Actions

Work Header

GUERRA DOS TRONOS: O despertar da promessa (fanfic)

Summary:

E SE A CHAMA NÃO TIVESSE SE APAGADO?

 

Após o fim amargo que chocou os Sete Reinos e desfigurou o destino de sua Rainha, esta fanfic nasce como fogo novo nas cinzas da decepção.
Aqui, Daenerys retorna não como tirana — mas como promessa. De justiça. De redenção. E de uma roda finalmente quebrada.
Com fé em si mesma e no caminho que escolheu, com o sacrifício de Elyria Belaerys e a união improvável entre velhos inimigos, ela reina — com fogo, gelo e astúcia — sobre os agora Nove Reinos, em uma nova era.
A TIRANIA É ESTRAÇALHADA. A RODA, QUEBRADA. A PROMESSA, CUMPRIDA.
Mas até mesmo o amor precisa ser reconstruído. E, para isso… o mundo talvez precise arder.

 

________________________________________
🔸 "Quando há fé, justiça… e escolhas firmes… homens e mulheres honrados para sustentá-las, nenhuma magia é mais necessária neste mundo."
— O Corvo de Três Olhos (R'hllor)
________________________________________

 

📜. Uma fanfic escrita por uma leitora e fã, inspirada no universo criado por George R. R. Martin, para os filhos da chama que caminham nas sombras da decepção.
Sem fins lucrativos. Vedada a reprodução comercial.

Notes:

(See the end of the work for notes.)

Chapter Text

SOBRE O MANUSCRITO

 

Este livro é uma homenagem tecida com respeito e profunda admiração, ao universo inesgotável criado por George R. R. Martin – cuja grandiosidade e complexidade abriram os portões para que histórias como esta pudessem florescer.

A todos que acreditaram na força das palavras, na magia dos dragões e na luta por um mundo onde a roda possa ser quebrada — seja qual for a era, deixo minha eterna gratidão.

Que a chama da esperança jamais se apague, e que a fé em nós mesmos seja o fogo que nos guia, mesmo nas noites mais escuras.

 

 

 

 

 

A obra é de fã, criada com máxima reverência ao célebre autor

Não será comercializada, tampouco visa qualquer lucro.

Vive apenas como oferenda ao amor pela história e pela

magia que ela inspira.

 

Chapter 2: UM EPÍLOGO - em breve estaremos aqui!

Notes:

Dedico esta e as outras fanfictions aos filhos da chama, que caminham nas sombras da decepção.
Aos que guardaram a fé quando a profecia falhou. Que esta história reacenda a luz que nunca deveria ter se apagado.

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

EPÍLOGO

 

 “ Fé… não em deuses ou em lendas… fé em mim. ” — Daenerys Targaryen

“ Às vezes, estradas diferentes levam para o mesmo castelo. ” — Jon Snow

“ Caos não é um abismo. Caos é uma escada. Muitos que a tentam escalar, falham e nunca mais tentam de novo. ” — Petyr Bealish

“ Nunca esqueça quem você é. O resto do mundo não esquecerá. ” — Tyrion Lannister

“ Você veste sua honra como uma armadura…, mas ela pode te impedir de se mover… então é preciso usá-la com sabedoria” — Ned Stark.

“ O medo fere mais fundo que a espada” — Syrio Forel

“ Algumas batalhas são vencidas com espadas e lanças, outras com papel e caneta” — Tywin Lannister

“ Valar Morghulis, valar dohaeris. ” — Jaqen H'ghar

“ Porque a noite é escura e cheia de terrores. ” — Melisandre.

 

Ao longo dos anos, preciosas lições como estas deixaram marcas profundas em nosso imaginário.

A grandiosa obra de George R. R. Martin nos mostra que independente da era, o mundo sempre será mundo, as pessoas sempre serão pessoas – e o amor, em todas as suas faces, sempre será o amor.

E mesmo que o tempo passe, que reinos caiam, e impérios surjam, permanece a maior de todas as verdades, dita de maneiras diversas pelos personagens de Guerra dos Tronos:

 “Sempre há um caminho”

Escolha o seu.

Faça como Daenerys: acredite. Tenha fé em si mesmos.

Persista. Contemple a jornada — de onde viemos até onde ousaremos chegar — simplesmente por acreditar que o caminho existe.

Basta fé e sabedoria na decisão!

Mantenham o coração luminosos e firmes na promessa do amanhã.

 

 

Notes:

Todo aquele que é vivo, é mortal, Jaenara.
O que nos diferencia dos demais é que sabemos
quando e como será o fim.
Mas ele chegará para todos… igualmente, sem nos distinguir.

Porque a morte é nossa verdadeira rainha...
a maior de todas, de quem ninguém consegue escapar.

Aeldros Belaerys

Chapter 3: REDENÇÃO 01 - PRÓLOGO: Do fogo ao sal

Summary:

ELYRIA BELAERYS, KINVARA BELAERYS.

A ancoragem desses personagens está na fanfic:
CRÔNICAS DE VALYRIA: A menina e o dragão.

Não perca, ainda está sendo publicado aqui mesmo neste mesmo perfil
no AO3 e versão ilustrada no wattpad.

Corre lá e boa leitura.

Notes:

POR JUSTIÇA POÉTICA AO FIM DESASTROSO E INJUSTO
QUE DERAM A DAENERYS TARGARYEN.

* * * * * * *

Uma injustiça jamais verá o dia nascer feliz quando
homens e mulheres de caráter brandirem suas
espadas e rangerem seus dentes para defender
o que é certo!

 

Kinvara Belaerys. ꧂

(See the end of the chapter for more notes.)

Chapter Text

 

O fogo subindo aos céus.

Explosões espalhando-se até o firmamento.

Dragões em queda. Fumaça. Cheiro de enxofre queimando o ar.

O fim de tudo – a queda de Valyria.

Para salvar mais uma vez a sua vida, ela obrigou-se a decidir: usaria o que restara da escápula do dragão ligada à sua grande asa, rígida e com forte odor pútrido.

Arrastou-a com todo o peso de um corpo quebrado até o mar e, improvisando um pedaço de madeira como remo, lançou-se rumo ao desconhecido, sem ideia do que viria a seguir.

Não havia mais escolha. Não havia outra chance.

Precisava enfrentar os perigos e o frio cortante das águas para garantir sua sobrevivência – conquistada até ali a custo de sangue.

A outra cidade agigantava-se por toda a extensão do horizonte, até onde os olhos já não alcançavam, e mesmo estando tão perto, parecia inatingível – e, por isso, a desesperança quis tomar conta de si.

Cética de que conseguiria, repetia para que os ouvidos convencessem sua mente, com sangue misturando-se às lágrimas em seu rosto e à água salgada.

— Sou uma Belaerys… sempre há um caminho… e eu escolhi o meu!

Remou por horas sobre aquele membro teso do rigor da morte, até que o oceano – traiçoeiro – golpeou-a, afundando a nau adaptada e deixando Elyria à deriva.

Restou-lhe somente o pedaço de madeira e os braços machucados, que estavam à beira do colapso.

Estendeu o rosto sobre as águas na tentativa de medir quanto ainda faltava até a costa – constatou, eram muitos metros, talvez quilômetros.

Não queria desenganar – e não se permitiria. Não depois de tudo o que havia feito. Não depois de tudo que T’hizar lutou por ela. Não depois de a última lição do Maegi Branco ressoar mais uma vez em seus tímpanos – não chore pelos sacrifícios dos dragões.

Posicionou-se e começou a sua jornada ritmada, batendo com dificuldade os braços, um após o outro. Mantinha nos lábios, rachados da desidratação, a cantiga do seu mantra em voz alta para manter a consciência viva mesmo em meio ao frio lancinante:

— Eu consigo…

— Vamos lá …

— Ajude corpo…

— Você consegue, Elyria.

Braçada a braçada, aproximava-se mais do seu destino final.

Poupava fôlego, mantinha-se lenta e constante, até que a imensidão fria e azul lhe atacou como agulhas de aço valyriano.

Os músculos gritavam. O sofrimento se intensificava. Até os pensamentos ficaram insuportáveis.

Seu foco começou a se perder, em meio a tudo que lhe oprimia naquele instante.

Mas ela era o fogo do dragão e continuava com seu lema ardendo no peito:

— Eu sou o dragão…  Belaerys… sempre há… um caminho.

Delirante na agonia e na fraqueza intensa pensou diversas vezes que acabaria por morrer.

Mas não podia se dar por vencida.

Estava chegando. Estava tão perto. Tinha de chegar. Precisava vencer aquelas intempéries.

Agarrou-se à necessidade cega de ir até o fim, ao horizonte – por T’hizar, que deu seu sangue e sua carne por isso.

Precisava honrar seu sacrifício.

Não era ali que se quebraria o fio de seu destino, afinal, ele só poderia estar do outro lado do grande Mar do Verão.

— Estou sufocando, estou sufocando, não... não...não pode... não. – Pensou, enquanto lutava contra a vazante lhe puxando.

Foram segundos de desespero visceral. O azul pressionando seus membros. A ganância molhada lhe roubando o fôlego. A roupa encharcada lhe pesava, empurrando-a cada vez mais para a garganta faminta do abismo gelado.

Sentiu a urgência em se liberar de tudo o que lhe tirava a chance de defesa: o casaco-corset com longas saias e os cintos – eles seriam sua sentença de morte.

Enquanto a irritação tomava conta de Elyria e o ar nos pulmões rareava, ela lutava bravamente por ar, por garra, por seu destino, pela profecia e pelo propósito.

As forças que lhe restavam por dentro queriam se esvair, mas não permitiria.

Um formigamento absurdo chicoteou todos os seus membros.

Em meio à aflição, enfim, desfez-se dos tecidos inúteis e dos braços da morte, uma vez mais.

Um grito surdo, abafado pela água salgada, explodiu na garganta.

A certeza rasgou em sua voz:

— Sim… eu consegui. Vamos. Vamos. Mais um pouco… só mais um pouco.

Finalmente chegou à costa, um pequeno golfo mais raso, protegido entre as pedras da enseada.

Teve a impressão de que engolira metade daquele mar.

Tossia para tentar limpar os pulmões do líquido… do sal… e da martíria pelo que havia feito, retumbando em seu peito como um tambor afogado.

Estava completamente esgotada, movimentos lânguidos, magra de muitos dias sem se alimentar.

Rendeu-se sobre as pedras, ensopada, suja, esfarrapada e ensanguentada.

A blusa e calça coladas aos braços e pernas.

Os longos cabelos prateados desgrenhados, ainda enodoados de sangue, de fuligem e lembranças tortuosas. Manchas da peleja e da fumaça tóxica que devorou Valyria.

— Ali, ali, homem ao mar! – Ouviu homens e seus gritos de alerta, longe dela, mas ao alcance da salvação.

Kinvara observava tudo do seu terraço.

Valakesy1: a estrela do sacrifício. – Murmurou ao acompanhar os homens trazendo a mulher de cabelos prateados para dentro.

Antes de ela se retirar para receber a náufraga, olhou para o lado e sentiu a presença oculta.

Sabia exatamente quem era e porquê precisava observar tudo que se passava – sua missão era apenas observar o destino se cumprindo.

Jamais, interferir de novo. Jamais contaminar, uma outra vez, o destino humano com o toque de mãos divinas.

Fez uma reverência longa, como se saudasse o próprio Senhor da Luz. Esboçou um leve sorriso. Partiu.

Dias se passaram.

— O quê? Onde? – Disse Elyria em uma voz quase inaudível, confusa, quando despertou.                        

— Está tudo bem agora. Você está a salvo. Consegue me ouvir? Consegue entender?

A voz era de uma mulher desconhecida, em um vestido de rubro escuro que lhe trouxe a visão da chuva de lava sobre sua cidade.

Apesar da estranheza daquela figura, havia calor naquele timbre – um calor necessário, depois do terror gelado do mar e do banho de fogo em Valyria.

 — Sim. Obrigada…muito obrigada.

A voz de Elyria ainda saía espetada da boca, áspera pela fraqueza que lhe dominava os sentidos.

— Qual o seu nome, criança? – Questionou Kinvara, com doçura nos olhos, mesmo já sabendo a resposta.

— Eu... eu sou … – Elyria fez uma breve pausa.

Olhou ao redor, tentando entender onde se encontrava.

Queria analisar se corria riscos, apesar de o subconsciente lhe alertar de que fora salva por aquelas pessoas.

— Não há o que temer… está entre amigos, e sabemos de onde você veio. – O tom de Kinvara era amigável e calmo.

— Eu sou Elyria Belaerys… e sou uma sobrevivente da queda de Valyria.

Desta vez a voz lhe saiu com um pouco mais de impostação, apesar de ainda trêmula.

Em sua postura, sentada no leito, ereta e imponente, pulsava o orgulhoso sangue valyriano.

— Bem-vinda a Volantis, Elyria Belaerys… domadora e montadora de dragões, detentora da magia antiga. A estrela que terá grande papel no futuro de Westeros e no realinhamento dos eixos do mundo. – Declarou Kinvara.

Sua voz esparsava um misto de solenidade e esperança.

Elyria a ouviu, mas não compreendeu o que tudo aquilo significava. Mesmo assim, optou pelo silêncio. Ainda se sentia exaurida demais para falar sobre aqueles enigmas.

A mulher prosseguiu, com o olhar de quem já havia visto incontáveis eras iniciarem e se extinguirem, o que deixava Elyria intrigada.

Se olhasse muito detidamente, era possível perceber que a sacerdotisa tinha uma sutil mudança do tom de um olho para outro: um verde e o outro azul. Era quase imperceptível, mas estava lá. E Elyria sabia que havia visto aquela mesma marca num outro alguém que lhe visitava no mundo dos sonhos.

— O Senhor da Luz revelou-me sobre a sua chegada a Volantis e sob essas circunstâncias, Elyria Belaerys. Sou Kinvara, a alta Sacerdotisa de R’hllor e recebo-a sob meus cuidados e proteção. Em breve conversaremos mais sobre tudo. Por hora, descanse.

Elyria já sabia sobre o “tudo” que a outra citara, e as lembranças daquele saber ribombavam em sua cabeça lhe causando a mesma náusea e a mesma tontura que sentira da primeira vez em que lhe foi mostrado dentro dos olhos do destino: a guerra, o sangue, o fogo, Dracarys, o Rei da Noite, Porto Real caindo, o reino das cinzas, a extinção.

Ainda assim, agradeceu pela hospitalidade e não se atreveu a questionar nada além do que lhe fora dito até então.

A mulher vermelha, com um gesto servil, virou-se e saiu, deixando-a aos cuidados das Irmãs Silenciosas, que acendiam os braseiros para manter o quarto de pedras escuras aquecido.

Elyria deitou seu olhar no horizonte.

Pelos largos portais abertos, encontrou a baía de Volantis.

O céu ainda baforava o evento macabro. Nuvens negras dançavam sobre o firmamento ao longe.

A sentença foi cumprida. A punição arrebentou a carne da terra.

Por maldição escavada: Valyria caiu.

Ela inundou-se de dor novamente, como uma maré que voltava para reclamar o que era seu.

Ardeu, não como fogo, mas como mar em fúria.

Notes:

Códice:
1. Valakesy – Na fanfic Crônicas de Valyria: A menina e o dragão, Capitulo Inaugural explica-se a origem do Valakesy. É a estrela do sacrifício selada por R’hllor no corpo de quem se sacrificará seu sangue divino por uma causa.

* * *
 
O Eco da Chama:
Porque cabe aos Belaerys se sacrificar...
E aos Targaryen, reinar. ꧂

Notes:

Assim que finalizar CRÔNICAS DE VALYRIA: A menina e o dragão, que está em andamento aqui mesmo no AO3 e também no wattpad, iniciarei as postagens do capítulos desta fanfic que veio para fazer JUSTIÇA POÉTICA.

Até lá, meus caros!

Valar Morghulis!