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Capítulo 1 – O começo
O sol já começava a nascer no horizonte dando início a mudança, numa pequena fazenda, mais especificadamente dentro da casa, uma figura se declarou mais cedo que as demais que moravam no lugar, era um rapaz alto, aparência forte e imponente. Seu rosto é bem definido, com traços angulosos e marcantes, queixo firme, bochechas discretas e maçãs do rosto levemente salientes. Olhos grandes e intensos, de cor azul, e nariz reto e proporcional. Seu cabelo é preto, volumoso e levemente desgrenhado, com mechas espetadas e bagunçadas que caem parcialmente sobre sua testa e laterais do rosto, a parte traseira do cabelo é mais curta, mas igualmente desalinhada.
Seu corpo é extremamente musculoso e definido, com peitoral largo, ombros largos e braços fortes e vascularizados, deixando evidentes que possuía muita força física. Os músculos do abdômen são bem marcados, com orientação física e disciplina específica.
Estava vestido com uma túnica branca simples, rasgada no ombro esquerdo, deixando seu peitoral e braço esquerdo completamente expostos. A peça é amarrada de modo improvisado no ombro direito, revelando seu físico imponente. Na cintura, há um largo cinto vermelho com detalhes dourados, incluindo um medalhão redondo no centro, que serve tanto como adorno quanto como cinco funcionais. A parte inferior do corpo estava coberta por calças largas pretas, e os pés cobertos por botas e nos pulsos usavam pulseiras douradas.
O jovem se mexeu silenciosamente para não despertar os demais que ainda se encontravam dormindo profundamente. Ele foi até a parede de seu quarto, pegou seu arco e flecha, e o que mais iria precisar, em seguida foi em direção a porta da casa. Fazia frio do lado de fora, e o céu ainda se encontra em sua grande maioria escura.
O jovem rapaz de 15 anos, massageou os braços musculosos e deu início a sua caçada. Ele segue em direção à floresta. Enquanto avançava o sol subia ao céu aumentando mais sua área de visão, ele olhou o ambiente ao redor a procura de pistas do animal que serviria de presa para ele e sua família, depois de alguns minutos andando algo chamou sua atenção no chão, eram pegadas.
“Cervo” inventou o jovem Hércules.
Ele seguiu a trilha deixada pelo animal e depois de mais de alguns minutos, ele localizou seu alvo. Era um cervo alto com pelagem branca como a neve, longos chifres e olhos azuis. Hércules parou pronto para armar seu arco e disparar uma flecha contra o alvo, contudo o cervo percebeu sua presença e saiu correndo rapidamente.
O garoto bufou irritado e voltou a perseguir uma criatura que para sorte dele não havia ido longe, seguindo os rastros, Hércules viu que as pegadas levavam a algumas ruinas. Ele atrapalhou para dentro das ruínas até que depois de alguns minutos andando ele avistou o cervo abaixo do morro onde se encontrava. Dessa vez com mais cuidado ele se posicionou, puxou o arco das costas e em seguida pegou uma flecha de seu aljava. Colocando-a com cuidado em seu arco, Hércules deixou a corda ao máximo até que ela alcançou sua garganta, ele mirou com cuidado no local em que iria lançar a flecha, sentindo-se seguro o suficiente ele disparou a flecha que acertou o cervo na axila da pata direita.
O animal relatou de dor após ser atingido, mas caiu no chão incapaz de correr. Hércules sorriu por dentro para conseguir capturar sua presa. Agora faltava apenas fazer uma coisa, ele desceu do lugar em que estava e foi até o cervo que agonizava. Agachando-se ao lado dele, pegou a faca que levava presa sua cintura, colocou a lâmina no pescoço do cervo e a desceu suavemente, a lâmina perfurou o pescoço do cervo e desceu suavemente enquanto o sangue escorria devagar para fora e o animal fechava os olhos suavemente como se estivesse ao invés de morrer, caindo num profundo sono do que nunca mais acordaria.
Com tudo finalizado, Hércules guardou sua faca de volta na bainha e estava prestes a pegar sua presa abatida e leva-la consigo para casa quando uma mão gigante surgiu e agarrou o cervo morto. Num movimento rápido Hércules agarrou o animal e tentou puxar-lo de volta, apenas para ser arrastado junto com sua presa para o chão abaixo de onde estava, onde viu a quem entregou a mão gigante.
Hércules voltou seus olhos para criatura que fez isso e viu que era um monstruoso grande e forte, ele possuía o dobro da altura de um homem, musculoso, pele acinzentada, olhos amarelos e chifres nas laterais da cabeça e estava com uma tanga feita de couro ao redor da cintura e ao lado dele estava um grande totem de pedra.
- Troll. – disse Hércules.
Trolls são seres gigantes ostentando um conjunto de grandes presas na ponta de seus rostos. Eles são criaturas violentas que são agressivas com todos que cruzam seu caminho. Apesar de sua hostilidade e brutalidade aparente, os Trolls parecem ser criaturas inteligentes, já que são capazes de falar e têm sua própria língua nativa, além de terem suas próprias tribos onde nascem e são criadas.
O monstro falou algo que conseguiu entender um pouco, mas não deu importância de nenhuma maneira, afinal ele queria apenas sua caça de volta.
Normalmente até mesmo um grupo de soldados armados, eram ou caçadores que fugiam quando desse de cara com um troll. Afinal, esses monstros são fortes ou suficientes para massacrar grupos inteiros. Mas Hércules não tinha tempo de ficar com medo, levando a mão direita para suas costas pegaram o machado que levava preso.
O monstro atacou primeiro usando o totem que levava, ele girou o objeto pesado em sua direção visando acertá-lo, sucessivas vezes. Hércules desviava dos ataques do monstro e revivia com golpes do machado nas pernas da criatura, mas o monstro não estava sendo incomodado pelos machucados provocados pela lâmina.
Após desviar de outro golpe, Hércules descobriu que primeiro mudou sua estratégia de batalha, segurou o machado pelo cabo com ambas as mãos e assim que viu a abertura que precisou, Hércules lançouou o machado que foi lançado na direção da cabeça do troll, acertando o monstro na testa.
O impacto da cabeça do machado contra a sua própria cabeça fez com que o troll cambaleasse para trás, isso deu a Hércules a oportunidade que ele precisava para agir. Ele correu em direção ao monstro e rapidamente escalou, o corpo dele até chegar em sua cabeça, onde desferiu um poderoso soco que abalou ainda mais o monstro ferido e depois mais outro soco e em seguida Hércules pulou para o lado levando o monstro consigo e o derrubando no chão.
O monstro tentou se levantar, mas usando sua força Hércules conseguiu mantê-lo no chão, em seguida estendeu a mão direita para frente e o machado que havia caído no chão devido a força de ferida nos golpes voou em direção a sua mão.
Assim que a pele da palma de sua mão entrou em contato com a madeira do cabo, Hércules fechou a mão ao redor do cabo do machado e levantou a arma a desceu com força em direção a cabeça do troll que dessa vez morreu quando o metal do machado rachou sua cabeça.
Ao confirmar que a criatura estava morta, Hércules ofegou um pouco cansado, afinal ele não imaginava cruzar o caminho de um troll, tão cedo logo pela manhã. Após isso guardou seu machado de volta nas costas, pegou o cervo abatido, o colocou sobre os ombros e deu início ao seu caminho de volta para casa.
Depois de alguns minutos ele chegou na fazenda de sua família e como era de se esperar, sua mãe e seus irmãos já estavam acordados. A primeira pessoa que ele avistou foi sua irmã Laonome.
- Irmão. – disse ela com seu tom de voz animado.
Laonome, era sua irmã e mais nova e gêmea de seu irmão Ifícles.
Laonome é uma jovem garota com olhos cor de rosa e cabelo ruivo curto. Trabalha em uma fazenda desde a infância deu um corpo atlético. Ela é frequentemente vista como uma camisa de mangas compridas, macacão preto e botas de trabalho pretas.
Ela foi correndo até ele, sorrindo de forma gentil.
- Laonome. – disse Hércules.
- Vejo que a caçada foi boa. –disse Laonome.
- Sim. – disse Hércules.
A dupla seguiu em direção a casa onde viviam, enquanto seguiam até lá, viram o irmão deles saindo do celeiro. Ao ver seu irmão mais velho e sua irmã gêmea, Ifícles foi até eles.
- Irmãos. – disse Ifícles.
- Irmão. – disse Hércules.
- Irmão. – disse Laonome.
Ifícles é um rapaz, assim como sua irmã possuía cabelo vermelho e, ele assim como seus irmãos possuía um porte físico atlético e levemente musculoso. Mas seu porte físico não se igualava ao porte físico de seu irmão mais velho. Foi então que ele percebeu o cervo que Hércules havia abatido e não pode deixar de conter um sorriso.
- Vejo que vamos comer bem hoje. – disse Ifícles.
- Sim. – disse Laonome animada.
Hércules nada disse, após isso ele seguiu em direção a casa deles, onde chegando na cozinha encontraram a mãe deles. Alcmena Damenfelt é uma mulher alta, e pele clara, cabelos vermelhos longos e olhos escuros, além do fato de ser, ela também ser mais alta e bonita que a maioria das mulheres de sua idade, sendo mais velhas ou mais novas do que ela.
Alcmena usava um vestido simples com um avental branco por cima.
Ela olhou para seus três filhos mais velhos, enquanto os dois mais novos Gortis e Serena que estavam brincando perto de onde sua mãe estava. O menino Gortis possuía pele clara, cabelos escuros e olhos verdes, sua irmã Serena possuía pele clara, cabelos escuros e olhos escuros.
Os dois menores pararam de brincar ao perceber o retorno de seus irmãos.
- Pois bem. Vamos ajeitar tudo para comermos esse cervo no almoço. – disse Alcmena.
Os três irmãos foram trabalhar, cada um cuidando do que tinha de cuidar na fazenda.
Hércules estava do lado de fora, com sua caça pendurada de cabeça para baixo pelas patas traseiras por uma corda e em seguida começou a limpa-lo para poderem consumir a carne do cervo.
Em pouco tempo, ele tinha limpado completamente o animal e cortado sua carne, sua mãe o mandou guardar uma boa parte para eles e outras partes três partes, duas partes seriam dadas a vizinhos amigos da família e uma terceira seria levada ao mercado para ser vendida.
Hércules detestou à última opção, já que isso significava ir até a cidade e negociar com os comerciantes que não gostavam dele.
Mesmo assim, Hércules obedeceu a vontade de sua mãe.
Ele pegou as partes de carne separadas e seguiu seu caminho.
Eles moravam em Buena Village, uma pequena vila situada nas vastas planícies da Região de Fittoa do Reino Asura. Ela está localizada no norte de Fittoa, mais perto do corredor leste-oeste das Montanhas Red Wyrm.
Buena é uma pequena aldeia rodeada por uma vasta extensão de campos agrícolas e pradarias, composta por aproximadamente trinta famílias, onde a maioria das casas é construída bem distante umas das outras. A maioria dos aldeões dedica-se à agricultura. O principal produto da aldeia é o trigo Asuran, usado para fazer pão. Além do trigo, também são cultivados vegetais e flores de Vatirus, que são um componente principal na fabricação de perfumes e também comestíveis. Nos limites da vila, existe uma floresta onde monstros aparecem ocasionalmente. Uma torre de vigia também é construída perto da borda para vigiar monstros e outras atividades relacionadas à floresta. Uma vez por mês, um grupo de jovens, composto por cavaleiros, caçadores e a milícia local, se dirige à floresta e extermina os monstros que vêm acumulando suas espécies.
Depois de caminhar por alguns minutos, Hércules chegou na casa de uma das poucas famílias que gostava dele e sua família. Ele bateu suavemente na porta e poucos segundos depois a porta foi aberta, por uma pessoa, uma mulher muito bonita que tem cabelos castanho-avermelhados presos em um meio coque, fios de cabelo na altura do peito descansando em ambos os lados dos ombros, olhos roxo-violeta e um corpo muito esguio e voluptuoso com seios muito grandes. Ela usava uma roupa de empregada, óculos ovais e uma faixa no cabelo com faixas em ambos os lados.
- Olá Lilia. – disse Hércules.
- Senhor Hércules. – disse a empregada Lilia.
A mulher falava num tom de voz tão sem emoção que mais parecia que ela era uma estatua que ganhou vida com feitiço, mas sem nenhuma humanidade.
- Minha mãe mandou trazer isto. – disse Hércules.
Ele estendeu o braço segurando o grande pedaço de carne de cervo que havia matado, a mulher pegou a carne com ambas as mãos calmamente, Hércules estava prestes a se retirar quando ambos ouviram sons vindo do interior da casa, e viram que era uma mulher acompanhada de um rapaz adolescente e duas meninas.
A mulher que vinha acompanhada perguntou a Lilia quem era, a empregada respondeu o que fez os que se aproximavam sorrir.
- Hércules. – disse o grupo.
A mulher que estava com os mais jovens era Zenith Greyrat, é uma mulher de beleza serena e nobre. Sua pele clara e macia, os olhos azuis brilhantes e os cabelos loiros amarrados num coque simples, ela é uma mulher muito bonita que tem cabelos loiros que ela normalmente prende em um rabo de cavalo com mechas na altura do queixo penduradas em ambos os lados, olhos azuis sombreados, ela tem uma constituição esguia e uma figura voluptuosa com seios grandes.
Junto a ela estavam duas meninas, uma menina loira era Norn Greyrat, é a segunda filha de Paul Greyrat e Zenith Greyrat, irmã mais nova de Rudeus Greyrat e meia-irmã mais velha de Aisha Greyrat, ela parecia uma versão menor e mais jovem de sua mãe, a outra menina era Aisha Greyrat, filha de Paul Greyrat e Lilia Greyrat e meia-irmã mais nova de Rudeus Greyrat e Norn Greyrat.
Lilia Greyrat é uma mulher madura de beleza discreta, mas encantadora. Tem cabelos ruivos longos presos em um rabo de cavalo, olhos violetas escondidos sob óculos finos e um sorriso gentil, mas cheio de melancolia. Seu corpo é esguio e bem proporcionado, com curvas naturais suavizadas pelos trajes típicos de empregada doméstica da vila.
Aisha possuía cabelos castanho-avermelhados que partem do meio da cabeça, emolduram o rosto e prendem atrás da cabeça. Ela também tem olhos verdes e seu dente canino fica bem visível quando ela sorri. Ela estava vestida com uma roupa de empregada doméstica de tamanho infantil, criada com materiais de alta qualidade por sua mãe, Lilia Greyrat, decorada com bordados de babados.
O último era um rapaz Rudeus Greyrat, o filho mais velho do casal Greyrat, Rudeus é um rapaz de altura média (1,75 cm), um corpo musculoso apesar de ser um mago e estava vestido com roupas cinzas, possuía cabelos castanho-claros e olhos verdes, e levava na mão direita um cajado de praticar magia.
Era um velho amigo dele.
- Olá pessoal. Vim entregar um pouco da carne de cervo a pedido da minha mãe. – disse Hércules entregando o pedaço de cervo.
A empregada Lilia pegou o pedaço e o levou imediatamente para a cozinha, enquanto a esposa de Paul, Zenith agradecia, Hércules respondeu educadamente que ela não precisava agradecer, e se virou pronto para ir embora.
- Espera Hércules. Eu vou com você. –disse Rudeus.
Hércules parou e esperou Rudeus vir se juntar a ele e a dupla partiu rumo ao próximo destino.