticamente refletia a luz amarelada das velas acesas, um vaso com exatas três rosas vermelhas estava posto no meio das velas, e os pretos de porcelana branca junto aos talheres de ouro estavam devidamente postos um em frente ao outro

-Não acha um desperdício? - comenta Will, querendo disfarçar seu medo do fracasso com uma convesa fiada

-Da comida? Com certeza, mas será necessário.- concorda Hannibal, entendedo a tática do noivo assim que ele a iniciou

-Não só da comida, de tudo isso! A mesa, as velas, as rosas, até mesmo os prestos, tudo isso para Mason vir aqui nos sequestrar!! - Will respira de forma exasperada, isso não era nem de longe o que ele queria falar, mas acabou sendo o que ele falou

-Will, meu amor, mylimasis, nos vamos conseguir resgatar o Dylan, eu prometo para você. - Hannibal fala com todo carinho que tinha em seu corpo, deixando os pratos com o jantar deles de lado para poder abraçar Will

-Eu não deveria tê-lo deixado sozinho ontem, eu nunca deixei ele exatamente sozinho, ele sempre tava com a matilha e a babá eletrônic ou com alguém que eu confiasse minimamente, mas nunca sozinho, nunca!! - choraminga Will escondendo o rosto no terno caro do noivo

-Não se culpe meu amor. A culpe é do Mason e de mãos ninguém. - assegura Hannibal apertando ainda mais o corpo do Will contra o seu - Nos vamos conseguir detê-lo e pegar o nosso filho de volta, é apenas as uma questão de tempo, você verá.

-Só nós dois não será o suficiente, nosso plano é bom Hannibal, mas não tão bom para alguém como Mason, que tem praticamente um exército logo atrás dele. - a insegurança em relação ao plano era algo que estava no peito de Will desde o início em que eles começaram a bolar o plano

-Apenas nós dois não só parece, como é um número menor, mas nós temos uma carta nas nossas mangas meu bem. Minha manipulação excepcional e suas habilidades de luta seram praticamente imbatíveis contra as mentes frágeis dos contratados e do próprio Mason, além do mais temos outra carta na manga. - a expressão confusa de Will tira um sorriso do rosto de Hannibal - Você verá essa carta na manga na hora certa, confie em mim.

-Confio. - e Will confiava, sua vida inteira e a de seu filho, tudo isso ele confiava a esse homem que roubou seu coração

-Então, vamos aproveitar, mesmo que parte, desse lindo jantar romântico? - as mãos de Hannibal descem dos braços de Will até alcançarem suas mãos, dado um aperto firme em ambas

-Vamos. - Will de inclina em deixa um singelo beijo nos lábios de Hannibal

O medo do plano dar errado ainda persistia em seu ser, mas a certeza nas palavras do noivo ainda era maiores, então isso fora praticamente o suficiente para apaziguar a mente de Will. A culpa corroia o peito do Graham, cenários em que ele poderia ter ficado em casa e esse maldito sequestro não aconteceria eram fantasiados por sua mente em frangalhos, os últimos momentos vividos ao lado de seu bebê eram repetidos por seu cérebro em um loop que aparentava ser infinito. Tudo isso em conjunto o lembrava do porquê lutar, mas também o deixava enlouquecido

Já Hannibal confiava cegamente em seu plano, que ao seu ver era a prova de falhas, por mais que um encomodo ainda existisse em seu coração ele não se deixava levar por isso. Afinal, sua mente racional dizia que quem quer que estivesse com seu bebê, o que ele sabia que não seria Mason diretamente, não estava fazendo mal algum a ele, afinal alvo do Verger era Hannibal, e por mais que fizesse sentido ferir Dylan para poder faria o Lecter - o que, sem dúvida alguma funcionaria - não seria algo que combinaria com personalidade do Verger. E era nesso que Hannibal se segurava para não se deixar levar por seus sentimentos negativos.

Mesmo com as garantias de seu noivo, o medo ainda assolava o coração de Will, afinal era o seu filho que havia sido sequestrado, o bebê que esteve em seu ventre durante nove meses, o bebê que ele passou um pouco mais de dois meses cuidando quase completamente sozinho, o bebê que se tornou tudo para Will em tão pouco tempo, então seus medos eram compreensíveis. Estar longe de Dylan era como perder um membro, a dor surda parecia consumir seu corpo por inteiro, como se estivesse rasgando cada camada de pele, músculos e tendões, tudo isso para mata-lo de dentro para fora

É Will sabia que esse era a real intenção de Mason, causar dor tanto em Will quanto em Hannibal, causar uma dor tão inimaginável quanto a que o Verger sofreu ao ter metade do rosto cortada e dada para animais comerem - mesmo que estivesse drogado durante isso, a humilhação ainda era vivida. Mas isso só servia para deixar o Graham com raiva, e a raiva em seu coração crescia muito mais que seu medo

Enquanto sentavam-se na pequena mesa para darem início ao jantar que serviria como "uma última ceia" aos olhos de Mason, uma raiva não tão desconhecida tomava conta de todo o corpo de Will, tirando quase que completamente o medo que antes o consumia. O Graham sabia que qualquer sentimento, seja negativo ou positivo, naquela situação não eram um bom sinal, mas ele não conseguia controla-los, pois se tratava de seu amado filho.

-Acalme-se querido, vai dar tudo certo. - Hannibal assegura mais uma vez, ao se sentar na cadeira em frente a Will

-Eu espero. - Will diz começando a acreditar nas palavras de seu noivo

Por apenas alguns minutos o jantar pareceu apenas mais um jantar romântico normal que um casal poderia ter, mas como nada na vida dos futuros Lecter-Graham poderia ser normal, a pequena bolha de normalidade do casal é perfurada pela entrada, nada sutil, de homens armados no local.

O barulho da fechadura da porta quebrando chega aos ouvidos de Hannibal e Will muito antes das vozes e dos rostos dos homen de Mason, mas nenhuma dessas coisas foi o suficiente para assustar o casal, que continuou a comer a comida normalmente. Os ditos homens estavam com armamento pesado, e cada uma das armas estava muito bem apontada tanto para Hannibal quanto para Will

-Como é bom rever você doutor Lecter. - a voz de Mason ecoa pela sala chegando aos ouvidos se casal, e é apenas isso que faz ambos encerrarem a refeição

-Digo o mesmo, Mason. - responde Hannibal virando-se para encarar o captor de seu bebê com uma expressão de raiva contida no rosto

-Pena que isso não é mais uma das nossas divertidas sessões de terapia, não é mesmo? - ver aquele homem moribundo rir era grotesco demais, até para Hannibal e Will - Bem... agora que estamos todos juntos, que tal adicionarmos mais alguém?

Com sua última frase ressoando pelo cômodo, Mason acena para o - médico? Enfermeiro? - que estava segurando sua cadeira, o homem retribui o aceno e estala os dedos. Após tudo isso, Jack aparece na sala com Dylan em seu colo.

Will prende a respiração e segura fortemente o garfo em sua mão, arrependendo-se amargamente se ter contado sobre seu bebê para Jack.

Aos olhos de seus pais Dylan parecia estar relativamente bem, nenhum hematoma ou machucado estava a vista, obviamente suas roupas continuavam as mesma da noite anterior, mas a única coisa que preocupava tanto Hannibal quanto Will - sem contar o fato de Dylan estar sendo segurado por Jack e ao lado de Mason -- era o rosto do bebê que estava manchado por lágrimas.

Ver Dylan longe de seus braços e de seu toque estava fazendo todo o corpo de Will se contorcer internamente, estar longe de seu bebê ja era exatamente difícil, agora vê-lo ao lado de pessoas que poderiam muito bem usa-lo para atingir tanto a Hannibal quanto a Will era pior ainda.

-Jack. - é que única coisa que sai da boca de Will, como um comprimento para o ex-chefe

-Will. - o Crawford devolve o comprimento

-Vamos voltar ao assunto principal. - Mason fala se mechendo na cadeira de forma impaciente - Um belo jantar, uma pena que será desperdiçado.

-Estamos aqui Mason, devolva o nosso filho! - fala Will, tão impaciente quanto o próprio Mason

-A pobre doador de esperma, tão ingênuo quanto os vira-latas que você criava. Realmente achou que eu devolveria o bastardo? Sendo que eu posso ter os três para mim, o que seria sem sobra de dúvidas muito melhor. - o sorriso sem lábios de Mason era horrendo, mas não o suficiente para assustar o casal

-Você não pode conosco, Mason! - Will se levantar de forma abrupta, deixando seus sentimentos consumir seu corpo

Com uma ação rápida, e possivelmente treinada, os homens que estavam sobre o comando de Mason utilizam de suas armas para desacordar Will, dando uma coronhada na nuca do Graham e por consequência fazendo o mesmo que Hannibal - que ao ver seu noivo ser ferido, também se levantou pronto para ajuda-lo

-E eu esperando uma rendição fácil. - diz Mason para ninguém em comum, com um sorriso divertido no rosto

-O que vai fazer agora? - questiona Jack, olhando para o corpo desacordado de Will esparramado no chão

-Muita coisa pra por em palavras, caro Crawford. - e mais uma vez Mason ri - Peguem eles, e vamos embora desse lugar.

E dessa forma eles partem para bem longe daquele local, sem nem perceberem que estavam sendo vigiados por olhos atentos a alguns metros de distância do local, olhos esses que seguem os sequestradores até entrarem nos carros e saírem de lá como se nada tivesse acontecido.

 

...

 

Para que Hannibal é Will se mantivessem desacordado até voltarem aos Estados Unidos, Mason deu a ordem para que um de seus homens injete drogas soníferas no casal, deixando-os inconscientes durante toda a viagem até a fazenda de sua família, ou melhor dizendo, até sua casa. Com a segurança de que nenhum dos capturados irá acordar tão cedo, o Verger teve que lidar dessa vez com a prole do casal

O que também não foi um problema para o homem, que deixou os cuidados do bebê inteiramente nas mãos de Alana e Jack que estavam ao seu lado durante todo esse plano.

Como o avião utilizado por eles era particular, Mason nem precisou esconder os corpos desacordados do casal, ele apenas ordenou que eles fosse colocados em um dos bancos do avião com os sintos ao redor de seus corpos - por mais que quisesse causar todo o tipo de dor, tanto em Hannibal quanto em Will, o Verger queria utilizar as próprias mãos para isso, pois deixa-los serem levados de um lado para outro de dentro do avião não teria tanta emoção quanto machuca-los diretamente

Além do mais, o fato do avião ser particular, dava a eles a liberdade de discutirem os próximos passos do plano sem se preocuparem se seriam ouvidos ou não. E era exatamente isso que estavam fazendo

-E agora? O que irá fazer com eles? - questina Jack tomando um gole do vinho caro de Mason havia oferecido a ele anteriormente, enquanto se encostava no macio acente do jato

-Você sabe Jack. - Mason diz com um sorriso torto - Tortura-los.

-Uhm. - seu lado policial gritava para ele que isso era errado e que ele deveria estar levando Hannibal diretamente para a cadeia e não para um sádico, mas como Hannibal também era um sádico, Jack resolveu conter esse seu lado - Will também? Ou vai deixa-lo escapar com o bebê?

-Meus planos para Will Graham são bem mais levianos do que para o doutor Lecter, e isso também se aplica ao pequeno bebê aí. - Mason aponta sua taça para o garoto que dormia nos braços de Alana - Mas eles ainda estão em desenvolvimento, então não poderei contar detalhes ainda.

A manteria acabou passando despercebido por Jack, que apenas aceitou na resposta simples de Mason e resolveu ficar quieto

-Visto que nosso objetivo já foi cumprido, não vejo mais necessidade de estarmos juntos, não acham? - questina Mason mudando seu olhar para Jack e Alana

-Concordo. Você já tem Hannibal sobe custódia, então dá mesma forma que eu não sou mais útil para você, você também não é mais útil para mim. Por isso, assim que pisamos em solo americano eu irei me despedir de vocês. - fala Jack que de maneira simples, tomando mais um gole de seu vinho - Apenas quero que me mantenha atualizado sobre o destino que este bebê tomara.

-Eu por outra lado... pretendo ficar ao seu lado e ajudá-lo a cuidar desse bebê. Não me leve a mão Mason, mas acho que você não tem tato algum para lidar com um bebê. - responde Alana e Mason rir da afirmação da mesma

-Está certa. Então... muito bem, eu lhe manteria atualizado sobre o bastardo e deixarei você se manter ao meu lado doutora Bloom. - Mason mais uma vez sorri para os seus parceiros

A viajem de volta para os Estados Unidos ocorreu sem nenhum tipo de incidente, seja envolvendo os homens sequestrados ou a aeronave em si, então no horário previsto o jato particular estava pousando no aeroporto mais próximo da fazendo dos Verger. No instante em que o avião fez seu pouso, Jack se despediu de Mason e Alana enquanto desejava internamente nunca mais vê-los na vida.

Alana por outro lado continuo ao lado de Mason o resto do trajeto até a fazendo onde ele morava, para não só ver sua noiva novamente, como também estar a par de tudo o que estava sendo feito contra Hannibal, Will e o bebê.

Os detalhes sórdidos da tortura que Mason estava preparando para o casal - principalmente para Hannibal - estavam todos sendo preparados em sua casa, longe dos olhares curiosos de sua querida irmãzinha, e apenas ele é aqueles que estavam preparando tudo sabiam de toda a extensão de seu plano, Mason sorri ao constatar isso.

Toda a dor e humilhação que Hannibal havia lhe causado ao fazê-lo arrancar o próprio rosto e usa-lo para dar comida a cachorros, e arrancar o próprio nariz para ingeri-lo depois, será devolvida em dobro para o Lecter. Entretanto a dor não será só física, como também pegará boa parte do emocional do Lecter

Um sorriso sórdido aparece nos lábios de Mason ao constatar que Hannibal havia cavo a própria cova no instante em que se permitiu ter sentimentos pelo ingênuo doador de esperma, e posteriormente pelo bebê que vaio a nascer, ambos serão usados como trunfo para torturar de diversas formas a mente e o corpo do Lecter. Mason estavam extremamente ansioso para começar a por seu plano em prática

Entretanto a arrogância de Mason estava cegando seu raciocínio, o fato de que Hannibal havia sido capturado deveria ter sido para o Verger um grande sinal de que havia algo de errado, mas sua arrogância é soberba impediu seu cérebro de pensar que a captura dos dois havia sido facilmente demais para o gosto do Verger. Além do mais, nem ele é muito menos os homens que estavam sobre seu comando perceberam que estavam sendo seguidos pela mesma mulher desde o segundo em que deixaram o Palazzo para trás com os corpos de Hannibal e Will a reboque.

A mulher se mantinha fora da visão de qualquer um, com seus passos rápidos e metódicos, sua agilidade que a fazia passar rapidamente por todos os locais em que poderiam vê-la, e suas habilidades de espionagem. Tudo isso estava trabalhando em conjunto no seu corpo para deixa-lá o mais longe possível da suspeita de Mason

Mason mal poderia esperar para a surpresa que teria.

 

Continua.