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Dançando no Escuro

Summary:

Era a comemoração de final da Semana de Integração com os calouros e obvimanete era mais uma chance de sair com Kongpob.

Work Text:

Sempre havia uma comemoração depois da Semana de Integração dos Novatos e do concurso da Lua e da Estrela do campus, era um momento em que os veteranos do Sistema SOTUS davam uma pausa e se juntava aos seus novatos para terem um tempo onde se conheciam melhor e lhes ajudavam sutilmente no que deveria fazer quando chegasse o dia do teste final. Korn tinha passado por isso e tinha se divertido bastante, principalmente por ser a Lua do Campus do seu ano. 

Por isso se arrumou, colocando uma blusa social branca e uma calça jeans, o que deixava bem claro como seu corpo era bem desenvolvido e que vinha cultivando há alguns anos já. Estava se exibindo, mas quando se saia como alguém como Kongpob tinha que jogar para cima ou iria ficar para trás, mesmo que ele não fizesse de propósito. Olhou-se no espelho e sorriu terminando de se ajustar, passando um perfume e saiu do quarto. Para sua surpresa, Knock estava com Fai e Farm fazendo a parte do trabalho dele. 

O que o fazia se perguntar se era a forma do seu amigo - mesmo que ainda estivesse incerto sobre essa amizade - lhe vigiar, já que normalmente ele fazia os seus trabalhos sozinho, mesmo quando eram em grupos. Mas não conseguia se importar como se importava antes.

Os olhos dos três se voltaram para ele e acabou sorrindo, mesmo que uma parte sua ainda se sentisse estranho quando ficava perto de Knock. Mas ele tinha feito sua escolha e ele estava respeitando ela, ao seguir sua vida e com Kong voltando com tudo para a sua vida, não via qualquer motivo para esperar por algo que não viria.

- Então você vai mesmo para a festa dos calouros?

Acenou com a cabeça de maneira positiva respondendo a Fai. Não via porque mentir, já que praticamente todos os veteranos e outros amigos deles, estariam lá.

- N’Kong ganhou como Lua do Campus, eu prometi que iria recompensá-lo se ele conseguisse.

Sorriu para sua amiga e viu a expressão de Knock ficar sombria, mas sinceramente? Não tinha mais qualquer energia sobrando para lidar com a indecisão dele. Kongpob não só era uma aposta mais segura, como ela se dava muito bem em cima e fora da cama, por isso estava disposto a lhe agradar.

- Então não volta para a casa hoje?

Foi à pergunta de Knock, eles não moravam mais juntos desde um pouco antes dele tirar o gesso e Korn reencontrar Kongpob, por isso não fazia qualquer sentido a pergunta dele. Contudo sabia o que ele realmente queria saber com aquela pergunta.

- Não sei ainda, tudo depende se N’Kong vai querer terminar a noite comigo ou não.

Poderia ser direto e dizer que eles iriam sim terminar juntos, mas não queria que ele soubesse demais do seu relacionamento com o mais novo. Tinha dito uma vez que se ele quisesse saber mais sobre sua vida sexual, ele tinha que ser seu namorado. Seu celular tocou e pegou olhando para uma mensagem de Kongpob e acabou sorrindo de maneira divertida.

- Bom, vou indo.

Despediu-se deles e saiu do quarto, caminhando em direção ao seu carro, afinal se usasse sua moto seria um problema depois. Sabia que o mais novo não gostava muito de pilotar motos e não sabia se iria ficar ou não bêbado. Não demorou muito para chegar no clube que o conselho estudantil havia alugado para aquela festa, estacionou e saiu vendo que Kongpob estava lhe esperando na entrada. Ele estava com Em e um menino que não conhecia.

- Espero que não tenha ficado esperando muito.

Não sabia como Kongpob iria agir, mesmo que já estivessem saindo há um tempo e feito sexo de forma regular, eles não tinham estabelecido qualquer tipo de relacionamento mais sério ainda. Por isso esperou pelo mais novo tomar a iniciativa do que eles seriam hoje. Kong se aproximou e lhe deu um selinho, segurando sua mão.

Relaxou com a atitude dele, porque não sabia como iria reagir se ele decidisse ser só seu amigo naquela noite e decidisse ficar com outra pessoa. Provavelmente iria doer mais do que doeu quando Knock decidiu voltar para sua namorada.

- Não fiquei, vem eu vou te apresentar a quem você não conhece.

Pode ver a expressão do menino que não conhecia e acabou sorrindo, porque não era nenhuma novidade na faculdade que era gay, mas talvez Kongpob ainda se mantivesse fora do radar. Bom, hoje isso iria mudar. Então olhou para Em e sorriu ainda mais.

- Então, Ai’Kao está namorando a P’Pete a dois anos.

Viu a decência do mais novo ficar envergonhado. Enquanto lembrava o mais novo sem nem mesmo pensar duas vezes, já que eles passaram algumas horas discutindo quanto tempo eles iriam durar e Korn tinha mais fé do que os outros.

- Você e Appo me devem, mas vou ser bonzinho e não vou cobrar hoje.

Em pareceu mais aliviado, afinal sabia que provavelmente ele deveria ter ficado a semana - se não o mês - tentando convencer o pai dele de deixá-lo vir para a balada. Então provavelmente se não estivesse na aba de Kongpob iria ficar sinceramente surpreso.

- Em minha defesa, eu não tenho o seu número e Appo disse para não falar nada e quem sabe você esqueceria? Quem iria imaginar que você estudava aqui e iria voltar a se relacionar com o Kong? 

Podia ver que Kongpob estava se divertindo e então se virou para um calouro confuso. Afinal, não gostava de deixar as pessoas de fora da conversa e embora não pudesse explicar todo o contexto dessa conversa, poderia ao menos se apresentar.

- Eu sou Korn, veterano de N’Kong e N’Em na escola e agora na faculdade também. Eu faço Engenharia Civil.

Estendeu a mão para ele e ele segurou, apertando com firmeza e percebeu que o menino também retribuiu com firmeza. Ficando satisfeito, afinal não curtia gente que não tinha um aperto de mão firme.

- Eu sou Oak, sou amigo de turma deles.

Acenou com a cabeça e olhou para Kongpob que estava olhando para a entrada, moveu a cabeça e viu que Arthit estava entrando com a sua gangue e acabou abaixando a cabeça, falando baixo nos ouvidos dele.

- Se quiser ir atrás dele, não vou ficar chateado.

Porque apesar de saber que gostava dele, também sabia que Kongpob estava interessado no igual e como eles não tinham nenhum relacionamento real, não sentia que poderia pressioná-lo a nada. Assim como nunca pressionou Knock, mesmo que eles tivessem feito sexo duas vezes. O mais novo se virou em sua direção e lhe encarou com cuidado, então sorriu.

- Eu quero ficar com você, ou não teria te chamado.

Sorriu de volta e abaixou dando um beijo em seus lábios. Não tinha mentido, mas a resposta dele lhe deixou aliviado, embora… Se Kong lhe inserisse na hora de ficar com Arthit não seria exatamente contra. Mesmo que o menor não fosse exatamente o seu tipo.

- Certo! Eu não quero ficar a noite toda vendo vocês namorarem! Vamos entrar.

A voz de Oak soou irritada e então caminharam para a entrada, mostrando os convites que foram vendidos pelo conselhos de estudantes. Já estava cheio, mesmo que ainda fosse relativamente cedo e caminharam para uma mesa onde haviam meninas sentadas. Uma delas sorriu para Em e enquanto outra, a menor, parecia lhe devorar com os olhos, sentiu os dedos de Kongpob apertando em sua mão e acabou rindo.

- Não sabia que era do tipo ciumento.

Sussurrou no ouvido dele, porque a música soava um pouco mais alta que o normal e não queria gritar. Viu-o virar o rosto e acabou lhe encarando como se estivesse analisando alguma coisa. Kao dizia que era o olhar do investigador, era o que Kong fazia quando queria ter a certeza de alguma coisa.

- Desculpa, acho que não tenho esse direito.

Olhou para ele e abriu a boca para falar, mas então uma das meninas – a única que não parecia afetada com a chegada deles – disse alguma coisa chamando atenção de Kongpob e acabou deixando isso de lado. Mas essa fala ficou na sua cabeça.

Afinal, o que significava ter direito de estar com ciúmes?

A noite passou de maneira suave, como Kongpob queria beber, decidiu que seria melhor ser o motorista da rodada. Já que Em disse que Kao iria passar para buscá-lo mais tarde, porque iriam almoçar na casa dele no dia seguinte. Descobriu que era fácil conversar com os amigos dele e logo descobriu o nome das mulheres que faziam parte do grupo, para sua surpresa Maprang (a que pareceu lhe devorar) era fácil de lidar. Lembrando-lhe de Yiwha.

Estava conversando com Em quando sentiu a mão de Kongpob em seu braço, virou o rosto e percebeu os olhos dele em si, fazendo-o se arrepiar de uma forma que poucas vezes sentiu na vida. Eles estavam lhe encarando com um ar de que queria lhe devorar e Korn quase o levou para o banheiro para deixá-lo fazer isso.

- Dança comigo?

Sorriu para ele e acenou com a cabeça positiva. Kongpob segurou sua mão e o levou em direção à pista de dança. Era escuro o suficiente para dar uma sensação de privacidade e ao mesmo tempo lhe deixava ciente o suficiente de estar em público. 

Seu amigo tocou em sua cintura e começaram a dançar, apesar de ter aptidão nos esportes, ele não tinha a mesma desenvoltura movimentando o seu corpo dessa forma e por isso apenas seguia os passos que o mais novo ditava. Seus olhos estavam nele e ele lhe observava de volta, fazendo-os se perder em seu próprio mundo.

Por isso não percebeu quando a iluminação do local ficou vermelha, uma música mais sensual começando a tocar, apenas notou Kongpob erguendo as mãos e abrindo o primeiro botão de sua blusa. Os dedos dele tocaram em sua pele, quando ele desceu para abrir um segundo e um terceiro, até revelar o seu mamilo. Ele lhe encarava com intensidade enquanto se aproximava e lambia o local com deliberada lentidão. Korn sentiu-se arrepiar e um gemido saiu de seus lábios.

Lembrou-se de quando estavam ficando na escola, de como Kongpob sempre gostou de fazer as coisas ao ar livre e onde poderiam ser observados. Por isso simplesmente não iria lhe impedir, porque também gostava de ser exibido dessa forma, mesmo que ainda não tivesse falado com o menor sobre isso. Segurou a cintura dele e puxou para perto, podendo sentir a ereção dele de encontro com a sua e abaixou a mão até o zíper dele e foi sua vez de lhe encarar.

Por um segundo achou que ele fosse recuar, mas ele simplesmente abriu o outro lado da sua blusa e começou a lamber o outro mamilo e gemeu aos ouvidos dele. Com habilidade, abriu o botão da calça dele e revelou o sexo dele, mas não o tocou, apenas abriu a própria calça fazendo com que seus corpos se tocarem. Contudo eles não começaram a roçar como normalmente faziam, eles voltaram a dançar um com outro.

Apertou o corpo dele junto com o seu, ele ergueu os braços e passou pelo pescoço dele, enquanto se movimentavam junto com a música. Seus sexos sendo estimulados por eles, mesmo que prazer ali vinha muito mais de serem vistos, de estarem dançando e de estarem juntos, do que propriamente o toque. 

Baixou a cabeça e tomou os lábios dele em seus lábios, sua língua passando pela língua dele, enquanto ambos sentiam o gosto um do outro enquanto se movimentavam. A música havia trocado, até mesmo a luz, mas nenhum dos dois estava disposto a parar e sabiam que não teria qualquer problema, eles estavam em seu elemento ali.

- Korn.

Ouviu quando percebeu que ele estava próximo, em um lapso de consciência, subiu a roupa de baixo dele fazendo-o chegar a sua própria roupa e assim evitando uma lambança em local público. Ergueu a mão e passou no rosto dele.

- Quer ir para a casa?

Kongpob sorriu lhe puxou para lhe dar um beijo.

- Sim, eu preciso de você.

Korn sorriu, porque sentia a mesma necessidade.

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